
Reitora foi conhecer a Fazenda Experimental Rafael Fernandes e anunciar estratégias para melhor utilização do espaço/Foto: Assecom
Sendo uma legítima representação do semiárido, a Fazenda Experimental Rafael Fernandes é um espaço da Universidade Federal Rural do Semi-Árido voltado para atividades de pesquisa, principalmente, dos cursos das ciências agrárias. Nesta sexta-feira, 02, a reitora da Ufersa, a professora Ludimilla Oliveira foi conhecer o local anunciando estratégias para melhor utilização do espaço. “Vamos propiciar incentivos para promover a vinda de parceiros do setor produtivo que possam somar com as atividades já existentes no local”. A reitora se referiu ao Centro Tecnológico de Apicultura e Meliponicultura – Cetapis – que já referência a nível nacional.
O professor Glauber Nunes e a professora Kátia Gramacho, do Centro de Ciências Agrárias da Ufersa, também compartilham com a ideia da reitora. “Precisamos trazer o setor produtivo para contribuir com a realização de pesquisas, bem como a testagem de produtos” afirmou Glauber. Ao enfatizar a importância do Cetapis na preservação das abelhas, a professora Katia Gramacho lembrou que “o mel não é o principal produto das abelhas, mas a polinização”. Ainda segundo a professora Kátia “a cooperação dos produtores de frutas é de grande importância nesse processo, pois se não houver abelhas, não há frutas” lembrou.
Uma alternativa apresentada é o custeio de bolsas para o estudante pesquisador. “A sustentabilidade deve levar a estratégia de convivência com o semiárido” complementou a reitora Ludimilla para justificar a importância da apicultura no desenvolvimento da região do semiárido. Atualmente já existe uma parceria formal entre o Cetapis e as empresas produtoras de melão com a troca de cera bruta pela cera alveolada que é a lâmina de cera prensada que serve de guia para as abelhas construírem os favos.
“Essa Fazenda tem grande importância para o futuro dessa Universidade” enfocou o professor Glauber. O professor observou ainda a importância da retomada das ações desenvolvidas na Fazenda que foram paralisadas em decorrência da pandemia no novo Coronavírus. “Temos que reiniciar os trabalhos de forma planejada, pois os impactos dessa parada nas pesquisas virão” alertou.
ESTRANGEIROS – A visita serviu também para que os estudantes estrangeiros da pós-graduação na área das agrárias conhecessem a Fazenda Experimental Rafael Fernandes. Situada na localidade de Alagoinha, na zona rural de Mossoró, a Fazenda Experimental da Ufersa possui aproximadamente 400 hectares, dividida em área experimental, casas de apoio, laboratórios, serraria, além de áreas de preservação ambiental destinadas a estudos ecológicos e florestais.
O principal objetivo da Fazenda é apoiar as atividades de ensino, pesquisa e extensão, desenvolvidas pelos Cursos de Engenharia Ambiental, Engenharia de Alimentos, Agronomia, Veterinária e Zootecnia, envolvem docentes e alunos de graduação e pós-graduação, bem como de demais áreas do conhecimento.
O estudante venezuelano, Salvador Rufino, mestrando em Produção Animal, ficou impressionado como o local. “Vejo que a Ufersa tem potencial que deve ser trabalhado para atrair muito mais progresso”. Salvador desenvolve pesquisa voltada para a produção de presunto com carne de cordeiro. Já Ana Garcia, de Honduras, também mestranda no Programa de Ciências Animais, elogiou o espaço e o acolhimento que os estudantes estrangeiros estão vivenciando na Ufersa. “Eu e os meus colegas estamos muito gratos pelo acolhimento, pela oportunidade da Universidade propiciar conhecermos esse espaço voltado para o desenvolvimento de pesquisas e atividades práticas importantes” opinou.

Estudantes estrangeiros da pós-graduação também tiveram a oportunidade de conhecer o espaço da Fazenda Experimental da Ufersa/Foto: Assecom