Para o presidente da Comissão de Biossegurança da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Dr. Heider Ferreira, os conselheiros do Consuni da Ufersa não levaram em consideração o trabalho realizado pela Comissão para garantir do trabalho presencial seguro e responsável na instituição. “Faltou sensibilidade do Conselho, pois havia todo um trabalho sendo feito por pessoas sérias e comprometidas com a questão, mas infelizmente as decisões foram tomadas de forma diferente”, afirmou o médico que também é veterinário na Universidade. Doutor Heider se refere à decisão do Conselho tomada após autoconvocação na semana passada suspendendo às Portarias da Reitoria que disciplinavam o retorno gradual e seguro das atividades na Universidade.
O médico explicou que o trabalho da Comissão de Biossegurança já tinha saído da fase zero, estando na fase 01. Com a decisão houve uma regressão. Ele garante que o Protocolo de Biossegurança instituído pela Ufersa foi um documento muito bem elaborado e que atende as necessidades de prevenção contra o novo Coronavírus. “O Protocolo nos dá uma tranquilidade tanto para a realização do trabalho dos técnicos, quanto para o retorno gradual das aulas”, considerou.
A elaboração do documento priorizou a comunidade acadêmica buscando da melhor forma possível atender as medidas preventivas de contágio com a Covid-19. O Protocolo traz alternativas de novas formas de trabalho, como por exemplo, a organização dos espaços, o número de pessoas nos ambientes, escalas de trabalho, além de disponibilizar orientações para as possíveis dúvidas das pró-reitorias e demais unidades gestoras da Universidade.
“Formulamos normativas para as aulas práticas com escalas para os estudantes, traçamos prioridades e também definimos quais cursos prioritários para as atividades presenciais nesse momento da pandemia”, revelou. Com essas estratégias, o médico considera que o trabalho presencial estava sendo mínimo, com um número reduzido de pessoas por unidade. “O Plano de Biossegurança foi pensado para que os servidores ficassem seguros no ambiente de trabalho”, complementou. A Universidade disponibilizou álcool em gel, máscaras e estabeleceu o distanciamento social. “Sabemos que com essas medidas preventivas as chances de contaminação são mínimas”, pontuou.
O médico enfatizou ainda que todo o trabalho da Comissão de Biossegurança teve como maior preocupação a prevenção e a recomendação para o retorno gradual das atividades presenciais para que a “Universidade continuasse minimamente funcionando de forma segura com o trabalho presencial e/ou híbrido”.
Para o presidente da Comissão de Biossegurança a autoconvocação do Consuni foi uma surpresa. “Estive presente na reunião onde pude expor a minha opinião e também a dos demais integrantes, tiramos dúvidas dos conselheiros, mas o que ficou claro é que o nosso trabalho não foi considerado. Essa é a verdade”, desabafou.