A inovação tecnológica e a transferência de conhecimento estão no centro das atividades da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), e a vitrine tecnológica mostra o comprometimento da instituição no que se refere a essa atividade. Desenvolvida pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPPG/Ufersa), essa plataforma é uma ferramenta que possibilita a exposição das tecnologias produzidas por pesquisadores da Universidade, a partir de pesquisas científicas, desenvolvimento tecnológico e ações de empreendedorismo.
A vitrine tecnológica (https://vitrine.ufersa.edu.br/patentes/) tem como principal objetivo conectar descobertas e criações com a sociedade, oferecendo soluções que possam ser aplicadas e aprimoradas no mundo real. Nos últimos anos, a Ufersa registrou um número significativo de pedidos de patentes e programas de computador, destacando-se entre eles os 71 pedidos de patentes protocolados juntos ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), com 13 cartas patentes concedidas.
A vitrine tecnológica não é apenas uma exposição digital. Ela tem um papel crucial em destacar as tecnologias que estão em processo de patenteamento no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), onde a Ufersa é a detentora dos direitos. Esse espaço virtual proporciona visibilidade a invenções com potencial para a transferência tecnológica, ou seja, inovações que solucionam problemas reais e que podem gerar recursos financeiros através de sua comercialização. “A vitrine tecnológica tem o objetivo de aplicar o conhecimento gerado nas universidades na sociedade, devendo trabalhar de forma estratégica para que seja uma Vitrine Tecnológica Ativa, buscando sempre a inovação aberta de forma contínua”, considera diretor do NIT, professor Fabrício Cavalcante.
Para a Ufersa, a proteção dessas tecnologias é essencial. O desenvolvimento científico demanda investimento: laboratórios, equipamentos, bolsas de estudo e o trabalho contínuo de profissionais e estudantes. Proteger uma tecnologia é garantir que esses investimentos se revertam em benefícios para a instituição e para os pesquisadores. “Ao patenteá-la, a Ufersa obtém o direito exclusivo de exploração, prevenindo que terceiros se apropriem e comercializem as inovações de maneira indevida”, reforça o professor.
PATENTES – Quando uma tecnologia é patenteada, a universidade pode optar por explorá-la diretamente ou transferi-la para empresas interessadas na sua produção em escala. Este é um passo estratégico, pois a inovação tecnológica nasce justamente para chegar até a sociedade, seja por meio de produtos ou serviços que melhoram a vida das pessoas, seja por processos que impulsionam a produtividade das empresas.
Esse ciclo de transferência e comercialização das tecnologias possibilita que os recursos financeiros retornem para a universidade, criando um sistema sustentável de inovação. A cada tecnologia transferida, novas pesquisas são financiadas, mais tecnologias são desenvolvidas e o impacto social se multiplica.
“Nesse contexto, a Ufersa segue rumo a uma maior integração entre a Universidade, a indústria e o governo, consolidando o modelo da Tríplice Hélice, que ampliará as oportunidade de desenvolvimento”, ratifica o diretor do NIT. A vitrine tecnológica é, portanto, um ponto de encontro entre ciência e mercado, onde inovação e empreendedorismo convergem para gerar impacto social e econômico.
Com o NIT e a vitrine tecnológica, a Ufersa se coloca como uma universidade comprometida não apenas com o avanço acadêmico, mas também com o desenvolvimento de soluções práticas e aplicáveis. A inovação, afinal, é a chave para enfrentar os desafios contemporâneos e construir um futuro onde ciência e tecnologia possam ser acessíveis e benéficas para toda a sociedade.
Confira abaixo as 13 patentes conquistadas pela Ufersa:
01- Barra de cereal a base de resíduo de malte de cevada com adição de tamarindo;
02- Armadilha para captura de insetos com alimentação própria e rede de sensores para monitoramento;
03- Sensor de umidade do solo utilizando resistores elétricos preenchicos com areia fina e encapsulado com gesso e pó de mármore;
04- Morsa para fixação de enxerto para teste de tração em máquina universal de ensaios;
05- Parafuso de interferência de poli (Ácido Lático) ou pla produzido através de impressão 3D;
06- Protótipo de baixo custo indicador de vazamentos não_visíveis em bacias sanitárias;
07- Tijolo ecológico à base de papelão, pó de serraria, água e gesso;
08- Tomada de polo contínuo;
09- Antena ressonadora dielétrica constituída de silenita de cobalto pura (BI13CO11)CO2O40;
10- Estação meteorológica Wirelles Compacta Modular;
11- Processo otimizado para extração de fração rica em Alginato a partir de Macroalgas Marrons (Dictyota mertensii);
12- Filme de quitosana com incorporação de nanoparticulas de óxido de grafeno e cera de abelha;
13- Sistema de mini-fornos retangulares com condensador e queimador vertical de fumaça para produção contínua e sustentável de carvão vegetal e extrato pirolenhoso.
Fonte: https://vitrine.ufersa.edu.br/patentes/