A grande dificuldade apontada pelos gestores é quanto aos recursos humanos. Faltam profissionais para deixar o Hospital funcionando plenamente / Foto Eduardo Mendonça Assecom
As Universidades Públicas – entre elas a Ufersa – e as Privadas de Mossoró se uniram para viabilizar a volta do pleno funcionamento do Hospital Regional da Polícia Militar que funciona ao lado do 2º Batalhão. Nesta terça, dia 13, representantes das instituições se reuniram na Reitoria da UERN com a equipe da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social para buscar alternativas para a unidade hospitalar que atualmente funciona de maneira limitada apenas com atendimento ambulatorial e sem internamento.
O Reitor Arimatea sugeriu um diálogo junto a EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, que atualmente faz a gestão dos hospitais universitários federais / Foto Eduardo Mendonça Assecom
Professores da Ufersa Geison Freitas e Aline Gurgel / Foto Eduardo Mendonça Ufersa
A ideia das Universidades é aproveitar a estrutura física do Hospital da PM como um campo para as atividades práticas dos cursos da área médica de todas as instituições. Seria uma forma de aprimorar o conhecimento dos alunos de Medicina e Enfermagem, por exemplo, e ao mesmo tempo oferecer atendimento aos militares e à população. No encontro desta terça estavam presentes o Reitor da Ufersa, o professor José de Arimatea de Matos; o Vice-Reitor da UERN, o professor Aldo Gondim; a Secretária Estadual de Segurança Pública, a delegada Sheila Freitas, a Deputada Estadual, Larissa Rosado; a Vereadora de Mossoró, Sandra Rosado; o comandante da Polícia Militar do RN, o Coronel Azevedo; além de outros comandantes da PM, da Polícia Civil e do próprio Hospital da PM de Mossoró. Também compareceram representantes da Facene/Mossoró e da Universidade Potiguar.
A reunião começou com a uma explanação sobre o funcionamento do Hospital da Polícia Militar. Segundo o médico Inavan Lopes, major do Hospital da PM, a unidade não está fechada. Segundo ele, o que aconteceu nos últimos anos foi uma diminuição dos atendimentos e dos procedimentos devido a algumas medidas adotadas pelo Governo do Estado e também a uma Lei que entrou em vigor em 2013. Embora o Hospital não trabalhe mais com internamentos desde 2015, a unidade conta ainda com 22 leitos e alguns equipamentos. A grande dificuldade apontada pelos gestores é quanto aos recursos humanos. Faltam profissionais para deixar o local funcionando plenamente.
Secretária Estadual de Segurança Pública, Sheila Freitas ao lado do Vice-Reitor da UERN e do Reitor da Ufersa / Foto Eduardo Mendonça Assecom
A Secretária Sheila Freitas confirmou o problema da falta de efetivo e disse que o Estado sozinho não tem condições de reabrir o Hospital da PM de Mossoró. Ela agradeceu o empenho de todas as instituições e se mostrou favorável em firmar parcerias como já acontece com outras instituições da capital. O comandante da PM também se mostrou favorável as parcerias no que for possível dentro da legislação.
Pelo relatório elaborado pela equipe do Hospital da PM, a unidade também precisa de manutenção e de insumos, ou seja, precisa garantir o custeio para não correr o risco de voltar a funcionar plenamente e ter que encerrar os atendimentos sem recursos. O médico e professor da Ufersa e da UERN, Geison Freitas, sugeriu fazer um planejamento com ações a curto, médio e longo prazos. A ideia é começar garantindo o atendimento ambulatorial e depois trabalhar na perspectiva dos internamentos com ênfase à Clínica Médica, Pediatria e Clínica Cirúrgica que são as especialidades mais carentes na região.
O Reitor Arimatea sugeriu um diálogo junto a EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, que atualmente faz a gestão dos hospitais universitários federais. Segundo o Reitor, dia 21 de junho já tem uma audiência marcada com representes da Empresa para tentar iniciar uma parceria junto ao Hospital da PM de Mossoró, por meio das Universidades Públicas de Mossoró. Além desse encaminhamento, também foi sugerida a realização de uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa com o apoio da Deputada Larissa Rosado e na Câmara Municipal como proposição da Vereadora Sandra Rosado. Ainda ficou encaminhado a criação de uma comissão técnica para estudar o relatório do Hospital da PM e assim buscar alternativas de como as instituições poderão contribuir para o funcionamento da unidade.