A assistente social Maria Helena Leite e as advogadas Heloisa Souza e Larissa Maia. Foto: Eduardo Mendonça/Assecom.
Em alusão à campanha Agosto Lilás, voltada ao combate a violência contra a mulher, a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) realizou uma programação especial sobre o tema “Violência Doméstica”. O painel promovido na sexta-feira, 01 de setembro, foi formado por profissionais do ramo do Direito e do Derviço Social que trabalham com casos da área.
Segundo Islamara da Costa, servidora da Ufersa que atuou na organização do evento, a atividade teve como objetivo principal “sensibilizar e conscientizar sobre a importância de conhecer o que é a violência doméstica e combater, seja denunciando ou procurando ajuda”.
“Ainda há muita ignorância sobre o que é a violência doméstica, porque a sociedade remota muito ao fato de violência ser apenas a física, e nós sabemos que há outros tipos, como a patrimonial e a psicológica, que são muito sutis para perceber”, destaca a profissional, que trabalha junto à Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe).
 Programação teve como tema A Ufersa no Enfrentamento à Violência contra a Mulher. Foto: Eduardo Mendonça/Assecom. |
 Reitora Ludimilla Oliveira ao lado da Assistente Social Maria Helena Leite. Foto: Eduardo Mendonça/Assecom. |
A academia esteve presente na desconstrução de diversas ideias, e sendo a violência contra a mulher um problema histórico e cultural, o ambiente universitário se torna essencial para reconstruir os pensamentos sobre esse problema. Essa é a opinião da advogada Heloísa Souza, que integra a Comissão da Mulher Advogada. “É muito importante trazer esse debate para que a comunidade acadêmica se engaje e traga novas propostas de intervenções, novas formas de visualizar o problema, para que cheguemos em uma solução efetiva”, adiciona.
Ao falar sobre o papel da universidade no combate contra esse tipo de violência, a assistente social Helena Leite afirma que “a desconstrução cultural sobre a superioridade do homem à mulher têm que partir da educação”. Em sua apresentação, a profissional expôs dados quantitativos de casos contra mulheres, provando a importância desse debate em todos os lugares.
O debate também possibilitou o contato de estudantes de graduação com a temática. A advogada criminalista Larissa Maia lembrou desse propósito em sua fala, relatando não ter tido essa oportunidade durante a formação. “Momentos como esse cumprem o que diz a lei de violência doméstica, a lei nº 11.340. Em um dos seus artigos, é estabelecido como necessário esse diálogo, porque mais do que criminalizar condutas, a lei visa conscientizar para que não haja reincidência desses atos”, explica a advogada.
Palestrantes reunidas com equipe da Progep e com a reitora Ludimilla Oliveira. Foto: Eduardo Mendonça/Assecom.
A atuação da Ufersa
A pró-reitora de Gestão de Pessoas da Ufersa, Raiane Galvão, explica que a principal proposta do evento é promover a conscientação. “A Progep vem refletindo sobre as principais temáticas que nós precisamos conscientizar a sociedade, e dentro da sociedade, a importância no ambiente de trabalho”. Ainda de acordo com ela, outras atividades serão organizadas para dar prosseguimento ao debate sobre o tema.