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Programação iniciada no dia 2 de abril tem encerramento com duas mesas redondas, no Auditório Amâncio Ramalho/Foto: Assecom
Ser pais de uma criança/adolescente autista tem representado uma responsabilidade maior quando se exige da sociedade a garantia de direitos, assegurados pela Lei 12.764/2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtornos do Espectro Autista. Para conscientizar a comunidade universitária sobre essa realidade, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido, promoveu no decorrer deste mês de abril, várias atividade dentro da programação alusiva ao mês de conscientização do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
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Guilherme Barroso busca fazer valer os direitos dos autistas/Foto: Assecom
O encerramento da programação contou com a participação do estudante secundarista, Guilherme Barroso, que é escritor e pré-universitário. Autista, Guilherme conta que começou a falar verbalmente aos seis anos de idade. “Um jovem debatendo sobre o seu futuro no ensino superior é de grande importância quando sabemos que muitas pessoas não veem pessoas com deficiência no ensino superior. São vidas que estão jogo e precisamos falar do nosso futuro também na universidade”, afirmou.
Falando de sua experiência, o estudante afirma que as instituições de ensino ainda não estão preparadas para receber estudantes com autismo. “Faltam muitas informações sobre a Lei Berenice Piana (12.764/2012), daí, a ausência de acolhimento por parte das escolas e, as consequências são preconceito, bullying, discriminação com as pessoas autistas”. Guilherme afirma ainda que não é fácil a vida escolar de uma pessoa com autismo. “Espero que na universidade não se repita tudo que aconteceu durante a minha vida escolar”, afirmou o estudante que pretende cursar direito na UFERSA.
A programação que acontece na UFERSA é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, da Coordenação Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Inclusão Social (CAADIS) e da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEPE), com a proposta é apresentar e debater informações sobre o autismo, as implicações no contexto universitário e os direitos garantidos a essas pessoas.
Para Gilberliana Melo, da CAADIS, a Universidade tem trabalhado para diminuir barreiras e aumentar a inclusão dos estudantes deficientes. Atualmente, a UFERSA acompanha sete estudantes autistas. “Trabalhamos para melhorar a qualidade do atendimento de quem já se se encontra na Universidade, mas também para abraçar as possibilidades de novos alunos que ainda vão ingressas na instituição”, afirmou. Segundo a representante da CAADIS, para o próximo semestre serão mais cinco estudantes autistas ingressando nos cursos da UFERSA, numa “inclusão includente”, com condições de permanência.
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Apresentação cultural abriu o evento/Foto: Assecom
Para o pró-reitor de assuntos estudantis, Júlio César, ao citar a experiência pessoal, também reconheceu não ser tarefa fácil ter um filho com deficiência. Júlio adiantou que a Universidade tem trabalhado para melhorar a vida dos estudantes, levando em consideração as particularidades de cada caso. “A gestão abraça a causa no só do autismo, mas de outras deficiências, com habilidades diferenciadas dentro da diversidade de casos para que a Universidade seja um ambiente agradável para pessoas com deficiência”, falou Júlio César.
A programação terá prosseguimento à tarde, a partir das 14h, com a Mesa Redonda “Espectro autista: direitos, desafios e possibilidades”, com Gleydson Gadelha (procurador do trabalho do MPT-RN), Geison Freire (médico e docente da Ufersa) e Ken Edy Rodrigues (discente da Ufersa). Já pela manhã aconteceu a Mesa Redonda
“Autismo no Ensino Superior: Múltiplas Perspectivas e Ações”.