A startup Polímatas, idealizada e composta por estudantes da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), Campus Angicos, com a mentoria da professora Dra. Gislene Borges, iniciou a fase de testes do seu primeiro produto: um totem inteligente que visa facilitar e aumentar a segurança nos estabelecimentos comerciais no combate à Covid-19. O dispositivo mede a temperatura e disponibiliza álcool para os usuários, tendo sido desenvolvido para ter uma boa interatividade com o usuário e apresentar robustez, conferindo a certeza de durabilidade e usabilidade da máquina aos seus compradores.
Segundo o coordenador da Startup, o estudante da Ufersa Vinícius Sátiro, foram quase 2 meses de planejamento e produção para realização do protótipo do totem, que, na última sexta-feira, 04 de junho, foi exposto ao público em geral, por meio de uma parceria com empresas da cidade de São Paulo do Potengi/RN, para o primeiro período da fase de testes. “Com a fase de testagem, a Polímatas objetiva avaliar o comportamento do equipamento diante da utilização usual, em situações cotidianas, bem como também observar a ergonomia oferecida na experiência com os usuários”, explica o aluno. Em paralelo, a fase de testes tem o intuito de angariar potenciais clientes e realizar a aferição da potencialidade de demanda do produto, avaliada mediante o interesse gerado e a quantidade de potenciais clientes adquirida.
Apesar do recente início dos testes, o produto foi bem recebido e já possui uma alta demanda de solicitação. Com o sucesso inicial, já foram convocadas reuniões para a discussão de resultados e definição de assuntos referentes à produção em escala para o suprimento das demandas existente e esperada.
Sobre a Polímatas – É uma startup de tecnologia voltada ao desenvolvimento de hardwares e softwares para automação. A empresa surgiu a partir do interesse de estudantes, de diferentes cursos do Campus de Angicos, em transformar conhecimento técnico e científico em produtos que gerassem desenvolvimento sustentável, considerando também, o propósito de buscar soluções para problemas reais. O principal objetivo da Polímatas é desenvolver tecnologia para automação de tarefas, criando tanto o hardware quanto o software. No momento, o foco da empresa está voltado à automação comercial, entretanto, ela também atua no viés da educação para o ensino maker.
No ano de 2019, foi construído o primeiro projeto da equipe, o qual foi premiado na Semana de Ciência e Tecnologia da Ufersa/Angicos, a CISA – a Casa Inteligente, Sustentável e Acessível, maquete funcional que possui sensores e uma inteligência artificial para simular uma casa automatizada de escala real.
Em outubro de 2020, o grupo abraçou a oportunidade de se transformar em uma Startup, sendo contemplado no processo seletivo do Edital 13/2020 do Núcleo de Inovação Tecnológica da Ufersa (NIT) da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Proppg). Atualmente, a equipe conta com a incubação da IAGRAM e, em janeiro deste ano (2021), a empresa foi oficialmente formalizada, passando a possuir o próprio CNPJ.
Como fazer parte da Polímatas? – A equipe da Polímatas nasceu com uma formação multidisciplinar e continua mantendo esta característica. A formação atual tem como membros estudantes dos cursos de Ciência e Tecnologia, Sistemas da Informação e Engenharia de Produção, atualmente sendo nove integrantes: a professora Gislene Borges (mentora) e os alunos Vinícius Sátiro (coordenador), Melina Moraes, Carol Vieira, Anderson Moura, Samuel Chaves, João Victor, Valesca Varela e Alan Guilherme.
A empresa tem um regimento próprio e vai lançar em breve um edital de processo seletivo para integração de novos membros. O grupo busca colaboradores que pensem de forma aberta e multidisciplinar.
Perspectivas futuras – A Polímatas está em constante crescimento e tem como principal desafio o processo de implementação da produção em escala para o suprimento da demanda já existente. A perspectiva é de que a equipe consiga investimentos para a empresa, que servirão como suporte aos processos de produção, facilitando o atendimento da demanda existente, ampliando a demanda esperada e aumentando escalabilidade, que, em consequência, será elemento catalizador no crescimento da startup.