![](https://i0.wp.com/assecom.ufersa.edu.br/wp-content/uploads/sites/24/2024/06/DSC0707-scaled.jpg?resize=2560%2C1696&ssl=1)
No total, 94 novos profissionais em seis cursos: Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia Civil, Engenharia de Computação, Ciência e Tecnologia (C&T) e, Tecnologia da Informação (TI)/Foto: Assecom
A segunda maior Colação de Grau do Campus Pau dos Ferros da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) foi realizada no último sábado, 22, num clima de vitória e realização do sonho de 94 jovens com a conquista da formação superior. A reitora da Ufersa, professora Ludimilla Oliveira, conduziu a solenidade que contou com a participação de autoridades estaduais e municipais. O presidente da Fapern, professor Gilton Sampaio, representou a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra e, o chefe de gabinete da Prefeitura de Pau dos Ferros, Eduardo Holanda, a prefeita Marianna Almeida, além de autoridades acadêmicas e amigos e familiares dos concluintes.
![](https://i0.wp.com/assecom.ufersa.edu.br/wp-content/uploads/sites/24/2024/06/DSC0633.jpg?resize=300%2C199&ssl=1)
Professor Ferdinandy Silva, paranindo das turmas/Foto: Assecom
O paraninfo das turmas 2023.2, professor José Ferdinandy Silva Chagas, definiu a importância do momento celebração e de reflexão. “Um marco significativo na jornada de cada formado, após anos de dedicação, esforço e superação”, pontuou. O professor alertou sobre a tecnologia e todas as transformações advindas dela. “Vocês têm em mãos o poder de construir um mundo mais justo, mais eficiente e conectado […] Que esta caminhada seja repleta de conquistas, aprendizados e satisfação. Que vocês sigam com coragem e determinação” desejou o paraninfo.
![](https://i0.wp.com/assecom.ufersa.edu.br/wp-content/uploads/sites/24/2024/06/DSC0647.jpg?resize=300%2C199&ssl=1)
Caio Vinicius, do curso de Tecnologia da Informação, foi o orador das turmas/Foto: Assecom
Coube ao concluinte Caio Vinicius Pessoa Gomes, do curso de Tecnologia da Informação, o discurso em nomes de todos os concluintes. “Hoje, enquanto nos despedimos desta instituição que tão generosamente nos acolheu, carregamos conosco não apenas diplomas, mas também memórias preciosas e lições que moldarão o nosso futuro”, discursou Caio Gomes.
![](https://i0.wp.com/assecom.ufersa.edu.br/wp-content/uploads/sites/24/2024/06/DSC0673.jpg?resize=300%2C199&ssl=1)
Reitora Ludimilla preside solenidade de Colação de Grau/Foto: Assecom
Ao encerrar a solenidade de Colação de Grau dos formados da Ufersa Pau dos Ferros, a reitora professora Ludimilla Oliveira, deixou a mensagem dela aos concluintes. “Para fazer a diferença em qualquer lugar, comece honrando a sua história, o seu lugar. Não tenham vergonha dos obstáculos enfrentados, eles só servem para nos deixar bem treinados para o futuro”, pontuou a professora.
A reitora deixou a lógica dos números e dados para falar de sentimentos e pessoas, citando, o exemplo lições deixadas por Nelson Mandela. “A perseverança, a coragem e a determinação de prosseguir mesmo na contra mão da vida”, pontou. Acreditar na humanidade, no ser humano, no olhar humano, segundo a reitora Ludimilla são lições deixadas pelo prêmio Nobel da Paz e presidente da África do Sul.
História que se cruzam nos bancos da universidade
![](https://i0.wp.com/assecom.ufersa.edu.br/wp-content/uploads/sites/24/2024/06/DSC0642.jpg?resize=1024%2C678&ssl=1)
11% dos formados é do estado da Paraíba (10), 22% do Ceará (21) e, 67% do Rio Grande do Norte (63), sendo 40% da cidade de Pau dos Ferros (25)/Foto: Assecom
André Lima, de Iracema, no Ceará; Alana Freitas, de Catolé do Rocha, na Paraíba; Paulo Freitas, de Quixeré, no Ceará; Libhinny Santos, de Brejo Santo, na Paraíba; Iverton Bessa, de Itaú, no Rio Grande do Norte e, Elias Neto, de Pau dos Ferros, também no Rio Grande do Norte. Jovens que tiveram os destinos cruzados ao escolher a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), Campus Pau dos Ferros, para cursar o ensino superior.
Seis histórias não muito diferentes dos demais formados que colaram grau o último sábado, 22, numa solenidade presidida pela reitora da Ufersa, professora Ludimilla de Oliveira. No total, 94 novos profissionais em seis cursos: Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia Civil, Engenharia de Computação, Ciência e Tecnologia (C&T) e, Tecnologia da Informação (TI).
![](https://i0.wp.com/assecom.ufersa.edu.br/wp-content/uploads/sites/24/2024/06/DSC0683.jpg?resize=300%2C199&ssl=1)
Professor Reudismam fala aos conluintes/Foto: Assecom
Para o diretor do Campus Pau dos Ferros, professor Reudimam Rolim, a segunda maior turma de formados da história do Campus, uma prova da força que a Universidade exerce no desenvolvimento do potencial dos jovens na Região do Semiárido. Para se ter uma ideia dessa demissão, 11% dos formados é do estado da Paraíba (10), 22% do Ceará (21) e, 67% do Rio Grande do Norte (63), sendo 40% da cidade de Pau dos Ferros (25).
Esse é o caso de Elias de Souza Feitoza Neto, concluinte de C&T, que não precisou sair de sua cidade para cursar a universidade. “Temos um ensino de alta qualidade com professores muito qualificados, a Ufersa é uma instituição muito importante para a nossa região”, opinou ressaltando ainda a importância de conviver com jovens de outras cidades. “Uma convivência que promove muito aprendizando”, afirmou Elias Neto que continuará na universidade para cursar o segundo ciclo na Engenharia Civil.
Existente também aquele que veio e não pretende deixar Pau dos Ferros. O cearense André Lopes de Lima, de Iracema, terminou Engenharia da Computação e, após 8 anos em Pau dos Ferros, decidiu ficar. “Valeu muito a pena, inclusive, já estou trabalhando numa empresa local como programador de software. Além do ensino, a Ufersa me proporcionou moradia, restaurante, bolsas de monitoria e novas oportunidades”, comemora o engenheiro de computação.
Já Paulo Henrique Maciel Freitas, de Quixeré, no Ceará e, Alana Maria Martins Carneiro de Freiras, de Catolé do Rocha, na Paraíba, ambos retornam para casa com o diploma em Arquitetura e Urbanismo. “Foi bem difícil pela distância da minha cidade, mas é um sonho realizado. Foi positivo e valeu muito a pena”, considerou. “Uma emoção que não tem preço”, resumiu o pai de Alana, Amadeu Freitas. O agora arquiteto Paulo Freitas recorda o quanto foi bem acolhido, porém, a turma vivenciou grandes dificuldades, principalmente, durante os dois anos de pandemia da Covid-19. “Passamos pelo ensino remoto, mas também tivemos um retorno presencial de forma plena, com muita vivência do curso. Hoje, estamos deixando uma Ufersa muito diferente de quando entramos”, colocou.
O distanciamento da família é um desafio, mas “o maior é persistir já que o curso de Ciência e Tecnologia não é fácil”, confidenciou Libhinny Karolayne dos Santos Amaral, que saiu de Brejo Santo, PB, para estudar C&T. A bacharel já venceu a primeira etapa e prosseguirá na Ufersa Pau dos Ferros cursando Engenharia da Computação. “A residência e o restaurante universitário facilitam muita a vida dos estudantes que têm curso integral”, afirmou Libhinny ao avaliar os equipamentos como de excelente qualidade.
Para os que têm poucos recursos os desafios são bem maiores
![](https://i0.wp.com/assecom.ufersa.edu.br/wp-content/uploads/sites/24/2024/06/DSC0735-scaled.jpg?resize=2560%2C1665&ssl=1)
Formado Iverton dedica a vitória a mãe dele, Antônia, uma agricultura, mãe solo, que não teve oportunidade de estudar, mas fez tudo para formar o filho/Foto: Assecom
Proporcional também é felicidade das famílias de poucos recursos financeiros ao testemunharem seus filhos portarem em mãos o diploma de curso superior. Essa é a história de Iverton Emiquison Ribeiro de Bessa, filho da agricultora Antônia Ribeiro de Bessa, mãe solo de três filhos, ao testemunhar o primeiro deles a se formar no curso Tecnologia da Informação (TI).
![](https://i0.wp.com/assecom.ufersa.edu.br/wp-content/uploads/sites/24/2024/06/casa-sitio.jpg?resize=300%2C178&ssl=1)
Iverton saiu Sítio Currais, na zona rural de Itaú (RN), para cursar universidade na Ufersa Pau dos Ferros/Foto: Cedida
Morando numa casa de taipa no Sítio Currais, a 2 Km da cidade de Itaú (RN), dona Antônia, entrou pela primeira vez num ambiente universitário para assistir a formatura do filho Iverton Bessa. Cheia de orgulho, ela disse estar “feliz, realizada e agradecida pela bênção que Deus concedeu ao meu filho e a mim também. Vê ele formado na universidade é uma vitória”, confessou.
Um exemplo do quanto à educação é transformadora. “Entrei na universidade como cotista e tiver que abdicar de muita coisa para estar aqui. Foram muitas noites em claro para realizar esse sonho”, conta Iverton Bessa.
O bacharel em TI vai continuar na Ufersa Pau dos Ferros para cursar Engenharia de Software. “A residência universitária foi primordial, passei ter mais tempo para estudar. Outro ponto crucial foi o auxílio recebido durante a pandemia para compra do notebook. Sem essa ajuda não teria prosseguido”, relata o jovem, considerando a história dele como de grande superação. “Quantos jovens negros como eu conseguem se formar?” questionou. “Foi muito difícil, mas estou superando os obstáculos. A vitória de hoje é para a minha mãe Antônia, que com muita batalha e do seu jeito dela, me deu todo o suporte necessário. Nos momentos mais difíceis perguntava: mãe será que eu vou conseguir? E ela segurava a minha mão e sempre dizia: você vai conseguir, sim. A vitória também é dela”, afirmou emocionado.