Ufersa abre suas portas para receber mais de 1.200 estudantes do ensino médio e fundamental, dentro da programação da Semana de Ciência e Tecnologia do Semiárido 2024/Foto: Monalisa Teixeira
Nesta quinta-feira, 17 de outubro, a Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) abre suas portas para receber mais de 1.200 estudantes do ensino médio e fundamental, dentro da programação da Semana de Ciência e Tecnologia do Semiárido 2024. O Projeto de Extensão Ufersa de Portas Abertas, coordenado pelo professor Felipe Ribeiro, tem como objetivo aproximar a população da ciência e apresentar aos jovens as inúmeras possibilidades que a universidade oferece.
O professor Felipe Ribeiro destacou o papel transformador da iniciativa para os jovens estudantes. “Hoje é um dia muito especial. Estamos preparados para receber os estudantes e a população em geral, mostrando a ciência que é feita na Ufersa. Queremos despertar o interesse dessas crianças e adolescentes para, quem sabe, ingressarem na Ufersa no futuro”.
Estudantes conhecem estrutura da Biblioteca Orlando Teixeira/Foto: Monalisa Teixeira
A programação, financiada pelo CNPq e pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), envolve visitas a laboratórios, setores e projetos de pesquisa, permitindo que os estudantes conheçam as diversas áreas de conhecimento da universidade. Essa oportunidade tem sido vista como uma experiência enriquecedora para os alunos, como relata a estudante Clarice Cabral, da Escola Estadual Gilberto Rola: “É uma nova porta que pode ser aberta. Estou conhecendo novos conhecimentos e aprendendo mais sobre esse universo que é a Ufersa. Gostei muito da universidade e pretendo cursar Letras Inglês”.
A diversidade de cursos e oportunidades encanta os visitantes. Yasmin Moura Rodrigues, também da Escola Estadual Gilberto Rola, já se vê seguindo os passos dos pais na área de Zootecnia: “Está sendo ótimo. Estou aprendendo muitas coisas novas e me identificando com Zootecnia, que é o curso dos meus pais aqui na Ufersa”.
O impacto positivo da iniciativa é evidente tanto entre os estudantes quanto entre os professores acompanhantes. A professora Francisca Noemi, da Escola Estadual Governador Dix-Sept Rosado, enfatiza a importância do projeto para o futuro dos alunos: “É importante para que o aluno possa ver um mundo que muitas vezes ele não tem conhecimento que existe. Atividades como essa ampliam as perspectivas dos jovens sobre o mundo do trabalho e suas possibilidades”.
Setor de Zootecnia da Ufersa/Foto: Monalisa Teixeira
Já o professor de matemática da escola Estadual Abel Coelho, Mancinho Veríssimo Júnior, a iniciativa abre um leque de possibilidades para o aluno depois que ele visita o espaço acadêmico. “Para sair daquelas caixinhas, a gente sempre tem aquela ideia do direito, da engenharia e da medicina. Quando a gente acabou de sair aqui do Pomar da Ufersa, os meninos estão empolgados com zootecnia, com a parte da fruticultura. Então, quando você traz o aluno para ele viver a experiência da pesquisa em outras áreas, você está abrindo um leque de possibilidades na cabeça dele”, acredita o professor.
Quem também enaltece a iniciativa é o professor da Ufersa, Olímpio Cipriano, do curso de Engenharia Elétrica. Ele ressalta a importância de receber os estudantes no campus, especialmente, no Laboratório de Eletrônica de Potência. “Estamos mostrando para eles onde podem chegar. Conhecendo os laboratórios e as áreas de conhecimento, eles podem decidir com mais clareza qual caminho profissional seguir. Isso ajuda muito na escolha da profissão”, considerou o professor Olímpio.
Os alunos também sentem a diferença que a visita proporciona. Antônio Pinheiro, da Escola Dix-Sept Rosado, relata: “A experiência aqui é muito importante, porque vemos como os animais são tratados e conhecemos outras áreas da universidade. Isso nos ajuda a pensar sobre o que queremos fazer no futuro”.
O Projeto Ufersa de Portas Abertas se consolida como uma ação essencial para aproximar a comunidade da ciência e inspirar jovens a sonharem com o ensino superior. O professor Felipe Ribeiro finaliza: “Queremos que essa experiência desperte a curiosidade e o interesse dos estudantes, para que, no futuro, eles possam estar aqui como alunos da Ufersa, contribuindo com a ciência e a inovação no Brasil”.