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Comunicação

Poços para pesquisas e para o abastecimento rural

Gestão, Infraestrutura, Pesquisa 24 de novembro de 2015. Visualizações: 1105. Última modificação: 24/11/2015 23:28:08
Autoridades conferindo a vazão do novo poço da Ufersa / Foto Eduardo Mendonça

Autoridades conferindo a vazão do novo poço da Ufersa / Foto Eduardo Mendonça

Novo poço da Ufersa com 860 metros de profundidade / Foto Eduardo Mendonça

Novo poço da Ufersa com 860 metros de profundidade / Foto Eduardo Mendonça

Esta terça, 24, foi histórica para a Universidade Federal Rural do Semi-Árido na Fazenda Experimental da instituição em Mossoró. Dentro de um único ato, a Ufersa inaugurou um novo poço profundo e concedeu o direito de uso de um outro poço existente aos moradores das comunidades ao redor.

A data se torna histórica porque não é todo dia que se perfura um poço profundo, isso pelas dificuldades técnicas e, principalmente, pelo custo do serviço e com a manutenção. Para conseguir captar água a uma profundidade de 860 metros – como é o caso do poço novo – a universidade do semi-árido investiu cerca de R$ 2,3 milhões. Um alto valor que será compensado com a garantia das inúmeras pesquisas agrárias que são desenvolvidas na fazenda. Atualmente são 5 hectares de plantação sendo irrigada, mas a previsão é que essa área aumente para 32 hectares nos próximos meses com a chegada de novos experimentos agrícolas.

A vazão do novo poço é de 82 metros cúbicos de água por hora, mas com capacidade de chegar a 100 metros cúbicos por hora dependendo da

Novo poço vai garantir água para as pesquisas da universidade / Foto Eduardo Mendonça

Novo poço vai garantir água para as pesquisas da universidade / Foto Eduardo Mendonça

potência da bomba d’água. O reitor da Ufersa, José de Arimatea de Matos, fez a entrega oficial do novo poço diante de várias autoridades acadêmicas, municipais e de pessoas da comunidade. No discurso, Arimatea reforçou que a Fazenda Experimental da Ufersa terá água garantida para as pesquisas da agricultura, pecuária e para outros importantes projetos desenvolvidos na área como o Centro de Apicultura. “A perfuração desse poço era um compromisso e estamos agora entregando à nossa comunidade acadêmica da graduação e da pós-graduação”, ressaltou o reitor.

Além da entrega do novo poço, a Ufersa oficializou a concessão de uso de um outro poço já existente na fazenda para a Prefeitura de Mossoró. O Termo de Concessão foi assinado pelo reitor e pelo prefeito Francisco José Júnior. Com o documento, o município fica com o direito de captar a água do poço antigo da Ufersa para atender as famílias das comunidades ao redor da fazenda.  A universidade construiu casa de bomba, montou reservatório de 20 mil litros, instalou cercas, entre outras ações. Em contrapartida, a prefeitura terá a missão de pagar a energia elétrica e cuidar da manutenção do espaço. Uma despesa de cerca de R$ 15 mil por mês. “É um custo benefício que vale a pena, afinal estamos oferecendo água a uma área de seca”, comentou o prefeito.

Com 769 metros de profundidade, o antigo poço da Ufersa tem uma vazão de 38 metros cúbicos de água por hora. Água potável agora de uso exclusivo para o consumo dos moradores da região. O poço vai beneficiar 3 mil pessoas de 9 comunidades e de 1 assentamento rural. “O poço é de vocês. Esperamos que cuidem e que preservem a água e tudo que foi construído. Isso é patrimônio de todos”, falou o reitor José de Arimatea para os sertanejos que acompanharam a solenidade.

Moradoras da comunidade do Senegal em Mossoró, Marcélia Oliveira e Maria das Dores Ferreira. As duas serão beneficiadas com a concessão do poço da Ufersa para a prefeitura / Foto Eduardo Mendonça

Moradoras da comunidade do Senegal em Mossoró, Marcélia Oliveira e Maria das Dores Ferreira. As duas serão beneficiadas com a concessão do poço da Ufersa para a prefeitura / Foto Eduardo Mendonça

Moradoras da comunidade do Senegal, em Mossoró, as donas de casa Marcélia Oliveira e Maria das Dores Ferreira comemoraram a concessão do poço. As duas moram a 5 km da fazenda da Ufersa e recorrem a água do poço para o consumo de casa. “Por mês, a minha família consome cerca de 3,5 mil litros. Essa água é usada para cozinhar. Eu não bebo, mas tem muitas pessoas que bebem”, destacou a Marcélia se referindo a salinidade da água que é baixa. As moradoras também falaram da importância de economizar. “Temos consciência e usamos o mínimo de água, o suficiente para os afazeres de casa”, finalizou Maria das Dores.