Parte da equipe de professores e técnicos responsáveis pela produção do álcool 70% em Mossoró / Foto Assecom Ufersa
Garrafas de um litro de álcool 70%, um importante aliado no combate ao coronavírus / Foto Assecom Ufersa
Álcool em gel produzido na Ufersa em Mossoró / Foto Assecom Ufersa
Aparelho decímetro que mede a concentração de álcool. O equipamento foi cedido pela empresa Anton-Paar / Foto Assecom Ufersa
A produção de álcool 70% já é uma realidade na Ufersa. Nas últimas semanas, equipes de trabalho – formadas por professores e técnicos – vêm colaborando de forma intensa para produzir o insumo que anda em falta nessa época de pandemia. O álcool 70% é um importante aliado no combate ao coronavírus.
Para amenizar a situação das unidades de saúde e hospitais – que têm a maior demanda na atualidade – a Ufersa passou a utilizar alguns de seus laboratórios de química para produzir o álcool 70%. Para isso, a Universidade recebeu doação de insumos e também buscou as autorizações para a produção junto à vigilância sanitária, que é uma exigência para esse tipo de atividade.
Com tudo pronto, outras equipes de colaboradores foram a campo em busca de recipientes e dos rótulos. Essa união de esforços resultou num trabalho que vem recebendo elogios de todos. Só em Mossoró, já foram produzidos cerca de 300 litros de álcool líquido 70% – desinfetante – e também de álcool em gel 70%. O lote já está pronto e deve ser entregue nos próximos dias para as Unidades de Saúde. Segundo o professor Zilvam Melo, do Centro de Engenharias, a Universidade já enviou amostras do álcool para o Laboratório Central do RN, em Natal, para atestar a qualidade do produto e o laudo deve sair a qualquer momento. É só a partir daí que o insumo fica liberado para a entrega.
Essa análise do Laboratório Central é mais uma ação para comprovar a qualidade do produto. A Ufersa já faz esses testes e comprova diariamente que o álcool produzido nos seus laboratórios tem a concentração praticamente exata de 70%. Isso é comprovado por meio de um aparelho chamado decímetro, que foi cedido pela empresa Anton-Paar, com a ajuda da engenheira química Hannah Bárbara Batista, egressa da Ufersa. “Somos gratos por essa corrente de colaboração. O resultado não poderia ser outro. Bancada cheia de álcool para ser entregue”, agradeceu o professor Zilvam.
Como o próprio rótulo já avisa, o álcool 70% produzido na Universidade não pode ser vendido. Ele é fruto de doações e precisa chegar as unidades de saúde de forma gratuita. Segundo os professores que trabalham nessa frente de ação, mais 150 litros de álcool 70% devem ser produzidos na próxima semana, de acordo com a quantidade de insumos presentes. Hoje a principal matéria-prima do álcool gel, por exemplo, é o carbopol, um espessante que anda em falta no planeta todo. Além disso, a produção também necessita das doações de álcool concentrado que vem das usinas de cana-de-açúcar.
O reitor, o professor José de Arimatea de Matos, acompanha a produção e agradeceu o empenho da equipe de professores e técnicos. “Estamos muito satisfeitos e com aquele sentimento de mais um dever cumprido. Cada dia tenho mais orgulho da nossa instituição Ufersa. Parabéns a todos!”, comemorou.
PRODUÇÃO DE ÁLCOOL EM CARAÚBAS – O Campus de Caraúbas também já iniciou sua produção de álcool 70%. Segundo o professor Daniel Freitas, o primeiro lote com 140 unidades de 500 ml de álcool liquido já está pronto e mais um lote de 5 litros de álcool em gel também foi produzido para teste e enviado para análise no Laboratório Central do RN. Neste momento, a frente de trabalho da Ufersa Caraúbas está focada na produção de álcool em gel. “Enquanto tivermos carbopol vamos produzindo. Nesta sexta, fizemos um lote de 18 litros”, esclareceu Daniel. Nesta segunda, serão produzidos mais dois lotes de 18 litros de álcool em gel e enviados para análise em Natal.
Ainda de acordo com o professor Daniel, a equipe de Caraúbas também necessita de matéria prima para produzir o álcool. “Recebemos doações mas elas já estão acabando. Vamos precisar de muito álcool concentrado acima de 90%”, pediu. A expectativa é que todo o álcool produzido no campus seja entregue às unidades de saúde e hospitais de Caraúbas e Apodi.