Evento foi realizado no Expocenter, localizado no campus Leste da UFERSA (foto: Assecom)
O estacionamento da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) reuniu centenas de crianças, jovens e adultos no último sábado, todos com o mesmo propósito: observar a Lua. Em parceria com a NASA, a UFERSA realizou, no dia 8 de outubro, a Noite de Observação à Lua, com telescópios, planetário e palestras acessíveis para toda a comunidade.
“Esse evento iniciou com um evento chamado Ciência no Parque, em que a gente tinha experimentos científicos no parque da cidade e observação noturna de astronomia”, explica o professor Gustavo Rebouças, integrante da organização da atividade.
“Mas hoje, especificamente, é um evento relacionado à observação da Lua, onde a NASA abre seu calendário e a UFERSA está cadastrada nesse calendário”, adiciona Gustavo. Durante o mês de outubro, a NASA promoveu o International Observe the Moon Night (ou Noite Internacional de Observação à Lua), que integra sua agenda de alfabetização científica mundial.
Além da Lua, Júpiter e Saturno também foram observados através dos telescópios dispostos no estacionamento ao lado do Expocenter. Maria das Graças, de 9 anos, se interessa por astronomia desde os 7 anos e veio para o evento principalmente para observar a Lua e Júpiter. “Eu tô gostando muito daqui, e me interesso muito por astronomia, astros, entre outras coisas”, explicou Maria, encantada com a possibilidade de conhecer mais sobre o assunto.
Crianças e adultos participaram da programação realizada no último sábado, dia 08 (foto: Assecom)
Na parte interna do Expocenter, o evento contou com a apresentação de trabalhos de estudantes e com o planetário móvel da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Barca do Céu, coordenado atualmente pela professora Auta Stella de Medeiros.
Sofia Oliveira, de 13 anos, veio para a noite de observação com o principal objetivo de conhecer o planetário. “Eu vim justamente para ver os planetas, cada um deles e conhecer um pouquinho mais sobre astronomia”, explicou ela.
Programação incluiu palestras e observações
A programação no palco do estacionamento teve seu início com uma apresentação cultural. Com o saxofone, o professor da Escola de Artes de Mossoró, Marcondes Menezes, proporcionou uma recepção para todos os visitantes.
Iniciando o momento das palestras, o colaborador mirim do Ciência no Parque, Yuri Henrique, direcionou sua fala para explicar um momento histórico. “A corrida espacial, que foi uma competição tecnológica entre a União Soviética e os Estados Unidos”, assim apresentou a temática. O palestrante de 10 anos já se interessa pelo ramo da astronomia há 4 anos, e trouxe o seu próprio telescópio para participar da observação à Lua.
Prosseguindo o evento, aconteceu a palestra online ministrada pela pesquisadora Stela Adduci, da Universidade de São Paulo (USP), com o tema “Lua, nosso satélite natural”. O professor Hidalyn Theodory, do Campus de Pau dos Ferros da UFERSA, subiu ao palco em seguida, com a palestra nomeada “Observando o céu a partir da Terra”.
Para encerrar a noite, Arthur Felipe, que participou do desafio The Wall, no programa Caldeirão do Huck, teve seu momento de palestra. Em sua fala, Arthur contou sobre sua trajetória na astronomia observacional, que se iniciou aos 7 anos. Na apresentação, também foi possível mostrar algumas imagens que ele capturou do céu com seus materiais.
O telescópio de Arthur chamou a atenção dos visitantes por seu tamanho, sendo o maior entre todos expostos. O instrumento possui como principal intuito a astrofotografia, tipo especializado de fotografia que envolve a produção de imagens dos corpos celestes. Para montá-lo no objetivo de tirar fotografias, o processo dura cerca de 3 horas.
O professor de Física do Campus Angicos da UFERSA, Edcarlos Alves, veio prestigiar a atividade como estudioso da área. Edcarlos vê como um ponto importante a “interação que a universidade tem com o público externo. A gente fica maravilhado com a participação, a gente vê que o que a gente faz, o que a universidade faz está sendo contribuído com a comunidade externa”.