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Comunicação

Comissão de Ética no Uso de Animais defende o uso de métodos alternativos em testes de cosméticos

Responsabilidade Social 10 de maio de 2021. Visualizações: 1505. Última modificação: 11/05/2021 17:58:46

O Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA) traz em suas Resoluções Normativas a necessidade de substituição de métodos que utilizem animais vivos por métodos alternativos, tanto para pesquisas científicas como para o ensino. Desta forma, a Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Ufersa defende e apoia o uso de métodos alternativos para toda e qualquer técnica que se utilize de animais, evitando sofrimento e morte desnecessários de centenas de milhares de animais anualmente.

Segundo a professora Emanuelle Fontenele Rabelo, coordenadora da CEUA da Ufersa, os testes em animais são realizados para diversas finalidades, dentre elas pesquisa, ensino e testes de cosméticos. Especificamente em relação aos cosméticos, os testes são realizados principalmente para avaliar irritabilidade na pele e toxicidade. A grande maioria dos produtos cosméticos que hoje estão nas prateleiras das farmácias e supermercados precisou ser testada exaustivamente em animais para garantir a sua segurança para uso humano. Ao longo de séculos, esses testes foram realizados sem qualquer preocupação ao bem-estar animal. “Atualmente, o uso de animais para essa finalidade tem sido fonte de muita polêmica, já que muitas vezes os animais são submetidos a técnicas cruéis, que levam ao sofrimento. Para muitos estudiosos, os testes de cosméticos em animais deveriam ser abolidos, uma vez que os resultados adquiridos são imprecisos e incompatíveis com a forma como o organismo humano responde, sendo desnecessários e ineficazes. Além disso, há uma série de métodos alternativos com as tecnologias existentes que não utilizam animais, como cultivo de células, modelos computacionais, além de testes e seres humanos”, afirma a docente.

Muitas empresas de cosméticos já aderiram aos métodos alternativos, produzindo seus produtos sem a necessidade de testes em animais, são as empresas Cruelty Free (Livre de Crueldade) com muitos exemplos nacionais e internacionais. O uso de animais para testes de cosméticos foi proibido para as indústrias de cosméticos por toda a União Europeia, Noruega, Israel, Índia e Nova Zelândia. Proibições semelhantes foram feitas Austrália, Canadá, Taiwan e EUA. No Brasil, oito estados contam com leis que proíbem o uso de animais para testes de produtos cosméticos, de higiene pessoal, perfumes e seus componentes: Amazonas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.

“Todos os seres vivos merecem nosso respeito e não podem ser considerados objetos de utilização por seres humanos para pesquisas e testes cruéis desnecessários. Todo animal merece, além de respeito, carinho, dignidade e uma boa qualidade de vida. A melhor forma de garantir esses diretos básicos aos animais é abolindo métodos cruéis e substituíveis, com investimentos das empresas na adesão de tecnologias alternativas, acabando assim com a “escravidão animal” para que todos os seres vivos possam estar em perfeita harmonia com o ser humano”, ressalta a professora.

Para mais informações, entrar em contato com a Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Ufersa pelo e-mail: ceua@ufersa.edu.br