A Pró-Reitoria de Graduação da Ufersa – PROGRAD – está realizando uma grande consulta à comunidade acadêmica da Universidade com o objetivo de conhecer as condições reais em que professores e estudantes se encontram nesse período de pandemia. A consulta também tem a proposta de ouvir a comunidade sobre a reorganização dos calendários escolares e sobre a realização de atividades pedagógicas não presenciais durante o período de pandemia da COVID-19, conforme orientações do Conselho Nacional de Educação – CNE, além das Portarias nºs 343 e 345 do Ministério da Educação – MEC.
Gráficos com respostas dos estudantes que participaram da consulta até o momento
A pesquisa já foi iniciada e começou a receber as primeiras respostas. Dos mais de 11 mil alunos matriculados na graduação da Ufersa, 3.286 já responderam ao chamado da Prograd. E entre os mais de 700 professores, 373 também preencheram o formulário da consulta que questiona se os estudantes, por exemplo, têm acesso a internet adequada para assistir aulas e participar de videoconferências, se possuem espaço físico para estudos nos imóveis que moram e se dispõem de recursos tecnológicos como smartphone e notebook.
Pelos dados coletados até agora, 87% dos alunos afirmaram que possuem internet adequada para receber vídeos e 68% informaram que possuem locais específicos para o estudo. Sobre os recursos tecnológicos, 91% afirmaram possuir smartphones e 73% disseram ter notebook. Já sobre a retomada do calendário acadêmico utilizando atividades pedagógicas não presenciais, 51% não são favoráveis e 49% afirmaram que sim.
Entre os professores, 85% responderam que possuem internet adequada para encaminhar e transmitir vídeos e 91% afirmaram ter domínio e utilizar as ferramentas do SIGAA – Sistema de Gestão de Atividades Acadêmicas. A PROGRAD também pergunta aos professores se as disciplinas ministradas neste semestre podem ser ofertadas na modalidade a distância: 69,4% responderam que sim. Pelo balanço parcial, 54% dos professores que responderam o questionário também afirmaram que podem realizar exercícios domiciliares de forma virtual.
Quando questionados se são favoráveis à retomada do calendário acadêmico 2020.1 utilizando atividades pedagógicas não presenciais, 60% afirmaram que sim, 40% não. A consulta para alunos e professores continua aberta até a próxima semana.
Segundo o pró-reitor de graduação, o professor Rodrigo Codes, esse momento é de ouvir a comunidade acadêmica e compreender todas as suas especificidades e não de tomada de decisões isoladas. Ainda de acordo com Codes, em consulta à comissão de acompanhamento da situação de saúde na região, a situação da pandemia continua preocupante e ainda não é recomendado o retorno das atividades presenciais.
Dentro desse contexto, a consulta da Prograd também pergunta se os estudantes apresentam ou apresentaram algum sintoma de coronavírus: 96,1% afirmam que não. Também está sendo questionado se os alunos convivem com algum familiar que apresenta ou apresentou os sintomas: 94% afirmaram que não.
Os questionários já foram apresentados aos diretores de centro e chefias de departamento. Em reunião virtual, realizada essa semana, os gestores da área acadêmica puderam analisar e ajudaram a debater os formulários. Sobre o retorno às atividades presenciais, a PROGRAD esclareceu que isso só deverá acontecer quando a situação da pandemia estiver sob controle e com a orientação de autoridades governamentais da área da saúde. A prioridade é garantir a saúde de todos. “Estamos acompanhando diariamente a situação da pandemia na nossa região e só vamos retomar o semestre com segurança e com as possíveis adaptações sugeridas pelas autoridades. Queremos tranquilizar os estudantes que tudo será planejado e informado com antecedência de forma a garantir o retorno daqueles que moram fora e que precisam voltar a região. Enquanto isso, a recomendação é permanecer em casa”, esclareceu o professor Rodrigo Codes.Estamos acompanhando diariamente a situação da pandemia na nossa região e só vamos retomar o semestre com segurança e com as possíveis adaptações sugeridas pelas autoridades