A Inteligência Artificial no ensino superior: uma nova base de possibilidades. Esse é o tema apresentado em mais uma ação do Grupo Trilhas da Aprendizagem, desenvolvido pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Progepe/Ufersa). A formação, que reúne docentes da Universidade, é ministrada pela professora convidada, Denise da Vinha, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e, Raphaela Barreto, da Ufersa. “A ideia é melhorar a produtividade, a partir do conhecimento e da aplicabilidade da Inteligência Artificial (AI) na prática docente”, explicou a professora Raphaela Barreto. A proposta da Oficina é resgatar o papel do docente a partir dessa nova ferramenta. “AI possibilita o professor ser mais produtivo, melhora a qualidade das aulas e representa também menos desgaste para o profissional”, justifica.
Para a professora Denise Vinha, apesar das vantagens que a IA pode proporcionar em sala de aula, um grande número de professores ainda é resistente à nova tecnologia. “Queremos envolve-los nesse processo, desmitificar que a IA é apenas uma ferramenta para os profissionais que trabalham com tecnologia da informação. Vamos aprender como nós comunicar com a máquina”, colocou a professora. Denise confessa não ter nenhuma formação sobre programação, informática ou em outra área da tecnologia da informação.
A professora parte do princípio de que a máquina entende o que os humanos comandam. “Antes, buscávamos respostas, hoje, mais do que saber as respostas, precisamos saber perguntar, pois o professor não sabe tudo, mas precisar saber mostrar o caminho para a obtenção das respostas e, a tecnologia, por meio da IA possibilita isso”, afirmou a professora Denise Vinha, ratificando que “hoje precisamos fazer as melhores perguntas”.
Para a professora, o segredo é entender como a IA funciona para fazer melhores prompts (comunicação com a máquina). Isso independe da área de formação do professor que precisa estar preparado para mostrar para os alunos que a IA pode ser um bom aliado para os estudos deles, sendo esse também o papel do professor.
Outro ponto colocado pela professora é a experiência adquirida pelos docentes ao longo da trajetória profissional. “A docência mudou. Isso não significa que alguém vai tirar o seu emprego, mas significa que você vai perder espaço para outro docente que domine a IA”, colocou a professora.
Denise garante que a liberação de tempo é uma grande vantagem proporcionada pela IA aos professores. “Coisas que eu levava meses para fazer, como um projeto, faço em dois dias; planejar uma aula, que levava um dia inteiro, faço em alguns minutos”, exemplificou. A Inteligência Artificial permite que as pessoas possam estudar qualquer assunto em qualquer área do conhecimento.
A professora Raphaela Barreto considera que a IA é o único caminho dentro da docência. “Ou o professor aprende a usar a IA da forma correta e os estudantes também para a autoaprendizagem ou não tem outro caminho, pois não podemos ficar na sala de aula utilizando livros de 20 anos ou mais, o livro, exclusivamente, não é mais a fonte, o professor não pode apenas a se deter ao conteúdo. A IA é uma nova ferramenta de aprendizagem”, considerou.