Começou nesta quinta, dia 19, a décima terceira edição da Feira de Ciências do Semiárido Potiguar, um evento promovido pelo Programa de Extensão Ciência para Todos, vinculado à Universidade Federal Rural do Semi-árido (Ufersa). Centenas de professores e estudantes participam desta etapa, que segue até amanhã, dia 20, e faz parte das atividades da 20° Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Entre os mais de cinco mil projetos inscritos nas feiras locais e regionais, 309 trabalhos foram selecionados para a apresentação que ocorre no Expocenter, localizado no campus Leste da Ufersa.
Um dos selecionados foi João Pedro, Estudante da Escola Municipal Rotary, localizada em Mossoró. Como outros jovens cientistas, ele se sentia animado para o início da programação. “Meu projeto consiste em usar ingredientes potencial calmante na alimentação escolar para reduzir sintomas de ansiedade na escola”, explica. O trabalho foi idealizado a partir da preocupação com seus colegas de turma, que enfrentavam crises de ansiedade durante as aulas. Junto a sua orientadora, o estudante viu nos alimentos uma possibilidade de amenizar os problemas enfrentados.
Já os colegas Kamilly Melo, Davi Andrade e Vitória Bezerra, da Escola Estadual Aida Ramalho Cortez Pereira, pensaram em meios de evitar a poluição por gás metano através de materiais simples de obter. “Nosso projeto fala sobre como podemos desenvolver uma manta sustentável feita a partir da fibra do coco e da resina do cajueiro, para ser utilizada nas fossas da zona rural como forma de conter o gás metano”, expõe Kamilly. Ao mesmo tempo em que tiveram um maior contato com a pesquisa científica, graças à participação na Feira de Ciências, os estudantes também consideram positivo estarem trabalhando em algo ecológico e de baixo custo que pode beneficiar muitas pessoas.
O professor Carlos Antônio da Silva e os estudantes da Escola Estadual Sérvulo Pereira de Araújo e da Escola Municipal José Maria do Nascimento saíram do município de Bodó de madrugada para percorrem quase 200 quilômetros até Mossoró. “O resultado que chega após a feira é grandioso, porque nós temos alunos mais focados nos estudos, abertos a propostas, mais curiosos para pesquisar, e acima de tudo, mais conscientes do que tem que fazer durante as feiras escolares”, conta o professor, que orientou 17 projetos para o evento na Ufersa.
Um passeio pelo Campus
Juntamente com o início das apresentações, o primeiro dia da Feira de Ciências foi marcado por mais uma edição do Ufersa de Portas Abertas, oem que os estudantes são convidados a conhecer os laboratórios da universidade. As turmas são guiadas por voluntários e recepcionadas por professores, que explicam o funcionamento dos ambientes e as pesquisas desenvolvidas em cada local.
“Estamos dando aos alunos a oportunidade de saber como é estar na faculdade”, diz Yasmim Costa, voluntária nas atividades da 13° Feira de Ciências do Semiárido Potiguar. “Muitos deles nunca tiveram a oportunidade de vir a uma universidade, e aqui eles podem expandir sua visão para além de sua realidade”.
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