
Programação teve início com plantação de Ipês no Parque Tecnológico do Semiárido. Foto: Assecom.
Em comemoração ao Dia Mundial da Propriedade Intelectual, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) se uniu com outras instituições para promover o evento Mulheres e a propriedade intelectual: Acelerando a inovação e a criatividade. A atividade ocorreu na manhã do dia 26 de abril, e reuniu professores, pesquisadores e estudantes para debater a participação feminina no meio.

Mesa de abertura do IPDAY 2023 realizado no auditório da Pró-reitoria de Extensão da Ufersa nesta quarta, dia 26. Foto: Assecom.
A ação foi realizada através da parceria entre o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da UFERSA, a Agência UERN Inova da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).
O evento também recebeu apoio da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO) e do Ecossistema Local de Inovação (ELI) de Mossoró.
Como ato de abertura, os participantes da programação se reuniram no estacionamento externo do Prédio do Parque Tecnológico e Científico do Semiárido e plantaram mudas de ipês. O protagonismo feminino foi intencionado para a atividade, e somente as convidadas presentes tiveram a oportunidade de realizar o plantio das mudas.
A importância da presença de mulheres na área da propriedade intelectual

Mesas redondas debateram o papel das mulheres em iniciativas relacionadas à Propriedade Intelectual. Foto: Assecom.
Em sua programação, o evento contou com duas mesas redondas, que reuniram pesquisadoras e mulheres atuantes nos núcleos de estímulo à inovação tecnológica da UFERSA e UERN. Os temas debatidos foram: “O trabalho do Núcleo de Inovação Tecnológica da UFERSA e da Agência de Inovação da UERN” e “Impacto da Propriedade Intelectual na vivência de pesquisadoras”.
A primeira mesa redonda teve como convidadas Priscilla Felipe, atual Chefe do Setor de Propriedade Intelectual da Agência UERN Inova; e Samira Yusef, professora da Ufersa e coordenadora de propriedade intelectual no NIT da instituição. “Esse evento é importante para divulgar a questão da propriedade intelectual e da inovação no ambiente acadêmico”, explica a professora Samira Yusef. “Conhecer sobre o que o Núcleo de Inovação Tecnológica e os trâmites para registrar as invenções , é importante para que se consiga deixar concreto que é possível que a mulher tenha suas invenções protegidas e seja reconhecida por elas”, adiciona. A mesa contou com a mediação de Cintia Freitas, professora do curso de Direito da UERN e Diretora da Agência UERN Inova.
Na segunda mesa redonda, as convidadas foram as professoras Edna Aroucha, do Centro de Engenharias da Ufersa; e Regina Marques, do Departamento de Biologia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Elas falaram sobre os desafios diários para produzir ciência e sobre as conquistas que vêm obtendo ao longo da sua trajetória profissional. Edna Aroucha e seu grupo de pesquisa, por exemplo, têm sete depósitos de patentes devido à pesquisa de inovação com embalagens biopoliméricas para conservação de frutas. Já o destaque das pesquisas da professora Regina Marques está na área de software, na qual já acumula seis depósitos de patentes. A mesa redonda foi mediada pela professora da Ufersa e Assistente técnica da Incubadora Tecnológica e do Agronegócio de Mossoró (IAGRAM), Ana Lúcia Brenner.
Colaboração entre diferentes setores
Representando o SEBRAE no evento, a agente local de inovação Gilmara da Mata destaca a necessidade de discutir as temáticas ligadas ao tema. “Prospectar esse tema é disseminar a cultura da inovação, da criação, fazendo com que as pessoas entendam que o direito autoral cria formas de se beneficiar com suas criações”.
Gilmara adiciona em sua fala que a proposta da atividade “ressalta a importância de se criar um ambiente legal, que valoriza a participação das mulheres. A intenção é incentivar a criação e produção das mulheres não só dentro da universidade, mas dentro de todo o ecossistema de inovação”.
A professora Nayara Katrina, que atua no campus da UFERSA em Caraúbas, veio ao evento com o interesse de entender como é que a inovação tem sido conduzida no contexto local. “Existe uma equipe de organizações que precisam ter uma comunicação para que possam criar um ambiente propício à inovação, que vai desde o gerenciamento de conhecimento produzido nas universidades até o contato com o mercado”, diz a professora em sua fala, após ter citado a importância de Mossoró na dinâmica com outros municípios.
Além de propor atividades para divulgar a proteção de invenções, os núcleos de ambas as instituições disponibilizam meios de contato para responder perguntas e dúvidas. Uma das formas de contatar as equipes é através do instagram, nos perfis @nitufersa e @uerninova.