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Comunicação

Egresso da Ufersa é convidado a desenvolver projeto social em Moçambique

Pesquisa, Responsabilidade Social 31 de maio de 2019. Visualizações: 1161. Última modificação: 31/05/2019 10:21:29

Pesquisador José Leôncio, egresso do curso de Agronomia da Ufersa. Foto: Cedida.

O engenheiro agrônomo José Leôncio, egresso do curso de Agronomia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), e atual doutorando da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, que está com pesquisa em desenvolvimento no Nordeste apoiado pela Ufersa, recentemente recebeu o convite para fazer parte de uma equipe de Assistência técnica de habitação de interesse social em Moçambique, na África, para ajudar as famílias assoladas pelo ciclone IDA e a elaborar um projeto sustentável para as famílias atingidas pelo ciclone.

O projeto social proposto pelo engenheiro é baseado em uma alternativa sustentável de um sistema de arranjo produtivo local com material de baixo custo e água salina para produção de hortaliças e criação de peixes, tendo em vista resultados positivos do projeto, busca-se a inserção deste sistema produtivo nas políticas públicas da cidade de Beira que são voltadas ao combate à fome e a segurança alimentar.

O projeto está sendo apoiado pela ONG Rio da Paz que tem como o objetivo a redução das violações dos direitos humanos por meio de ações pacíficas e criativas que mobilizem sociedade e poder público. A associação tem entre outras atribuições o desenvolvimento de soluções sustentáveis como, por exemplo, o solo cimento, que já vem sendo desenvolvida com grande potencial na cidade.

O pesquisador ainda durante sua graduação na Ufersa no curso de Agronomia foi destaque nacional sendo o ganhador do Prêmio Jovem cientista em 2013 com o Projeto sobre misturas de Águas Salinas como alternativa para irrigação e produção de forragem para o Semiárido Nordestino. Segundo José Leôncio, foi a sua pesquisa ainda na graduação que o fez receber esse convite para desenvolver esse projeto na África. “Muito me perguntam porque não estamos fazendo esse tipo de ação aqui no Brasil. Confesso que também me fiz essa pergunta quando recebi o convite”.

Contexto do projeto – Nas aldeias moçambicanas, um milhão de pessoas sofre com a fome e consomem água suja. A maioria são crianças órfãs de pais mortos pelo HIV, malária e pelas condições climáticas. As pessoas chegam a ficar até 3 dias sem nenhuma refeição e andam quilômetros para conseguir 20 litros de água não potável. Há regiões em que não chove regularmente há 14 anos.

“Em meio a tanta necessidade, estamos nos unindo para acolher e mudar essa realidade. Penso que é uma ótima oportunidade de aprender novas experiências, nova cultura e uma realidade completamente diferente da nossa aqui no Brasil”, explica o pesquisador, afirmando que todos da equipe são voluntários e que todo o trabalho está sendo feito por meio de doações. “É um trabalho que realmente está relacionado com a caridade humanitária. Se conseguimos levar habitações à África, em uma realidade bem mais precária que a nossa aqui no Brasil, tenho certeza que conseguimos fazer em qualquer lugar do mundo”, conclui.

Áreas de Moçambique que receberão o projeto. Foto: Cedida.