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Comunicação

Ufersa atua contra extinção de espécies de anfíbios e répteis no Rio Grande do Norte

Pesquisa 27 de setembro de 2019. Visualizações: 1657. Última modificação: 27/09/2019 14:23:40

Participantes do segundo ciclo do PAN Nordeste, em Salvador. Foto cedida

A Universidade Federal Rural do Semi-Árido integra o grupo de trabalho reunido para a Elaboração de Indicadores e Metas do Plano de Ação Nacional para Conservação da Herpetofauna Ameaçada do Nordeste – PAN Herpetofauna NE. A iniciativa é coordenada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio em um trabalho voltado à preservação de 107 espécies ameaçadas de extinção da região Nordeste, sendo 23 anfíbios e 84 répteis.

Desse contingente, aparecem na Lista Nacional das Espécies Ameaçadas, 8 espécies de anfíbios e 38 de répteis encontrados no Nordeste, sendo que três ocorrem no território do Rio Grande do Norte. São eles o lagarto-de-folhiço (Coleodactylus natalensis), que aparece na avaliação do risco de extinção na categoria de ameaçado; a cobra-de-duas-cabeças (Amphisbaena heathi) está classificada como quase ameaçada; e a serpente Amerotyphlops paucisquamus na lista do risco vulnerável.

A participação da Ufersa no PAN Herpetofauna do NE está sob a responsabilidade do professor Daniel Cunha Passos, que é também representante do Rio Grande do Norte no Grupo de Assessoramento Técnico do Plano. Sob sua liderança, a equipe de pesquisadores da iniciação científica e mestrandos do Laboratório de Ecologia e Comportamento Animal da Universidade têm a incumbência de ampliar o conhecimento sobre os possíveis efeitos das mudanças climáticas na Herpetofauna do NE.

A equipe ainda fará o monitoramento dos indicadores do Objetivo 3 do PAN, que versa sobre a redução dos impactos negativos das atividades econômicas sobre o habitat e as espécies de anfíbios e répteis. Em cinco anos, o Plano busca atingir 40 ações distribuídas em quatro objetivos específicos, com objetivo geral voltado à redução das ameaças e ampliação do conhecimento sobre os anfíbios e répteis da região Nordeste, integrando a sociedade no processo de conservação.

Na avaliação do professor Daniel Cunha Passos, a participação de pesquisadores da Ufersa no PAN intensifica os esforços de conservação das espécies ameaçadas que ocorrem no Rio Grande do Norte. “Ter um membro da Universidade figurando como representante do Estado no PAN Herpetofauna do Nordeste tem várias implicações importantes. Primeiro, significa que a atuação científica dos especialistas em anfíbios e répteis da instituição (Milena Wachlevski e Daniel Passos) é reconhecida nacionalmente. Esta participação beneficia diretamente na capacitação científica dos estudantes de iniciação científica e de mestrado do Laboratório de Ecologia e Comportamento Animal da Ufersa”, pontua o pesquisador.

Elaboração dos Indicadores –

Em meados de setembro, pesquisadores, especialistas e representantes de 18 entidades, entre elas instituições de ensino e pesquisa e da gestão estadual e federal, reuniram-se na Universidade Católica do Salvador – UCSAL, na capital da Bahia, para uma oficina voltada à elaboração dos indicadores e metas do 2º ciclo PAN Herpetofauna do Nordeste. O evento foi coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN), vinculado ao ICMBio, órgão do Ministério do Meio Ambiente responsável pelos planos de ação para espécies ameaçadas.

Conheça a Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção estabelecida em Portaria do ICMBio.