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Comunicação

Umarizal sedia mais uma Feira Regional Ciências para Todos

Estudante, Extensão 2 de setembro de 2022. Visualizações: 1132. Última modificação: 02/09/2022 16:20:05

XII Feira Regional Ciências, uma ação extensão universitária promovida pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido/Foto: Eduardo Mendonça

Com 26 trabalhos, 15 professores e 96 estudantes dos municípios de Umarizal, Almino Afonso, Rafael Godeiro, Patú, Messias Targino, Antônio Martins, Janduís e Riacho da Cruz, a cidade de Umarizal sediou nesta sexta-feira, 02, da XII Feira Regional Ciências, uma ação extensão universitária promovida pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido. A Feira, que foi montada no Mercado Público Municipal, reuniu dezenas de estudantes que foram conhecer a produção científica desenvolvida pelos estudantes que compõem a 14ª Direção Regional de Educação e Cultura.

Essa é mais uma etapa seletiva para a edição estadual da Feira Ciências para Todos do Semiárido Potiguar, marcada para acontecer no período de 25 a 27 de outubro, no EXPOCENTER, no Campus Sede da UFERSA, em Mossoró. Segundo a bióloga, Cristiane Carvalho, a previsão é para a participação de 400 trabalhos de estudantes de várias partes do país. A coordenadora enfatiza que a cada edição o nível todos trabalhos apresentados tem sido cada vezes melhores, principalmente, aqueles com temas voltados para a área de ciências humanas.

Pesquisa comprova problema e aponta solução/Foto: Eduardo Mendonça

Na etapa de Umarizal essa realidade não foi diferente entre os 26 temas apresentados a maioria estando voltada para o bem estar social das pessoas. Esse é o caso de três estudantes da Escola Estadual Jô Soares da Silva, de Riacho da Cruz, que além de comprovar por meio de pesquisa um problema vivenciado pelas alunas na escola já apresentam uma solução que pode ser implantada de forma simples. Trata-se do projeto “Nossa casinha interna: pobreza menstrual nas escolas públicas”. Antônia Elisabeth, Maelly Jácome e Vitória Ferreira, constataram por meio de questionários que 40% das estudantes não têm condições de comprar o absorvente. “Essa é uma realidade em 1 de cada 10 jovens e com esse trabalho esperamos chamar a atenção para essa problema que traz muitos constrangimentos para as garotas”, justificaram. Elas afirmam que já passaram por essa situação e muitas passam por situações constrangedoras, principalmente, quando se trata da primeira menstruação.

Saúde mental foi tema abordado/Foto: Eduardo Mendonça

A questão “Saúde mental e desempenho escolar sob o olhar de estudantes do ensino médio” foi o tema da pesquisa dos estudantes Gabrielly Dantas e Luiggy Nathan, da Escola Estadual Edino Jales, de Patu. A dupla afirma que a ideia de trabalhar o tema partiu da experiência pessoal, principalmente, no período da pandemia da Covid-19. A pesquisa foi realizada junto a 104 estudantes da escola com a constatação de que 90% considerou ruim ou péssima a saúde mental, com o agravante que apenas 4% buscaram apoio psicológico. Nathan falou ainda da importância de participar da Feira de Ciências que além de possibilitar o aprofundamento no assunto aprendeu a desenvolver um trabalho com a metodologia científica. “Um em cada 4 estudantes do nosso país sofre de ansiedade ou depressão”, revelou.

Já o TDAH – Transtornos, Déficit de Atenção e Hiperatividade – foi o tema escolhido pelas estudantes Bruna Lisiane, Daniely Silva e Marcos Antônio. Como resultado da pesquisa, o trio apresentou jogos voltados para o estímulo da memória e atenção. “É um tema bastante em evidência por estar presente em muitas crianças”, justificou Daniely ao apresentar dois os jogos: Memorize a Organização e Dominó da Atenção, criados com o objetivo de “estimular a atenção, despertar percepção mais apurada, aguçar a habilidade de orientação espacial e melhorar o desempenho lógico”, afirmaram.

Preocupação com o reutilização da água/Foto: Eduardo Mendonça

A questão hídrica foi o tema escolhido pelas estudantes Ana Jamily, Maria Luiza e Vívian Vitória, do 9º ano da Escola Estadual Rafael Godeiro. Elas criaram um purificador de água com o reuso de garrafas pet. “A nossa ideia era mostrar um experimento que pudesse ser utilizado tendo como base a reutilização da água”, justificaram. Feito a partir de materiais simples o filtro serve para eliminar as impurezas, através de uma primeira filtragem – pedra-areia-carvão-areia-algodão.

Estudante de Patu mostra foco e determinação/Foto: Eduardo Mendonça

A Feira de Ciência também abordou a questão da saúde. O trabalho da estudante Andreza Luzia de Oliveira, da Escola Estadual Edino Jales, de Patu, faz um alerta para a questão do câncer. “A epigenética e a longevidade de vida: relação entre hábitos saudáveis e a oncologia preventiva”. Nessa pesquisa a aluna buscou avaliar o nível de conhecimento dos alunos da escola sobre hábitos saudáveis e a prevenção do câncer. A estudante é uma apaixonada por ciência tendo, inclusive, no ano passado, sendo contemplada com bolsa de estudo para um curso de verão na Inglaterra, após participar de um concurso de redação sobre a importância do DNA na vida das pessoas.

“Infelizmente, a bolsa era de 70% e eu teria que arcar com 30% dos custos o que não foi possível”, lamenta. Com a certeza que pretende enveredar pelo caminho da genética oncológica, Andreza tem sido destaque em vários eventos. Ela levou uma medalha prata na Olimpíada de Biologia Sanitária, uma medalha bronze na Olimpíada de Ciências e foi menção honrosa na Olimpíada Brasileira de Química.

A estudante que é concluinte do ensino médio considera que tudo é consequência da dedicação que tem dado aos estudos. Todos os participantes da Feira de Ciências da 14ª DIREC estão otimista na classificação para a etapa estadual da Feira de Ciências para Todos do Semiárido Potiguar, a ser realizada no próximo mês de outubro, em Mossoró.