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Comunicação

Seminário em cognição, tecnologias e instituições debate alfabetização científica e tecnologia

Pesquisa 17 de setembro de 2024. Visualizações: 187. Última modificação: 18/09/2024 20:31:07

VI Seminário Interdisciplinar em Cognição, Tecnologias e Instituições prossegue até a próxima quinta-feira, 19, no Auditório da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, no Campus Mossoró/Foto: Monalisa Teixeira

Musicista Roberta/Foto: Monalisa Teixeira

A Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), abriu nesta terça-feira, 17, no Campus Mossoró, o VI Seminário Interdisciplinar em Cognição, Tecnologias e Instituições. A ideia é fomentar com estudantes e professores da graduação e pós-graduação a pesquisa interdisciplinar, em especial as que estão relacionadas com a arte, saúde, ciência, ambiente e tecnologias. A iniciativa é do Programa de Pós-Graduação em Cognição, Tecnologias e Instituições (PPGCTI). A abertura contou com a participação das pró-reitoras Vânia Porto, de cultura e extensão (PROEC) e, Ilana Nobre (PRPPG), de pesquisa e pós-graduação, além do diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas, professor José Albenes Bezerra Júnior.

O professor da Universidade Federal do Paraná, Leonir Lorenzetti, abriu o Seminário com o tema educação CTS, como promotora de alfabetização científica e tecnológica. Antes, a musicista Roberta Lúcida recepcionou os participantes com clássicos da música regional nordestina, emocionado os presentes no Auditório da PROEC.

Professor Lorenzetti, trouxe a reflexão elementos que envolvem a ciência, a tecnologia e a sociedade, com um olhar voltado educação com conhecimento crítico/Foto: Monalisa Teixeira

Na palestra de abertura, o professor Lorenzetti, trouxe a reflexão elementos que envolvem a ciência, a tecnologia e a sociedade, com um olhar voltado para as potencialidades da educação científica e da alfabetização tecnológica para o desenvolvimento do conhecimento crítico e, consequentemente, a formação para a cidadania. “Vivemos num mundo permeado pela ciência e pela tecnologia, então, precisamos entender de que forma a ciência e a tecnologia impactam em nossas vidas e, como as pessoas atuam nesse processo”, explicou o professor.

Dentro desse contexto, Lorenzetti destacou a formação dos docentes, trazendo a questão do papel dos professores enquanto educadores, num país que segundo dados do último Censo do IBGE (2022), a Região Nordeste apresenta com um percentual de 11,7% de analfabetos. “Isso remete a um momento importante vivenciado na atualidade como as mudanças climáticas, o movimento antivacina, o negacionismo científico e tecnológico, enfim, realidade presente no Brasil”.

“precisamos saber ler e escrever, mas também precisamos entender a linguagem da ciência da natureza” – Leonir Lorizetti

Para o professor, “precisamos saber ler e escrever, mas também precisamos entender a linguagem da ciência da natureza”, considerou. O professor Lorenzetti defende que na medida em que as pessoas passam entender esse processo, a tendência é que as elas mudem os seus comportamentos. “Pra isso, a universidade tem um papel fundamental”, acredita.

O palestrante também ressaltou a importância das políticas públicas no contexto escolar e também fora dela. “Quando falamos de educação científica e tecnologia, a gente parte da concepção de Paulo Freire que diz que no processo de alfabetização do individuo é muito mais que o processo de leitura e escrita. O que o ser humano faz com o conhecimento que adquiri na escola? O que fazemos com esse conhecimento? Paulo Freire vai abordar essa educação crítica, emancipatória, de uma leitura de mundo. É isso que precisamos hoje”, concluiu.

O Seminário conta com palestrantes internacionais tendo a professora portuguesa, Maria da Conceição Fidalgo Guimarães Costa Azevedo, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, abordando Fernando Pessoa como educador. “A minha proposta é trazer Fernando Pessoa como educador da humanidade, no sentido da criação da cultura e do encontro de cada um consigo próprio”, afirmou. A professora Conceição Azevedo destacou ainda a importância de estar participando do Seminário promovido pela Ufersa. “Venho da Universidade de Trás-os-Montes que também é uma universidade do interior, uma região periférica e, portanto, tenho maior gosto para compartilhar e, sobretudo, aprender”, pontuou.

Professora Fátima Lima, coordenadora do PPGCTI/Foto: Monalisa Teixeira

Para o coordenador do Seminário, professor Francisco Souto, o Seminário que na sua sexta edição traz o tema Arte, ciência e tecnologia: cultura de percursos e cuidados e aprendizagem é uma idealização da professora Karla Demoly que muito tem contribuído para o processo formativo. Ao desejar boas vindas aos participantes, à professora Maria de Fátima de Lima das Chagas, coordenadora do PPGCTI, ressaltou que a pós-graduação é tecida pela e na diversidade. “É um Programa interdisciplinar que acontece entre pessoas, contextos, pesquisas e instituições, entre nós, com inúmeras possibilidades de construções”, afirmou.

O seminário, segundo a professora Fátima Lima, é uma forma de devolver para a sociedade os resultados das pesquisas realizadas pelo Programa. “Além das palestras, teremos oficinas, grupos de trabalhos, lançamentos de livros e, o lançamento da Revista Eletrônica Kuab, do nosso programa”, adiantou a professora Fátima Lima.

As atividades do VI Seminário Interdisciplinar em Cognição, Tecnologias e Instituições vão prosseguir até a próxima quinta-feira, 19. Para hoje à tarde, a partir das 14 horas, os participantes vão se reunir num grupo de trabalho, com o tema: Experiências humanas, sociais e técnicas: por uma ciência voltada à transformação melhorias no viver em sociedade e, a partir das 15h30, haverá apresentação teatral com a performance teatral “Aparecida”, com as atrizes Lenilda Sousa e Tony Silva. Confira a programação: https://ppgcti2024.ufersa.com.br/programacao/