
Ao lado da reitora Ludimilla, os gêmeos Guilherme Eduardo e Gustavo Henrique, de 23 anos, colaram grau em Angicos. Um no curso Sistema da Informação e o outro em Ciência e Tecnologia/Foto: Eduardo Mendonça
Gêmeos univitelinos, amigos e também bons estudantes. Quis o destino que o resultado fosse o de concluir a graduação superior no Campus Angicos da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa). Essa é a história dos irmãos Guilherme Eduardo e Gustavo Henrique, formados na noite desta quinta-feira, 9, pela Ufersa.
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Nascidos há 23 anos em Caicó, os irmãos hoje moram no município de Cruzeta e contam que estudaram juntos a maior parte da vida. “Nos separamos apenas no ensino médio, quando Gustavo não entrou no Instituto Federal”, afirmou Guilherme Eduardo que se formou no curso Bacharelado em Sistema da Informação. Ele ingressou na Ufersa em 2018.
Já Gustavo Henrique ingressou no ano seguinte (2019) no curso de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, tendo conquistado o diploma na mesma solenidade que o irmão. “Muito interessante estar aqui nesse momento, porém, em fileiras diferentes, devido à formação conquistada”, definiu. Gustavo que vai continuar na Ufersa Angicos no curso de Engenharia de Produção.
Para os gêmeos, a Ufersa superou todas as expectativas enquanto instituição de ensino superior. “Não conhecíamos a Universidade, apenas a UFRN e o IF, e confesso que não esperava tanto, no que se refere à infraestrutura disponibilizada, bem como o nível do corpo docente. Fomos acolhidos e abraçados pela Ufersa Angicos”, expressou Guilherme Eduardo, que deixa a Universidade já com emprego garantido. “Já trabalho na área da minha formação com recrutamento e análise de dados, mas pretendo retornar para academia para cursar pós-graduação”, afirmou.

Jefferson Rodrigues reconheceu a importância dos programas de permanência oferecidos pela Ufersa para continua e concluir a graduação/Foto: Eduardo Mendonça
Importância das políticas para permanência na Universidade
Primeiro de uma família de cinco pessoas a conquistar o ensino superior, Jefferson Rodrigues do Nascimento, saiu de São Gonçalo do Amarante, município da grande Natal, para cursar Licenciatura em Computação e Informática, no Campus da Ufersa Angicos, localizado no Sertão Central do Rio Grande do Norte. O estudante reconhece que foi graças aos programas de permanência disponibilizados pela Universidade que possibilitaram ele permanecer e concluir a graduação superior. “Não foi fácil, mas consegui graças aos incentivos recebidos”, afirmou.

Concluintes fazem juramento protocolar/Foto: Eduardo Mendonça
O estudante faz uma avaliação positiva, porém, acredita que pode ainda melhorar. “Temos um gestão que trabalha muito para garantir aos estudantes um ensino de qualidade. A exemplo de outras universidades, a Ufersa precisas de mais investimentos, principalmente, voltados para a assistência estudantil”, opinou. Com o diploma em mãos, Jefferson Rodrigues se prepara para ingressar num mestrado na área da educação. Já Joyce Heloiza Rocha Xavier, formada em Pedagogia, tem como foco o mercado de trabalho. “Agora a meta são os concursos. Já estou me preparando”, adiantou. Ela classifica o curso como excelente, por apresentar para os estudantes uma metodologia na perspectiva freireana.

Ywky Schneider é homenageado com a láurea/Foto: Eduardo Mendonça
O formando, destaque no Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, Ywky Schneider Medeiros Galvão, confessou ter “suado frio” ao ser chamado para receber a láurea. “Recomendo demais esse curso e a meta agora é seguir em frente cursando o segundo ciclo em Engenharia de Produção”, adiantou Schneider.
Já Leon Antônio Neto, formado em Engenharia de Produção, sai dos bancos da Universidade empregado. “Fui contrato pela empresa que fiz estágio logo após defender o meu Trabalho de Conclusão de Curso, o TCC”, revelou. Ele tem vínculo efetivado numa empresa na área de hidrologia e meteorologia. “A Ufersa abriu muitas portas, possibilitando o aprendizado da teoria e a prática, por meio das empresas juniores. Aproveitei todas as oportunidades que me foram apresentadas”, disse o estudante.

Reitora da Ufersa, professora Ludimilla Oliveira, preside as duas solenidades de Colação de Grau dos concluintes 2023.1, do Campus Angicos/Foto: Assecom
Colações de Grau refletem determinação de 97 formados pela Ufersa Angicos
Um dia marcante para os 97 formados nas turmas 2023.1 da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, no Campus Angicos, região do Sertão Central do Rio Grande do Norte. Uma celebração justificada pelos paraninfos, oradores das turmas, homenageados e pela presidência da solenidade, a reitora da Ufersa, professora Ludimilla Oliveira, ao conduzir as duas solenidades nesta quinta-feira, 9, no Auditório do Centro de Convivência do Campus.

Professora Luciana Torres, paraninfa da primeira solenidade/Foto: Eduardo Mendonça
A paraninfa geral das primeiras turmas a colarem grau – Engenharia Civil, Engenharia de Produção e, o Bacharelado Interdisciplinar de Ciência da Computação – professora Luciana Torres Correia de Melo, ao discursar questionou o que seria o ponto de chegada, o sucesso. “É chegado o momento dessa avaliação. Reflitam!”, aconselhou. A professora fez questão de frisar que “a trajetória não terminou, então, sigam, o caminho é de vocês. Aqui, ficamos torcendo pelo sucesso de cada um”.
Os professores Edcarlos Leite e Luiz Henrique também subiram à tribuna solene para falar aos recém-formados. “Nunca se esqueçam da base chamada Ufersa Angicos”, afirmou Edcarlos. O professor Luiz Henrique destacou a importância do trabalho, porém, frisando que a pessoa deve estar em primeiro plano. “Cuide de você, da sua saúde, do seu lazer, da sua família. A felicidade está naquele lugar que você não quer sair”, lembrou o docente.

Concluintes da Ufersa Angicos/Foto: Eduardo Mendonça
Ainda numa linha saudosista, a oradora das turmas, a concluinte Aldaíza Raissa Soares, do Curso de Ciência e Tecnologia, relembrou os momentos cruciais da vida acadêmica desde a aprovação na lista do Sisu. “São emoções assim que desejo a todos nós no exercício das nossas profissões”, pontuou.
Ao falar aos presentes na solenidade, a diretora Jacimara Villar, adiantou que no próximo ano, o Campus Angicos completa 15 anos. “Uma data de grande importância que traz muito orgulho a todos os formados que passaram aqui”, pontuou.
Ratificando as palavras da diretora, a reitora frisou que Angicos é o espelho do semiárido. “Aqui temos o cartão postal da Ufersa. Um campus apto a formar profissionais cidadãos, comprometidos com a sua formação, mas que acima de tudo, trazem na sua essência a capacidade de tocar as pessoas”, afirmou.

Professora Franselma Fernandes, paraninfa da primeira solenidade/Foto: Eduardo Mendonça
SOLENIDADE II – As emoções também afloraram na segunda solenidade de Colação de Grau dos Formando 2023.1 dos cursos de Computação e Informática, Ciência e Tecnologia, Pedagogia e, Sistema de Informação. Com um discurso colaborativo, a exemplo da primeira solenidade, a paraninfa geral, professora Franselma Fernandes de Figueiredo, agradecida pela indicação como paraninfa considerou os formandos como “a nota mais importante da minha sinfonia docente. Minha razão e minha realização, meu orgulho e meu contentamento, minha motivação diária para continuar acreditando que ser professora foi e sempre será minha melhor escolha e minha maior realização”, discursou emocionada.
Corroborando com a paraninfa, a professora Adriana chamou atenção dos concluintes para os “riscos”, não ficando preso no que pode acontecer “isso ou aquilo”. E aconselhou: “Sigam firmes em seus propósitos, mesmo que por diversas vezes, a vida, as pessoas, as circunstâncias, lhes mostrem que não é este o seu caminho”. Concluindo, o professor Edcarlos mostrou um mundo a ser desbravado. “Há muito a ser descoberto. Vocês já realizaram parte dos sonhos, agora fazem parte da construção e consolidação dos sonhos de outras pessoas”, lembrou. Ainda reiterando a mensagem da paraninfa geral, a professora Elaine Dantas, a professora acrescentou “a resiliência para seguir, insistir, resistir e persistir para um mundo melhor, de uma sociedade mais justa e de paz”, pontuou.