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Comunicação

Coletivo Negras promove reflexões sobre linguagem, educação e antirracismo

Estudante, Eventos, Extensão 25 de novembro de 2022. Visualizações: 372. Última modificação: 25/11/2022 14:36:26

Surgindo do projeto de extensão Coletivo Negras, a programação reuniu alunos, funcionários e pesquisadores da UFERSA e de outras instituições/Foto: Ester Chagas

Celebrando a vivência e resistência de mulheres negras, o I Seminário de Linguagem, Educação e Antirracismo, promovido pelo Coletivo Negras, aconteceu nos dias 24 e 25 de novembro na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). O evento teve como tema principal “Mulheres Negras, Sociedade e Educação Antirracista”, e reuniu atividades em formato online e presencial.

“O evento nasce de um impulsionamento a partir das experiências e vivências do Coletivo Negras”, explica a professora Ady Canário, coordenadora do evento. Segundo a professora, a atividade esteve em preparação por 6 meses, e contou com mais de 20 pessoas em sua equipe.

A conferência online de abertura, no dia 24, contou com a presença de Matilde Ribeiro, doutora, escritora de literatura negra e professora na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afrobrasileira (UNILAB – Ceará). A palestra teve como tema “Saberes populares e acadêmicos: linguagem, educação e antirracismo”.

Passos Júnior fala sobre o documentário Solo Negro/Foto: Ester Chagas

Na programação do segundo dia de evento, os turnos da manhã e tarde receberam palestras, rodas de conversa e diferentes atividades. A exibição do documentário Solo Negro, produzido pela equipe da Assessoria de Comunicação da instituição, demonstrou-se como um momento especial, ao contar com a presença de participantes das filmagens.

O lançamento da cartilha “Combate às práticas de racismo em tempos de pandemia” também se destaca no cronograma de atividades. Desenvolvida durante a pandemia de Covid-19, a cartilha surgiu do trabalho conjunto do Coletivo Negras, que manteve suas reuniões em formato online no período.

“A cartilha será de domínio público através da editora da UFERSA. Essa também foi uma ação realizada na pandemia com o Coletivo Negras, juntamente com o Programa Desconstruindo Amélia. Essa cartilha será gratuita,  neste primeiro momento digitalmente, e vai estar disponível para escolas, universidades, e para todos aqueles e aquelas que têm interesse na temática”, explica a professora Ady Canário.

Surgindo do projeto de extensão Coletivo Negras, a programação reuniu alunos, funcionários e pesquisadores da UFERSA e de outras instituições. Membros das comunidades quilombolas Pêga e Arrojado também estavam presentes para participar dos diálogos.

Exibição do documentário Solo Negro foi uma das atrações do evento/Foto: Ester Chagas

Nilbemara Simplício, integrante da comunidade quilombola do Arrojado, em Portalegre, no Rio Grande do Norte, e estudante da UFERSA em fase de conclusão, comenta sobre a atuação do coletivo baseada em sua experiência. “Quando você chega na universidade, você começa a se auto reconhecer. E quando você tem um coletivo desse, de mulheres negras, que lhe abraça, lhe atende, lhe acolhe, fica muito mais fácil se aceitar, para que a sociedade vá lhe aceitar.”

“Trazer a comunidade para cá, conhecer a realidade acadêmica, é de fundamental importância para a sociedade e para o enfrentamento ao racismo” Afirma Ana Kelly, mestranda e ex-aluna de graduação na UFERSA.

Membros da comunidade externa presenciaram também a atividade. A professora Ana Karina tomou conhecimento do evento através das redes sociais, e realizou sua inscrição para participar como espectadora. Ana Karina destaca a grandeza da iniciativa, no sentido de possibilitar uma melhor visão sobre as temáticas étnico raciais para o público geral e pesquisadores que estão fora desse contexto.