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Comunicação

Pesquisa analisa alternativa para aumentar vida útil de figos

Pesquisa 8 de abril de 2022. Visualizações: 813. Última modificação: 08/04/2022 10:53:56

O professor Vander Mendonça e a doutoranda Agda Forte, do Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, no pomar da UFERSA, em Mossoró (Foto: Katharinne Magalhães)

Quando chegou em Mossoró, o professor Vander Mendonça, do curso de Agronomia e do Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia da UFERSA, trouxe consigo a experiência de lidar com o plantio do figo nos estados de Minas Gerais e São Paulo. No clima semiárido, ele se surpreendeu com a qualidade da fruta e com o número maior de colheitas. “O problema que nós vemos até hoje é o desconhecimento dessa cultura, que ainda é nova na região”, diz ele, destacando que o fruto produzido no campus de Mossoró é mais doce que o obtido nas regiões Sul e Sudeste e chega a ser colhido três vezes por ano, enquanto a mudança de temperatura naquelas regiões permite apenas uma colheita anual.

Agora, uma doutoranda do programa de pós-graduação em Fitotecnia da UFERSA estuda a possibilidade de melhorar ainda mais a qualidade dos frutos produzidos no Pomar da UFERSA, no campus de Mossoró, e na Fazenda Experimental que fica em Lagoinha, zona rural da cidade. Agda Forte utiliza aplicações de silicato de potássio na tentativa de aumentar a vida útil dos figos maduros. “A gente pensa que a planta vai absorver esse produto, repassá-lo para os frutos e, assim, eles vão ter uma firmeza maior, que seria uma resistência maior na casca e, consequentemente, uma vida útil maior”, detalha.

Figos maduros no campus de Mossoró (Foto: Katharinne Magalhães)

Como docente da UFERSA e orientador do trabalho de Agda, o pesquisador Vander Mendonça conta que viu a possibilidade de iniciar um novo campo de estudos. “Pensamos que não faria sentido a gente ficar trabalhando com culturas tradicionais, como banana e manga, por exemplo, até porque o conhecimento técnico sobre elas já existe”, explica ele. “Nossa intenção foi trazer essa nova cultura e depois passar esse conhecimento para os pequenos produtores da região”. De acordo com ele, a facilidade de manejo e o baixo custo são fatores que pesam a favor da plantação de figos no semiárido.

Além do estudo com o objetivo de prolongar a vida útil das frutas, a doutoranda Agda Pontes também realiza parte de pesquisa na Fazenda Experimental da UFERSA. No local, ela analisa o desenvolvimento de frutos nascidos em plantas com diferentes números de ramos. “Lá nós acompanhamos plantas de diferentes tamanhos, com três, seis e nove ramos, porque isso vai influenciar no tamanho e no peso do fruto”, diz Agda. Outra parte da pesquisa, segundo ela, envolve a análise de diferentes tipo de adubo. “Temos quatro tipos de adubação orgânica e uma adubação mineral. Nossa intenção é ver se podemos ajudar os agricultores a escolher uma opção orgânica que possa substituir a mineral com resultados semelhantes”, adiciona Agda.

Além do estudo com o objetivo de prolongar a vida útil das frutas, a doutoranda Agda Forte também realiza parte de pesquisa na Fazenda Experimental da UFERSA. No local, ela analisa o desenvolvimento de frutos nascidos em plantas com diferentes sistemas de condução. “Lá nós acompanhamos plantas de diferentes pernadas de formação, porque isso vai influenciar no tamanho e no peso do fruto”, diz Agda. Outra parte da pesquisa, segundo ela, envolve a análise de diferentes tipos de adubo. “Temos quatro tipos de adubação orgânica e uma adubação mineral. Nossa intenção é ver se podemos ajudar os agricultores a escolher uma opção orgânica que possa substituir a mineral com resultados semelhantes”, adiciona Agda.