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Comunicação

Simpósio discute na Ufersa potencial da fruticultura potiguar

Pesquisa 4 de setembro de 2019. Visualizações: 1178. Última modificação: 04/09/2019 09:52:19

Abertura do Simpósio Potiguar de Fruticultura nesta trça-feira, 06,  lotou o Auditório Amâncio Ramalho, no Campus Sede da Ufersa em Mossoró/Foto: Passos Júnior

Pesquisadores, estudantes, produtores e demais segmentos que compõem a cadeia da fruticultura participam até amanhã, 05, nas dependências da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, do 2º Simpósio Potiguar de Fruticultura. São palestras, minicursos, apresentação de trabalhos científicos, visitas técnicas e relatos de experiências bem sucedidas na área. A abertura oficial aconteceu na noite desta terça-feira, 03, no Auditório Amâncio Ramalho, no Campus Sede da Ufersa, em Mossoró. A realização é do Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte – Coex, Ufersa e Sebrae.

O Simpósio, que chega a segunda edição, ocorre intercalado com a Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada, a Expofruit, que acontece a cada dois anos. “É um momento para mostrar a importância da Universidade ao trazer pequenos e grandes produtores a conhecer o que estamos realizando em termos de pesquisas, além de repassar informações para esse segmento”, declarou o pró-reitor adjunto de pesquisa e pós-graduação, professor Wander Mendonça.

A Ufersa tem larga experiência na área da fruticultura e atualmente desenvolve pesquisas com frutíferas alternativas como a pitaia e o figo, além de frutas da região ainda pouco estudadas como a cajarana, o cajá e o umbu. “São culturas que têm grande potencial, embora ainda não exploradas de forma correta”, afirma o professor Wander.

PAÍS FRUTA – Essa é a dominação do Brasil no mercado internacional que ocupa hoje a terceira posição no ranking de produção, ficando atrás da China e da Índia e, na frente dos Estados Unidos. Os dados foram apresentados pelo presidente do Coex. Segundo Luís Roberto Barcelos, do Coex, A região de Mossoró se destaca como um dos principais polos produtores no país, com mais de 2,5 milhões de hectares plantados, gerando atualmente mais de 5 milhões de empregos diretos e com um faturamento superior a R$ 33 bilhões.

Mesmo com essa grande produtividade, o consumo de frutas pela população brasileira ainda é considerado baixo, com uma média de 56 kg/ano, contra uma média 120 kg/ano registrada nos países desenvolvidos. A Organização Mundial de Saúde recomenda o consumo de 400 gramas de frutas por dia. Segundo Luís Roberto, o Brasil ainda não é um grande exportador com apenas 2,5% de sua produção direcionada ao mercador externo, ficando 97,5% da produção no país. A manga e o melão lideram na exportação.

“Hoje, temos mais de 20 mil hectares plantados com melão, além de uma área significativa com mamão e banana”, afirmou, justificando a importância da região para a fruticultura brasileira. Segundo Luis Roberto, a Região Nordeste dispõe de todas as condições como: segurança hídrica, experiência, clima e tecnologia, fatores que podem tornar cada vez mais uma referência nacional na produção de frutas, além da condição geográfica.

O presidente do Coex adianta que atualmente o setor se encontra estabilizado e responsabiliza essa recessão ao cenário econômico. “Com a crise, o consumo interno diminui e acabamos direcionando a produção para a exportação, sobrecarregando o mercado europeu” afirmou. Luís Roberto acredita que a saída é a abertura de novos mercados, citando como exemplo o da Ásia, China e Japão.

Com relação ao mercado interno, Luís Roberto, é otimista e acredita num aquecimento da economia. “Hoje, temos uma economia retraída, mas acreditamos que vamos retomar o caminho e, com isso, as pessoas vão melhorar o poder aquisitivo e vamos aumentar as vendas de frutas” pontuou.