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Comunicação

Ufersa/Finep investem quase 1,6 milhão na compra de microscópio eletrônico

Pesquisa 3 de março de 2021. Visualizações: 3018. Última modificação: 04/03/2021 14:28:47

Professor Moacir Franco testa microscópio que tem capacidade de aumento de até um milhão e duzentas vezes/Foto: Cedida

A Universidade Federal Rural do Semi-Árido já conta com microscópio de ponta para incrementar as pesquisas científicas desenvolvidas na instituição. Trata-se de um Microscópio Eletrônico de Transmissão (MET). Para sua aquisição e instalação foram investidos R$ 1.594.374,00, incluindo equipamentos complementares e reforma de espaço laboratorial. A aquisição do equipamento se deu por meio do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, que aprovou projeto junto à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

“Trata-se de um equipamento de ponta com capacidade de aumento de até um milhão e duzentas vezes, que nos permite observar ultraestruturas celulares de tecidos de origem animal e de vegetais e mesmo de material inerte a depender das diversas metodologias a serem empregadas”, afirmou o professor Moacir Franco, coordenador do Laboratório do MET.

O equipamento está pronto para uso e em breve todas as amostras poderão ser processadas para análise na Ufersa, uma vez que alguns equipamentos estão para serem recebidos pela FGD. “Antes nós preparávamos as amostras aqui no Laboratório de Morfofisiologia Animal Aplicada (Labmorfa/Ufersa) e para obtenção de cortes ultrafinos íamos a São Paulo ou mandávamos pós-graduandos irem para que pudessem obter esses cortes e analisassem o material”, exemplificou para mostrar a importância do Microscópio Eletrônico de Transmissão.

O professor conta que para a montagem do equipamento foram preciso três visitas do de um técnico da Jeol Brasil Instrumentos Científicos, finalizada com um treinamento para os professores e técnicos que vão manusear o equipamento. A ideia do professor Moacir Franco é garantir que o equipamento seja manuseado apenas pelos técnicos para estabelecer Know-how e proporcionar expertise no pessoal de laboratório dada a importância e valor do equipamento. “Esse procedimento deve resultar em qualidade de uso e minimização de problemas com manutenção”, acredita Moacir Franco.

A proposta do coordenador do Laboratório de Microscopia Eletrônica de Transmissão é garantir que o mesmo funcione num modelo tipo “multiusuários” de modo a permitir que todos possam utilizar o equipamento sem distinção, a fim de justificar sua aquisição e que num futuro próximo a Ufersa possa pensar em instituir “facilities” visando garantir recursos para manutenção desse e de outros equipamentos laboratoriais, bem como viabilizando a melhoria da pesquisa nos programas de pós-graduação, inclusive de outras instituições já que o mesmo é o primeiro do Estado.

Após 7 anos, o Microscópio Eletrônico de Transmissão é uma realidade na Ufersa/Foto: Cedida

HISTÓRICO DA AQUISIÇÃO – A submissão do Projeto se deu em 2014 e foi articulada pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, na época, sob a coordenação do professor Domingues Fontenele. “O Projeto foi elaborado com nossa participação, já que desde nosso doutoramento, mantivemos em nossas publicações metodologias envolvendo microscopia eletrônica de transmissão por entender que a mesma promove upgrade nas publicações científicas, dada a qualidade e inferência que podem ser dados aos resultados da pesquisa”, afirmou o professor Moacir Franco.

Entre a aprovação do projeto e a montagem do equipamento passaram sete anos, visto que a Universidade precisava da liberação de recursos pela FINEP, à aquisição do equipamento por dispensa de licitação, a impossibilidade de competição, o tempo de confecção do equipamento uma vez que não existe o produto no mercado e também o tempo de importação. Soma-se a isso, todo o esforço e ação das pró-reitorias de Planejamento e Administração da gestão anterior.

Para garantia do funcionamento do microscópio outros procedimentos foram adotados como contrapartida da Ufersa, tais como a aquisição de equipamentos para processamento de amostras e reforma de espaço para alocá-lo, além de outras aquisições de equipamentos e mobílias realizadas recentemente. “Parte desses recursos teve origem do convênio PDI Ufersa – Uma política de ensino voltada para o Desenvolvimento do Semiárido do Nordeste realizado na gestão anterior. Já as aquisições recentes foram todas acertadas e autorizadas pelos atuais Pró-Reitores de Administração e de Planejamento”, pontuou Moacir Franco.