Após concluir um curso de graduação e de mestrado no programa de Ambiente, Tecnologia e Sociedade da Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA), a pesquisadora Flávia Giglianne Freitas Lima foi selecionada para um intercâmbio acadêmico na Itália, por meio da Organização Internacional Ítalo-Latino Americana (IILA).
A brasileira conta um pouco de sua história na edição de junho deste ano da publicação Italolatinoamericana, revista que relata atividades da IILA. O órgão intergovernamental é membro observador da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) desde 2007 e foi criado em 1966 com o objetivo de fortalecer as relações entre a Itália e a América Latina.
“Conseguir meu diploma não foi fácil, eu vim de escola pública e não tinha muitos recursos para estudar”, conta Flávia, que é natural de Severiano Melo (RN) e foi a primeira pessoa da família a conquistar um diploma de graduação. “Foi graças ao empenho incansável de meu pai e à minha determinação que consegui”, destaca ela em seu depoimento, publicado em italiano e espanhol.
Agora, Flávia se dedica a uma pesquisa que pode gerar resultados justamente no ambiente onde nasceu. “Os resultados da minha pesquisa têm implicações importantes para produtores e agricultores no semiárido brasileiro, continuamente sujeitos a longos períodos da seca e do esgotamento do solo”, diz ela. “O objetivo é melhorar os parâmetros fisiológicos do solo e mitigar os efeitos negativos da restrição nas plantações e estimular a produção agrícola local de forma sustentável.”
Na Itália, Flávia Freitas Lima atua no Laboratório de Observações e Medições para o Meio Ambiente e Clima do Casaccia Research Center, sob a supervisão da pesquisadora Chiara Alisi.
Edição 22 da Revista da Organização Internacional Ítalo-Latino Americana (IILA)