Um mestrado profissional com linhas de pesquisas voltadas para a soberania dos povos do campo e o desenvolvimento territorial. A proposta já começou a ser discutida pelos gestores da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Ludimilla Oliveira e, Universidade da Integração Internacional de Lusofonia Afro-Brasileira, Roque Albuquerque. A pós-graduação terá como foco a sustentabilidade dos biomas caatinga e mata atlântica na região do semiárido.
A ideia de cooperação técnica entre as duas instituição surgiu como forma de unir forças a partir da expertise das universidades envolvidas. “Sabemos da importância da Unilab do que se refere à internacionalização e o nosso interesse de formalizar intercâmbios com estudantes estrangeiros”, pontuou a reitora Ludimilla Oliveira, durante visita ao Campus da Unilab, em Redenção, no Ceará. A professora acredita que a parceria atenderá as demandas das duas instituições.
A proposta é de um mestrado profissional interdisciplinar com trocas de experiências voltadas para o semiárido. “Queremos trabalhar com uma política de cooperação em longo prazo”, pontuou a reitora. A mobilidade acadêmica de estudantes entre a Ufersa e a Unilab será o grande diferencial. “Vamos estudar a possibilidade de uma dupla diplomação para os futuros ingressantes”, acenou a reitora da Ufersa.
A Unilab é a universidade brasileira com o maior número de discentes internacionais ultrapassando a marca de mil estudantes. “Entendemos que essa cooperação técnica é o caminho para consolidar a internacionalização da Ufersa com os países africanos e o Timor Leste”, frisou a professora Ludimilla ao colocar a equipe da Universidade do Semi-Árido também a disposição da Unilab.
Durante entre o encontro entre as equipes das duas universidades, o reitor Roque Albuquerque lembrou que a Ufersa contribuiu para a criação da Unilab. “Agora, as duas universidades vão caminhar justas unindo forças para apresenta essa proposta de pós-graduação no Ministério da Educação”, pontuou. Além de ser uma instituição forte no que se refere à internacionalização, a Unilab se destaca na área da energia e desenvolvimento sustentável. Por lei a Unilab é a única universidade do país com passaporte internacional. “A reitora Ludimilla quer chegar conosco do outro lado do atlântico e nós queremos chegar com a Ufersa no semiárido trocando experiências acadêmicas”, afirmou o professor Roque ao vislumbrar de forma positiva com a parceria institucional.
Para a pró-reitora de pesquisa e pós-graduação da Ufersa, professora Débora Façanha, a futura pós-graduação vai unir a produção de alimentos, de origem animal e vegetal, com estudos voltados para as várias formas de processamentos. Débora acena para a viabilidade da parceria que começa a tomar forma com o envolvimento de pesquisadores das duas instituições. A Unilab recebe estudantes de oito países, oferecendo 140 vagas anuais para cada nacionalidade, sendo Guiné e Angola os maiores países. Além do Campus Sede, Liberdade, a Unilab mantém os Campi Aurora, Palmas e Campos Males, esse último localizado do estado da Bahia a quase dois mil quilômetros da Sede, em Redenção, no município de São Francisco do Conde.
A equipe da Ufersa aproveitou para conhecer as potencialidades da Unilab, visitando além dos Campi localizados no estado Cearense, a Fazenda Piroas, a 16 km da Sede da Unilab, em Redenção. Com 27 quilômetros de mata atlântica, a Fazenda cultiva plantação de café, banana e hortas. O grande diferencial são as plantas ornamentais com mais 120 espécies e uma agroflorestal há 17 anos totalmente livres de qualquer tipo de agrotóxicos.