Comunicação

Sala de Coworking, localizada no lado oeste do campus de Mossoró, recebeu programação alusiva ao Dia Mundial da Propriedade Intelectual. Foto: Monalisa Teixeira/Assecom.

O Núcleo de Inovação Tecnológica da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (NIT/Ufersa), promove nesta sexta-feira, 25, uma programação especial em alusão ao Dia Mundial da Propriedade Intelectual, celebrado globalmente no dia 26 de abril.

O evento acontece no Campus Mossoró e integra o calendário oficial da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI/WIPO), com apoio do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

A proposta é refletir sobre o compromisso da Universidade com a promoção da inovação, do empreendedorismo e da transferência de tecnologia socialmente. Nesta edição, o tema escolhido foi “Propriedade Intelectual e Música – Direito Autoral na Música”, objetivando ampliar o debate sobre os direitos de propriedade intelectual, especialmente no contexto acadêmico e artístico, destacando sua importância para o desenvolvimento da inovação e da criatividade no Brasil.

Para o vice-reitor Nildo Dias, que representou a reitoria da Universidade na abertura da programação, esta é uma oportunidade de trazer para mais perto da Instituição aspectos voltados ao empreendedorismo, essencial para o desenvolvimento do ensino e da pesquisa. “Eu vejo que precisamos, cada vez mais, criar uma cultura de inovação e empreendedorismo, porque já temos 20 anos e já investimos muito em ciência e tecnologia. E agora precisamos mobilizar esse conhecimento e transformá-lo em recurso financeiro por meio da inovação e do empreendedorismo”, destacou o vice-reitor.

Rhuana Lima, coordenadora do evento, que chegou à segunda edição na Ufersa, avalia que a programação que abrange um conceito que não é tão explorado fora da comunidade acadêmica. “Poucos brasileiros conhecem o tema, principalmente no que diz respeito ao direito autoral na música. Por isso, o evento visa conscientizar e mostrar como a propriedade intelectual é fundamental para proteger os direitos dos artistas, inventores e pesquisadores”, destaca a coordenação.

Rhuana Lima, servidora da Ufersa e coordenadora do evento. Foto: Monalisa Teixeira/Assecom.

Programação

A programação foi estruturada em dois momentos. Pela manhã, as atividades se concentraram nos direitos autorais e incluíram uma exposição sonora sobre o Museu Exea, um bate-papo musical com o cantor André da Mata e uma mesa-redonda sobre propriedade intelectual na música. À tarde, o foco se volta para as patentes acadêmicas, com destaque para o “Pitch das Patentes”, em que inventores da universidade terão cinco minutos cada para apresentar suas criações. Ao todo, vão ser realizadas 15 apresentações de patentes desenvolvidas na Ufersa.

Vice-reitor da Ufersa, Nildo Dias, participou do evento. Foto: Monalisa Teixeira/Assecom.

Conhecimento interdisciplinar

Para o professor do curso de direito da Ufersa, Rodrigo Vieira, um dos palestrantes na programação, o evento é um aporte interdisciplinar necessário socialmente. “Eu estabeleci uma relação entre música e propriedade intelectual, visto que o setor da música é uma cadeia econômica muito rentável atualmente. Além de abordar também sobre os desafios que surgem das implicações de inovações tecnológicas, tendo em vista a aplicação das Inteligências Artificiais Degenerativas que estão na realidade dos artistas e muitos deles não sabem como atuar em relação a isso”, reforçou o professor.

O artista natalense André da Mata, presente para debater sobre suas experiências e visão do ramo, entende que a arte é o único meio de fazer a sociedade sentir, além de enfatizar a importância que o conhecimento possibilita. “É um tema muito maravilhoso que vai nos ajudar a esclarecer nossas dúvidas, porque mesmo a internet sendo um campo vasto, ainda existe muita desinformação em relação a essa questão da autoria dos artistas. E eventos como esse nos mostram essa realidade, como se estivéssemos no escuro e uma luz fosse acesa”, afirmou o artista.

Melquiades Vasconcelos, coordenador do Núcleo de Arte e Cultura da Ufersa (NAC), ressaltou a visibilidade gerada por eventos como esse para o meio acadêmico e fora dele. “É muito importante estarmos discutindo isso dentro da academia, a arte também tem ciência e a arte também é ciência, e também existe ciência dentro da arte. Então, é muito importante iniciarmos esse e essas discussões no ambiente acadêmico, porque por muito tempo os artistas, de uma maneira geral, fomos, digamos, marginalizados, isolados “, relembra o coordenador.