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Comunicação

94 concluintes Colam Grau na Ufersa Pau dos Ferros

Ensino 24 de junho de 2024. Visualizações: 511. Última modificação: 24/06/2024 09:48:53

No total, 94 novos profissionais em seis cursos: Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia Civil, Engenharia de Computação, Ciência e Tecnologia (C&T) e, Tecnologia da Informação (TI)/Foto: Assecom

A segunda maior Colação de Grau do Campus Pau dos Ferros da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) foi realizada no último sábado, 22, num clima de vitória e realização do sonho de 94 jovens com a conquista da formação superior. A reitora da Ufersa, professora Ludimilla Oliveira, conduziu a solenidade que contou com a participação de autoridades estaduais e municipais. O presidente da Fapern, professor Gilton Sampaio, representou a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra e, o chefe de gabinete da Prefeitura de Pau dos Ferros, Eduardo Holanda, a prefeita Marianna Almeida, além de autoridades acadêmicas e amigos e familiares dos concluintes.

Professor Ferdinandy Silva, paranindo das turmas/Foto: Assecom

O paraninfo das turmas 2023.2, professor José Ferdinandy Silva Chagas, definiu a importância do momento celebração e de reflexão. “Um marco significativo na jornada de cada formado, após anos de dedicação, esforço e superação”, pontuou. O professor alertou sobre a tecnologia e todas as transformações advindas dela. “Vocês têm em mãos o poder de construir um mundo mais justo, mais eficiente e conectado […] Que esta caminhada seja repleta de conquistas, aprendizados e satisfação. Que vocês sigam com coragem e determinação” desejou o paraninfo.

Caio Vinicius, do curso de Tecnologia da Informação, foi o orador das turmas/Foto: Assecom

Coube ao concluinte Caio Vinicius Pessoa Gomes, do curso de Tecnologia da Informação, o discurso em nomes de todos os concluintes. “Hoje, enquanto nos despedimos desta instituição que tão generosamente nos acolheu, carregamos conosco não apenas diplomas, mas também memórias preciosas e lições que moldarão o nosso futuro”, discursou Caio Gomes.

Reitora Ludimilla preside solenidade de Colação de Grau/Foto: Assecom

Ao encerrar a solenidade de Colação de Grau dos formados da Ufersa Pau dos Ferros, a reitora professora Ludimilla Oliveira, deixou a mensagem dela aos concluintes. “Para fazer a diferença em qualquer lugar, comece honrando a sua história, o seu lugar. Não tenham vergonha dos obstáculos enfrentados, eles só servem para nos deixar bem treinados para o futuro”, pontuou a professora.

A reitora deixou a lógica dos números e dados para falar de sentimentos e pessoas, citando, o exemplo lições deixadas por Nelson Mandela. “A perseverança, a coragem e a determinação de prosseguir mesmo na contra mão da vida”, pontou. Acreditar na humanidade, no ser humano, no olhar humano, segundo a reitora Ludimilla são lições deixadas pelo prêmio Nobel da Paz e presidente da África do Sul.

História que se cruzam nos bancos da universidade

11% dos formados é do estado da Paraíba (10), 22% do Ceará (21) e, 67% do Rio Grande do Norte (63), sendo 40% da cidade de Pau dos Ferros (25)/Foto: Assecom

André Lima, de Iracema, no Ceará; Alana Freitas, de Catolé do Rocha, na Paraíba; Paulo Freitas, de Quixeré, no Ceará; Libhinny Santos, de Brejo Santo, na Paraíba; Iverton Bessa, de Itaú, no Rio Grande do Norte e, Elias Neto, de Pau dos Ferros, também no Rio Grande do Norte. Jovens que tiveram os destinos cruzados ao escolher a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), Campus Pau dos Ferros, para cursar o ensino superior.

Seis histórias não muito diferentes dos demais formados que colaram grau o último sábado, 22, numa solenidade presidida pela reitora da Ufersa, professora Ludimilla de Oliveira. No total, 94 novos profissionais em seis cursos: Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia Civil, Engenharia de Computação, Ciência e Tecnologia (C&T) e, Tecnologia da Informação (TI).

Professor Reudismam fala aos conluintes/Foto: Assecom

Para o diretor do Campus Pau dos Ferros, professor Reudimam Rolim, a segunda maior turma de formados da história do Campus, uma prova da força que a Universidade exerce no desenvolvimento do potencial dos jovens na Região do Semiárido. Para se ter uma ideia dessa demissão, 11% dos formados é do estado da Paraíba (10), 22% do Ceará (21) e, 67% do Rio Grande do Norte (63), sendo 40% da cidade de Pau dos Ferros (25).

Esse é o caso de Elias de Souza Feitoza Neto, concluinte de C&T, que não precisou sair de sua cidade para cursar a universidade. “Temos um ensino de alta qualidade com professores muito qualificados, a Ufersa é uma instituição muito importante para a nossa região”, opinou ressaltando ainda a importância de conviver com jovens de outras cidades. “Uma convivência que promove muito aprendizando”, afirmou Elias Neto que continuará na universidade para cursar o segundo ciclo na Engenharia Civil.

Existente também aquele que veio e não pretende deixar Pau dos Ferros. O cearense André Lopes de Lima, de Iracema, terminou Engenharia da Computação e, após 8 anos em Pau dos Ferros, decidiu ficar. “Valeu muito a pena, inclusive, já estou trabalhando  numa empresa local como programador de software. Além do ensino, a Ufersa me proporcionou moradia, restaurante, bolsas de monitoria e novas oportunidades”, comemora o engenheiro de computação.

Já Paulo Henrique Maciel Freitas, de Quixeré, no Ceará e, Alana Maria Martins Carneiro de Freiras, de Catolé do Rocha, na Paraíba, ambos retornam para casa com o diploma em Arquitetura e Urbanismo. “Foi bem difícil pela distância da minha cidade, mas é um sonho realizado. Foi positivo e valeu muito a pena”, considerou. “Uma emoção que não tem preço”, resumiu o pai de Alana, Amadeu Freitas. O agora arquiteto Paulo Freitas recorda o quanto foi bem acolhido, porém, a turma vivenciou grandes dificuldades, principalmente, durante os dois anos de pandemia da Covid-19. “Passamos pelo ensino remoto, mas também tivemos um retorno presencial de forma plena, com muita vivência do curso. Hoje, estamos deixando uma Ufersa muito diferente de quando entramos”, colocou.

O distanciamento da família é um desafio, mas “o maior é persistir já que o curso de Ciência e Tecnologia não é fácil”, confidenciou Libhinny Karolayne dos Santos Amaral, que saiu de Brejo Santo, PB, para estudar C&T. A bacharel já venceu a primeira etapa e prosseguirá na Ufersa Pau dos Ferros cursando Engenharia da Computação. “A residência e o restaurante universitário facilitam muita a vida dos estudantes que têm curso integral”, afirmou Libhinny ao avaliar os equipamentos como de excelente qualidade.

Para os que têm poucos recursos os desafios são bem maiores

Formado Iverton dedica a vitória a mãe dele, Antônia, uma agricultura, mãe solo, que não teve oportunidade de estudar, mas fez tudo para formar o filho/Foto: Assecom

Proporcional também é felicidade das famílias de poucos recursos financeiros ao testemunharem seus filhos portarem em mãos o diploma de curso superior. Essa é a história de Iverton Emiquison Ribeiro de Bessa, filho da agricultora Antônia Ribeiro de Bessa, mãe solo de três filhos, ao testemunhar o primeiro deles a se formar no curso Tecnologia da Informação (TI).

Iverton saiu Sítio Currais, na zona rural de Itaú (RN), para cursar universidade na Ufersa Pau dos Ferros/Foto: Cedida

Morando numa casa de taipa no Sítio Currais, a 2 Km da cidade de Itaú (RN), dona Antônia, entrou pela primeira vez num ambiente universitário para assistir a formatura do filho Iverton Bessa. Cheia de orgulho, ela disse estar “feliz, realizada e agradecida pela bênção que Deus concedeu ao meu filho e a mim também. Vê ele formado na universidade é uma vitória”, confessou.

Um exemplo do quanto à educação é transformadora. “Entrei na universidade como cotista e tiver que abdicar de muita coisa para estar aqui. Foram muitas noites em claro para realizar esse sonho”, conta Iverton Bessa.

O bacharel em TI vai continuar na Ufersa Pau dos Ferros para cursar Engenharia de Software. “A residência universitária foi primordial, passei ter mais tempo para estudar. Outro ponto crucial foi o auxílio recebido durante a pandemia para compra do notebook. Sem essa ajuda não teria prosseguido”, relata o jovem, considerando a história dele como de grande superação. “Quantos jovens negros como eu conseguem se formar?” questionou. “Foi muito difícil, mas estou superando os obstáculos. A vitória de hoje é para a minha mãe Antônia, que com muita batalha e do seu jeito dela, me deu todo o suporte necessário. Nos momentos mais difíceis perguntava: mãe será que eu vou conseguir? E ela segurava a minha mão e sempre dizia: você vai conseguir, sim. A vitória também é dela”, afirmou emocionado.