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Comunicação

Assistentes sociais da Ufersa comemoram data com reflexões sobre o fazer profissional na Universidade

Responsabilidade Social, Servidor 12 de maio de 2021. Visualizações: 885. Última modificação: 17/05/2021 19:37:58

Fazer cumprir a política estudantil para assegurar a manutenção dos estudantes na universidade é um dos grandes desafios do serviço social/Foto: Arquivo

Dia 15 de maio, data em que se comemora o Dia do Assistente Social, as profissionais que atuam na Universidade Federal Rural do Semi-Árido comemoram a data apresentando a importância da atividade no âmbito acadêmico. “Queremos mostrar a rotina do exercício profissional dentro da Universidade para desmistificar informações acerca da profissão de Serviço Social”, afirmou Anne Karoline Silva Felix, assistente social do Campus Caraúbas. Atualmente, a Ufersa conta com 9 assistentes sociais.

Esse conhecimento é importante para que a comunidade tenha conhecimento que há uma diferença entre os termos Serviço Social e Assistência Social. “Confunde-se bastante a política de Assistência Social com o fazer cotidiano do assistente social”, esclarece Anne Felix.

Para evitar essa ambiguidade, ela explica que o termo “assistência social” é inadequado para referir-se ao trabalho do assistente social. “A profissão, em âmbito nacional, tem feito um trabalho educativo nesse sentido, explicitando as diferenças e o uso desses termos, tendo incluído essa pauta numa das cartilhas publicadas pelo Conselho Federal de Serviço Social – CRESS”, frisa a assistente social que é lotada na Ufersa Caraúbas.

“A assistência social é uma política pública prevista na Constituição Federal de 1988 (…), constituindo-se como uma das áreas de trabalho de assistentes sociais”, define o documento do CRSS.  Já os assistentes sociais “são profissionais que cursaram uma faculdade de Serviço Social (reconhecida pelo Ministério da Educação) e possuem registro no CRESS do estado em que trabalham”, define o Conselho Federal da categoria.

Categoria reconhece trabalho das pioneiras no serviço social da instituição/Foto: Arquivo

ENCONTRO – Para marcar a passagem do Dia do Assistente Social haverá “Encontro Profissional do Serviço Social na Ufersa: o passado dialogando com o presente”, reunindo as assistentes sociais da Ufersa (em exercício) com as que já passaram pela instituição, ainda quando era Escola Superior de Agricultura de Mossoró (Esam).

A proposta surgiu mediante o entendimento da relevância do resgate e da valorização da história do Serviço Social na Esam/Ufersa, questão levantada durante o processo de construção de uma cartilha contendo os parâmetros para a atuação de assistentes sociais na instituição.

“A ideia veio como uma possibilidade de contato e troca de experiências com assistentes sociais pioneiras na instituição”, justificou Dayse Lima, assistente social lotada na Proae. Ela acredita que o momento será oportuno para o levantamento de informações que possam preencher as lacunas existentes nos registros que se tem acerca da atuação das assistentes sociais ao longo da trajetória da instituição.

TRAJETÓRIA – Sobre a atuação de profissionais de Serviço Social no âmbito da Esam, registra-se que esteve quase sempre associada a práticas de seleção de bolsas de estudo e organização da moradia na Vila Acadêmica, primeiro recurso de assistência estudantil a funcionar entre as décadas de 1970 e 1980. Com o avanço das políticas sociais e a expansão da Esam, o Serviço Social se consolidou dentro da instituição.

A criação do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), em 2010, demandou das universidades públicas a adaptação de seus quadros e novas vagas para profissionais com o objetivo de ampliar as ações de assistência estudantil.

Entre os anos de 2010 e 2016, o número de assistentes sociais lotados na Ufersa, em todos os setores e campi, passou de 2 (duas) profissionais para 9 (nove), o que ainda é limitado para atender a demanda dos estudantes e servidores. Apesar do Serviço Social estar presente em outros setores na Ufersa, a assistência estudantil é a área que concentra o maior número desses profissionais, realidade consoante ao quadro nacional.

“É uma área de grande desafio para a nossa profissão, devido à crescente demanda de discentes com perfil de vulnerabilidade socioeconômica, diante de um número de benefícios cada vez mais limitados”, revelou Carmem Tassiany, assistente social da Proae. O Campus Mossoró conta com quatro assistentes sociais lotadas na Proae, uma na Progepe e, uma no Núcleo de Práticas Jurídicas (licenciada). Já os campi contam com três assistentes sociais, sendo uma em cada unidade, vinculadas às Coordenações de Assuntos Estudantis.

Assistentes sociais da Ufersa em atividade no Setembro Amarelo/Foto: Arquivo

ATRIBUIÇÕES – São muitas as atribuições e competências das assistentes sociais nas instituições federais de ensino superior. Especificamente na área da assistência estudantil, o trabalho se volta para o enfrentamento das desigualdades sociais que limitam, dificultam o acesso e a permanência dos discentes em vulnerabilidade social, bem como para a defesa de um ambiente acadêmico democrático, sem violências e discriminações.

Para sistematizar as ações das assistentes sociais da Ufersa, as profissionais da instituição estão elaborando uma cartilha denominada “PARÂMETROS DE ATUAÇÃO DA ASSISTENTE SOCIAL NA ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL DA UFERSA” que em breve será compartilhada com a comunidade acadêmica no site da Ufersa.

Para a assistente social, Anne Kaaroline, o Dia do Assistente Social é uma data importante para dar visibilidade ao profissional que exerce relevante papel para a sociedade. Uma data também para refletir sobre as perspectivas e os desafios do exercício profissional, pensando sempre na oferta de um serviço de qualidade. “Nossa atuação junto ao público estudantil se dá na perspectiva da viabilização do direito social à educação, que se materializa no acesso ao ensino de qualidade e, também, na permanência na universidade”, pontuou.

É esse o profissional que buscar identificar e intervir nas expressões da questão social que influenciam no processo ensino-aprendizagem e que podem provocar retenção e evasão no ensino superior. Para a assistente social a pandemia só veio agravar ainda mais a situação, devido o aumento das desigualdades sociais.

Já o Serviço Social na Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas atua na perspectiva da promoção da saúde do servidor. Nesse sentido, as atribuições estão voltadas para o planejamento e execução de ações que promovam a saúde e o bem-estar dos servidores da instituição.

“Atuamos com proposições e ações estratégicas de intervenção referente aos motivos de afastamento e de saúde, na elaboração e implementação de projetos voltados para a atenção à saúde dos servidores”, frisa Kênia Paiva. São avaliações, laudos e pareceres que subsidiam a perícia oficial em saúde, além de atuar na organização de campanhas de promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida.