A Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) conquista mais uma patente. Desta vez, o produto desenvolvido é uma Antena Ressonadora Dielétrica de Silenita de Cobalto Pura. A inovação do evento está no seu desenvolvimento com material sintético – Silenita de Cobalto – diferente das antenas convencionais que são produzidas a base de metal. “Outra vantagem é que o novo produto reduz significativamente as perdas de emissão de sinais”, afirma o professor da Ufersa, Isaac Barros Tavares da Silva, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica, e responsável pelo projeto patenteado.
O professor Issac explica que a conquista é resultado de parcerias com outras duas instituições: o IFRN e a UFRN. “Tudo começou na defesa do meu doutoramento quando conheci o professor Jefferson Matias, que já buscava parceiros para desenvolver uma aplicação para o material que ele estava produzindo”, lembrou. Esse tipo de antena é utilizado na confecção de dispositivos e sistemas de comunicação sem fio, por exemplo, comunicação via satélite e nos novos dispositivos de baixas perdas que utilizam as tecnologias 5G e 6G.
Ainda segundo o professor, o invento foi desenvolvido para ser utilizado na comunicação via satélite, vigilância e sistemas de monitoramento climático por radar. O dispositivo se propõe a reduzir perdas por condução existentes nos ressoadores tradicionais, que irradiam através de materiais condutores, gerando perdas por aquecimento.
“O trabalho começou há cerca de dois anos, com o desenvolvimento do material na UFRN e o refinamento, caracterização e protótipo produzidos na Ufersa”, disse o professor Isaac. Com o produto patenteado, ele adianta que o próximo passo é incrementar o design e melhorar a robustez (características mecânicas).
Para o professor Isaac, “as características magnéticas-dielétricas do ressonador também contribuem para a sua miniaturização, sendo possível a confecção de um dispositivo de apenas 7 mm de altura e 15 mm de diâmetro, acoplável em qualquer superfície condutora”. O material sintético usado no desenvolvimento da Antena Ressonadora Dielétrica foi Silenita de Cobalto pura, matéria prima utilizada para pigmentos cerâmicos.
O professor também ressaltou o apoio dado pelo NIT para a conquista. “O apoio do NIT da Ufersa foi essencial para a fluidez do processo de submissão do pedido de patente, culminando no deferimento do pedido, pois todos os procedimentos e sugestões fornecidas pelo NIT estavam de acordo com as recomendações do INPI, facilitando o deferimento do pedido de patente”, considerou o professor Issac. A Antena Ressonadora Dielétrica foi desenvolvida no Laboratório de Telecomunicações e Microondas, do Centro Integrado de Inovação do Semiárido – CITED
Além dos professores Isaac e Jefferson, a conquista da patente envolve ainda os pesquisadores Saulo Gregory, do IFRN e, Samanta Mesquita Holanda, da Ufersa, além do professor Djalma Ribeiro, também da UFRN (In Memoriam). A invenção se enquadra no campo da ciência de matérias com inovação tecnológica e alternativa promissora no campo das telecomunicações.
A antena é a décima patente conquista pela Ufersa e, a segunda desenvolvida pelo Laboratório de Telecomunicações e Micro-Ondas da Ufersa (LabMicro). A primeira foi uma tomada adaptável para conectar diferentes tipos de plugs. Reveja AQUI.