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Comunicação

Ufersa aprova projeto com IA para estudar condições ambientais no Semiárido

Pesquisa 1 de agosto de 2023. Visualizações: 640. Última modificação: 03/08/2023 11:03:07

Reprodução dos mapaa com a delimitação da área de estudo do Projeto Escutandô

Projeto que visa utilizar a inteligência artificial para estudar as condições ambientais nas paisagens do Semiárido é aprovado no edital do Programa Cadeias Produtivas da Bioeconomia da FINEP (Edital 01/2022) em quarta colocação geral (média final de pontuação 4,88) dentre 57 projetos classificadas.

A proposta foi liderada pela Fundação para Inovações Tecnológicas – FITEC, um ICT de Campinas, o qual contou com a parceria de pesquisadores do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – CCBS da UFERSA, além de outros institutos como o BIOS, da UNICAMP. O grupo interdisciplinar de cientistas garantiu quase R$ 3 milhões em financiamento para desenvolver um sistema de reconhecimento in loco de nível e tendências de degradação de habitats não-urbanos no Semiárido brasileiro.

Professor Dr Lucas Forti, um dos integrantes do projeto. Foto cedida

O sistema será construído usando técnicas de aprendizado de máquina (machine learning) e para o treinamento da IA será utilizado um banco de sons relacionados aos componentes bióticos e abióticos da paisagem. As gravações de sons da paisagem serão obtidas por meio de abordagem baseada em ciência cidadã, uma nova linha de pesquisa implantada no CCBS, ou seja, quando há participação pública no processo de produção de dados e conhecimento.

No grupo de cientistas se destaca o professor visitante Dr. Lucas Rodriguez Forti, um dos idealizadores da proposta, que atua no programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação da CCBS/UFERSA. “Com esse sistema batizado de Escutadô, as condições ambientais da região do semiárido poderão ser avaliadas com mais precisão e em tempo real, criando possibilidades para ampliar nosso conhecimento sobre a biodiversidade e para gerar evidências que suportem a proteção de atividades socioeconômicas, como a agricultura familiar”, destaca o pesquisador.

A proposta de pesquisa vai integrar uma das principais frentes de atuação do recém-criado Observatório Ambiental do Semiárido, vinculado ao CCBS/UFERSA, que tem sua sede planejada no Parque Científico e Tecnológico do Semiárido. O projeto ainda deve atrair novos pesquisadores para a região e fomentar um modelo mais amplo de pesquisa participativa. “Queremos usar tecnologia de ponta e produzir mais conhecimento de forma colaborativa”, finaliza o Dr. Forti.