Papel da Ufersa na Expofruit é trabalhar principalmente na parte da inovação, pesquisa e transferência tecnológica, tanto para a sociedade/Foto: Assecom
Encerrando a programação científica da Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada, aconteceu hoje nesta sexta-feira, 26, na Universidade Federal Rural do Semi-Árido, a apresentação das pesquisas que estão sendo realizadas na Universidade voltadas para a fruticultura. O objetivo é aproximar pesquisadores e o setor produtivo unindo as várias frentes relacionadas à fruticultura, tanto a parte comercial, quanto a parte de pesquisa, avaliação de produtos, e também importação e exportação.
Professora Liz Assis abordou a importância das pesquisas no desenvolvimento da fruticultura/Foto: Assecom
De acordo com a pró-reitora adjunta de pesquisa e pós-graduação, professora Liz Carolina Assis, a função da Ufersa na Expofruit é trabalhar principalmente na parte da inovação, pesquisa e transferência tecnológica, tanto para a sociedade quanto para empresas corporativas com o intuito de utilizá-las para o mercado interno e externo. “A Ufersa nessa Expofruit veio para otimizar e inovar, juntamente com seus colaboradores, para proporcionar ao produtor, ao empresário e à sociedade, o que tem de mais novo sobre a fruticultura no Rio Grande do Norte”, explica a professora.
Neste ano, a programação se dividiu entre três dias, cada um tratando de um segmento específico. O terceiro dia foi marcado pela apresentação de trabalhos em andamento feitos por pesquisadores e doutores da Ufersa. Um exemplo foi a pesquisa do professor doutor Django Jesus Dantas, um dos pioneiros no estudo do cultivo de uvas no semiárido.
Django é pioneiro no desenvolvimento de pesquisas com Uva no RN/Foto: Assecom
O trabalho, que começou em 2010, durou quatro anos e testou três variedades de uvas na Fazenda Experimental da Ufersa, situada na zona rural de Mossoró. O principal objetivo da pesquisa foi ver o comportamento da fruta na região do semiárido. “A uva Itália já vinha sendo plantada na região de Petrolina, em Juazeiro, mas não tinha nenhum experimento com essa variedade aqui, e nem com a Niágara ou com a Isabel”, explica o professor Django.
Experimento demonstrou viabilidade da cultura no RN/Foto: Arquico/Assecom
Com os resultados da pesquisa, foi possível comprovar a produtividade e a qualidade da fruta. Além disso, os estudos também foram essenciais na parte científica, gerando trabalhos como teses e artigos que ajudam no desenvolvimento da área. Após consultoria com o Sebrae, o próximo passo é a comercialização. “Estamos na fase de linha de financiamento com o Banco do Nordeste. Hoje já tem projeto aprovado pelo BNB em Upanema, em que o produtor já está com o financiamento para produzir sua uva”, completa Django.
Fórum de Cooperativismo/Foto: Assecom
Apesar do impacto da pandemia do novo Coronavírus, a Expofruit 2021 excedeu as expectativas de público. O evento ainda teve seus painéis transmitidos mundialmente, alcançando parceiros de países como China e estreitando os vínculos nacionais e internacionais da universidade. “Essa comunicação com outros países é sempre importante, não só com a China, mas também com a Espanha, que baseados nessa interação vão realmente dar credibilidade e formar mais contatos no exterior.”, finaliza a professora Liz. A participação da Ufersa é encerrada com o Fórum de Cooperativismo e uma visita ao pomar da instituição.
