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Comunicação

Bioeconomia como alternativa energética

Pesquisa 22 de outubro de 2019. Visualizações: 1085. Última modificação: 22/10/2019 10:49:57

Abertura do XXV Seminário de Iniciação Cientifica (Semic) da Ufersa aconteceu no Expocenter, paralelamente com a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia/Foto: Eduardo Mendonça

Reitor José de Arimatea ressalta apoios a iniciação científica/Foto: Eduardo Mendonça

A alternativa para a produção energética está na bioeconomia.  A opinião é do professor Gonçalo Amarante Guimarães Pereira, da Universidade de Campinas, ao proferir palestra de abertura do XXV Seminário de Iniciação Cientifica (Semic) da Universidade Federal Rural do Semi-Árido ontem à noite, 21, no Expocenter, no Campus Sede em Mossoró. Paralelo ao Semic acontece também a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Na ocasião, o reitor da Ufersa professor, José de Arimatea, saudou os presentes, a iniciativa e agradeceu especialmente aos bolsistas que atuaram na Universidade à qual o Semic é direcionado. “Temos editais que somam recursos na ordem de R$ 685 mil voltados para programas de apoio e inovação à pesquisa”, afirmou o reitor, lembrando que são recursos do orçamento da Universidade. Os editais são de apoio às publicações, apoio à popularização da ciência, apoio à inovação, apoio à mobilidade, apoio à manutenção de laboratórios, entre outros.

Para o coordenador do Seminário de Iniciação Científica, professor Daniel Valadão, o Semic é uma oportunidade para se mostrar à sociedade a “balburdia” produzida na Ufersa. “Com muito orgulho falo que essa balburdia de muita qualidade se faz presente aqui com 290 trabalhos de pesquisas, apresentados na forma oral nas diversas áreas do conhecimento”, pontuou. O Semic conta ainda com mais 20 minicursos e palestras. “A nossa ‘balburdia’ auxilia o produtor rural, a indústria, sociedade, estando presente em todas as áreas”, considerou.

Prof. Felipe Ribeiro, coordenador da semana nacional de Ciência e Tecnologia na Ufersa/Foto: Eduardo Mendonça

O professor Felipe Ribeiro, coordenador da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia na Ufersa, ressaltou a importância para a programação que estará sendo desenvolvida na Universidade até a próxima sexta-feira, 25, que compreende o CineBiblio, o Torneio de Robótica Educacional, a Ufersa de Portas Abertas, a Feira de Ciências do Semiárido Potiguar e o Festival de Inovação e Criatividade. “Vale a pena conferir toda programação feita para os universitários e estudantes secundaristas”, afirmou, agradecendo também a presença do palestrante convidado, o professor Gonçalo Pereira que proferiu a palestra de abertura. Confira AQUI a programação na íntegra.

PALESTRA – Para o professor tudo é energia, e a bioeconomia é a energia sustentável que reúne todos os setores da economia que utilizam os recursos renováveis. A palestra contou com a participação de professores e estudantes com atuação na iniciação científica. O professor acredita que os combustíveis fósseis, citando como exemplo, o petróleo, além de causarem sérios problemas ambientais, no futuro vão se esgotar do planeta.

Para o professor Gonçalo Pereira o semiárido brasileiro é um dos biomas mais importantes do mundo/Foto: Eduardo Mendonça

Ao agradecer o convite, o professor Gonçalo Pereira ressaltou a importância do Seminário ao reunir o semiárido brasileiro, que para o professor é um dos biomas mais importantes do mundo, à juventude e à universidade.  “Tudo é energia” afirmou Gonçalo Pereira sendo essa a responsável pelo aumento da população, alavancada a partir da invenção da máquina a vapor. “Nós somos resíduos de petróleo” pontuou. Para o professor, o petróleo é responsável pela grande massa populacional existente hoje no planeta. O problema do fóssil é que a quantidade da energia produzida é menor do que a quantidade de energia que precisa. “Estamos usando a poupança do planeta. Com a revolução industrial o homem estourou a quantidade de gás carbônico”, alertou para grande quantidade de CO² existente hoje no planeta, com o agravante do CO² ser um gás que influencia no efeito estufa com interferência direta nas mudanças climáticas.

A solução, segundo o professor, está na utilizando de todos os biomas para substituir a matéria-prima utilizada em produtos gerados a partir do petróleo e do carvão. Outra solução é a preservação das florestas, bem como a recuperação de áreas florestais que já foram degradas pelo homem. O professor também defende a produção da cana de açúcar como alternativa viável para a produção de energia. O sisal poderá ser mais uma alternativa para a produção de energia. Essa cultura tem potencial para mudar a realidade do sertão, se voltada para a produção de energia, acredita o professor. “Precisamos entender as relações com a natureza”, aconselhou aos estudantes da iniciação científica. “Para ficar no mercado de trabalho temos que ser excepcionais” pontuou. O professor também salientou sobre a importância dos pesquisadores patentearem as novas descobertas.