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Comunicação

SEADIS: Educação para uma sociedade mais inclusiva

Estudante 17 de novembro de 2015. Visualizações: 1709. Última modificação: 17/11/2015 17:57:29
Reitor da Ufersa, professor José de Arimatea, abre Seminário enaltecendo importância da criação da CAADIS/Foto: Eduardo Mendonça

Reitor da Ufersa, professor José de Arimatea, abre Seminário enaltecendo importância da criação da CAADIS/Foto: Eduardo Mendonça

Durante os próximos três dias, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido reúne estudantes, professores e profissionais das mais diversas áreas do conhecimento no III Seminário de Ação Afirmativa, Diversidade e Inclusão Social – SEADIS e do III Fórum de Acessibilidade. A abertura aconteceu hoje de manhã, terça-feira, 17, com auditório lotado no no Hotel Vila Oeste. O reitor da Ufersa, professor José de Arimatea de Matos, abriu o vento ressaltando a importância da Coordenação Geral de Ação Afirmativa, Diversidade e Inclusão Social – CAADIS – criada em 2012, no início da atual gestão. Para o reitor a CAADIS, que tem professora Ady Canário na coordenação, representa o compromisso da Universidade com a inclusão.

Professora Luciana Mafra, coordenadora do III SEADIS, ressalta importância das parcerias para prmoção da inclusão/Foto: Eduardo Mendonça

Professora Luciana Mafra, coordenadora do III SEADIS, ressalta importância das parcerias para promoção da inclusão/Foto: Eduardo Mendonça

“É um desafio ético reconhecer e defender todos os grupos”, afirmou a professora Luciana Mafra, coordenadora do SEADIS, ao abrir o evento. A professora agradeceu as parcerias para a realização e o sucesso do Seminário. “Esse momento representa também um desafio político quando entidades e pessoas reconhecem as especificidades para promover um mundo mais justo”, discursou. O SEADIS chega a terceira edição multiplicando o número de parceiros, trabalhos inscritos e de participantes. “Trabalhamos por uma Universidade mais democrática e cada vez mais inclusiva”, pontuou.

Professora Ana Lúcia, da UERN, reforça a tese de que a Universidade deve está preparada para atender a todos

Professora Ana Lúcia, da UERN, reforça a tese de que a Universidade deve está preparada para atender a todos/Foto Eduardo Mendonça

As palavras da professora Luciana Mafra foram reforçadas pela representante da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, a professora Ana Lúcia Aguiar, diretora de ações inclusiva da UERN. “Só se conhece o outro com a aproximação, quebrando as barreiras”, alegou, reforçando a tese de que a Universidade deve está preparada para atender a todos os segmentos da sociedade.

Professor, Daniel Cara, abriu a programação cientifica com o tema Educação, políticas públicas e inclusão social: saberes, sujeitos e práticas

Professor, Daniel Cara, abriu a programação cientifica com o tema Educação, políticas públicas e inclusão social: saberes, sujeitos e práticas/Foto Eduardo Mendonça

CONFERÊNCIA – O professor Daniel Tojeira Cara, membro titular do Fórum Nacional de Educação, onde ocupa a cadeira da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, abriu a programação cientifica abordando o tema Educação, políticas públicas e inclusão social: saberes, sujeitos e práticas. O conferencista trouxe uma reflexão sobre o Plano Nacional de Educação, em processo de implantação no país. Segundo o professor Daniel Cara, a aplicabilidade do PNE perpassa pelo compromisso dos gestores nas três esferas de governo – Federal, Estadual e Municipal. “Partimos da premissa de que a educação é um direito que abre portas para outros direitos”, afirmou.

A educação, disse o conferencista, funciona como tripé para preparar pessoas, formar cidadãos e preparar para o mundo do trabalho. Daniel apontou a educação como o primeiro e o principal direito social. “Hoje, o desafio é o trabalho conjunto das três esferas do governo para a garantia do direito a uma educação de qualidade”, pontuou, acrescentando que as diferenças existentes precisam se equalizadas. O professor defende a existência de uma escola pública com padrão de excelência na estrutura física e no ensino.

Conferência de abertura lotou Auditório do Hotel Vila Oeste/Foto: Eduardo Mendonça

Conferência de abertura lotou Auditório do Hotel Vila Oeste/Foto: Eduardo Mendonça

Hoje, o desafio é o trabalho conjunto das três esferas do governo para a garantia do direito a uma educação de qualidade

Daniel Cara
Esse desafio perpassa pela qualificação profissional do professor e de sua estrutura física. “Toda escola deve ter biblioteca, internet, quadra poliesportiva coberta e laboratórios de informática e de ciências”, apontou. Outros desafios apontados pelo conferencista estão relacionados à questão da inclusão, citando como exemplos, a questão da diversidade, da educação no campo, indígena e quilombola.

Para o conferencista, a escola brasileira convive ainda com três tolerâncias inaceitáveis: o racismo, o machismo e o desrespeito à diversidade sexual. “Apesar de muitos ganhos, esses pontos foram retirados do Plano Nacional de Educação pela por força da bancada mais conservadora do Congresso Nacional”, denunciou, alertando para importância de se continuar na luta. Por sinal, essas questões vão amplamente debatidas durante o III Seminário de Ação Afirmativa, Diversidade e Inclusão Social e III Fórum de Acessibilidade. São palestras, mesas redondas, minicursos e apresentações de trabalhos em pôsteres e orais.

Logo mais, a partir das 14 horas, por exemplo, ainda no Hotel Vila Oeste, será realizada uma Mesa Dialogada sobre inclusão e cidadania, onde serão abordados os temas: Negros e índios no RN: diversidade étnico-racial em perspectiva; com o Prof. Dr. Flávio Rodrigo Freire Ferreira, do IF-RN; Incluir sem desfigurar a política indigenista pós Constituição Federal 1988, com o Prof. Esp. Lúcio Romero Marinho, da UERN; Reflexões sobre a legitimidade das práticas religiosas afro-brasileiras a partir de um estudo em cidades do RN, com a Prof.ª Dr.ª Eliane Anselmo da Silva, da UERN e, A diferença faz a diferença? Pensando a questão da cor em nossos dias, com o Prof. Me. Emanuel Freitas da Silva, da Ufersa. A coordenação dos trabalhos será da pedagoga Maria Marta de Medeiros, do IFRN.

O III SEADIS prosseguirá no segundo e no terceiro dia, 18 e 19 de novembro, nas dependências do Câmpus Leste da Ufersa Mossoró. “O Seminário objetiva possibilitar a ampliação de conhecimentos, a promoção de diálogos, debates, reflexões, socialização de experiências, apresentação de propostas e resultados de experiências, na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”, afirma a professora Ady Canário, coordenadora do SEADIS. A programação é ampla contando com comunicações orais, mesas redondas, minicursos e apresentações orais. Ao todo são mais de 80 trabalhos que serão apresentados. A estimativa dos organizadores é de mais de 600 participantes entre estudantes, professores e demais profissionais. “No dia da abertura estaremos ainda recebendo inscrições para participantes ouvintes”, frisa Ady Canário.

A programação será desenvolvida em sete eixos temáticos: inclusão, cidadania e políticas públicas; Educação especial, acessibilidade e tecnologias; Diversidade, educação étnico-racial e indígena; Identidades de gênero e diversidade sexual; Educação popular, movimentos sociais e educação do campo; Estudos surdos, políticas educacionais para surdos e formação e atuação do tradutor/ intérprete da Língua; Brasileira de Sinais em espaços escolares não escolares e, Espaço, sociedade e práticas inclusivas acessíveis. Confira abaixo a Programação do III SEADIS

Programação 2DIA (1) (1)

Programação 3DIA (2)

Conferência de abertura lotou Auditório do Hotel Vila Oeste/Foto: Eduardo Mendonça
Professora Luciana Mafra, coordenadora da Caadis Ufersa/Foto: Eduardo Mendonça
Professora Ana Lúcia, da UERN, reforça a tese de que a Universidade deve está preparada para atender a todos
Reitor da Ufersa, professor José de Arimatea, abre Seminário enaltecendo importância da criação da CAADIS/Foto: Eduardo Mendonça
Professor, Daniel Cara, abriu a programação cientifica com o tema Educação, políticas públicas e inclusão social: saberes, sujeitos e práticas