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Comunicação

Pesquisa analisa viabilidade do uso de chorume na irrigação em aterros sanitários

Inovação, Pesquisa 14 de agosto de 2023. Visualizações: 764. Última modificação: 14/08/2023 16:12:15

Os experimentos são realizados na Unidade Experimental de Reuso de Águas Residuárias, localizada no campus Leste, em Mossoró. Foto: arquivo pessoal/cedida.

Com o objetivo de recuperar áreas de aterros sanitários, a doutoranda Luciara Andrade analisa a possibilidade de utilização do chorume na irrigação de um tipo específico de vegetação: o capim vetiver. Os experimentos realizados na Unidade Experimental de Reuso de Águas Residuárias, localizada no campus Leste, em Mossoró, mostram que a planta escolhida tem reagido bem à irrigação devido à sua capacidade de absorver e acumular metais pesados.

“Trata-se de uma estratégia de recirculação do efluente com alta carga poluente, aplicado no cultivo de uma espécie que produz muita biomassa, e, consequentemente, o recobrimento das celulas encerradas do aterro com essa vegetação resultará em sequestro de Carbono”, esclarece Luciara, que é servidora do município de Mossoró e aluna do curso de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Manejo de Solo e Água. A pesquisa é orientada pelo professor Rafael Batista.

A doutoranda do programa de Manejo de Solo e Água da Ufersa, Luciara Andrade, no Laboratório de Secagem de Solo. Foto: Eduardo Mendonça/Assecom.

A proposta de analisar uma forma de utilização do chorume foi elaborada, de acordo com a pesquisadora, a partir da necessidade de minimizar o risco de contaminação dos recursos hidricos. “A vivência profissional na prefeitura me estimulou a pesquisar uma forma de solucionar um problema inerente aos aterros sanitários, por meio do tratamento do chorume e, assim, produzir conhecimento aplicável, e de baixo custo, devolvendo à sociedade minha contribuição à gestão pública para o enfrentamento dos desafios ambientais contemporâneos”, afirma Luciara.

O experimento foi iniciado em novembro de 2022, já com a proposta de encontrar uma saída viável para a reutilização do chorume, o líquido resultante da decomposição da matéria orgânica do lixo. “Estamos encerrando o experimento e avançando nas análises, cujos resultados preliminares apresentam-se promissores”, comenta Luciara. “Estamos muito animados e pretendemos prosseguir com a investigação na identificação de microplástico e substâncias emergentes, como antibióticos, agrotóxicos, produtos de higiene pessoal e outros, todos presentes no chorume e que também são prejudiciais à saúde pública”.