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Comunicação

Colóquio discute a importância do Pibid para a licenciatura e a educação básica

Ensino, Estudante 28 de maio de 2019. Visualizações: 1196. Última modificação: 29/05/2019 08:26:58

Palestra de Abertura do I Colóquio do Pibid e escolas parceiras. Foto: Assecom/Ufersa.

A Ufersa, por meio da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), reuniu nesta terça-feira, 28, no auditório Amâncio Ramalho, em Mossoró, gestores e professores das escolas parceiras do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) e representantes da Universidade, como professores supervisores de núcleos do Programa e coordenadores dos cursos de licenciatura, para discutir as práticas de iniciação à docência em seus diferentes enfoques e refletir sobre a avaliação das experiências desenvolvidas e as perspectivas de continuidade do Pibid como política de formação e valorização à docência e aprimoramento da educação. Atualmente, a Ufersa possui dez cursos de licenciatura, nos quais oito participam do Pibid atuando em 24 escolas parceiras.

O I Colóquio Institucional do Pibid e escolas parceiras teve início com a mesa de abertura composta pelo reitor da Ufersa, professor José de Arimatea de Matos; do Pró-reitor de Graduação, professor Rodrigo Codes; da Coordenadora Institucional do Pibid na Ufersa, Maria Ghisleny de Paiva Brasil; do Coordenador do Curso de Letras Português do Campus Caraúbas da Ufersa, Liebert de Abreu Muniz; e do Coordenador do Pibid da Escola Vinte de Setembro, Erivan Muniz.

De acordo com a professora Maria Ghisleny, o Pibid é essencial para que o estudante da licenciatura tenha a oportunidade de conhecer e viver o cotidiano da sala de aula ao longo do seu curso de graduação o que possibilita o estabelecimento da relação teoria-prática. “Os resultados desse processo de formação que se dá no chão da escola podem ser facilmente percebidos quando nos deparamos com o desempenho diferenciado dos estudantes pibidianos nos estágios supervisionados e com o enriquecimento dos debates no interior das disciplinas acadêmicas”, ressalta a docente.

Abertura do I Colóquio do Pibid e escolas parceiras. Foto: Assecom/Ufersa.

Segundo ela, os projetos desenvolvidos pelas diferentes áreas do Programa propõem ações que vão além das paredes das salas de aula. Entre estas ações estão o planejamento e a operacionalização de amostras e feiras científicas e culturais, acompanhamento e monitoramento individualizado de alunos que apresentam dificuldade com relação à aprendizagem e a adaptação ao contexto escolar, elaboração e execução de habilidades que envolvem escola-comunidade, planejamento e construção e aplicação de materiais didáticos complementares, participação das reuniões de planejamento escolar. “São exemplos de ações que tornam o trabalho de iniciação à docência singular e mais amplo do que os desenvolvidos nas disciplinas de estágio supervisionado”, conclui.

Com 12 anos de existência, o Pibid mesmo tendo alcançado reconhecimento na escola e na academia tem vivido momentos de instabilidade e incerteza com a possibilidade de descontinuidade do Programa. “O Pibid fica. O Pibic resiste. O Pibid avança porque somos todos Pibid”, diz a coordenadora do Programa na Ufersa. Segundo ela, a luta agora é para que o Programa se torne uma política de formação de professores no Brasil. Na ocasião, o reitor e o pró-reitor de graduação da Ufersa também ressaltaram a importância do programa e da sua continuidade. “Nós não podemos perder um Programa desta importância. O Pibid deve ser um programa de Estado, já que é através dele, dos estágios e da residência pedagógica que a universidade pública pode apoiar a educação básica e a formação de professores”, ressaltou o reitor.

Professora Edvânia Edvânia Maria Batista de Freitas. Foto: Assecom/Ufersa.

A professora Edvânia Maria Batista de Freitas, um das professores responsáveis pelo Pibid na Escola Estadual Gilberto Rola, situada na Comunidade Rural Mossoró-Maísa, destaca a importância do Programa. “Esse Programa veio como um incentivo a novas práticas pedagógicas para os professores, trazendo didáticas direcionadas para a educação do campo, já que a nossa escola é caracterizada como escola do campo”, ressaltou. Atualmente, a docente acompanha 10 alunos pibidianos do curso de Licenciatura em Educação do Campo (LEDOC) da Ufersa.

Para o Professor Alex Sandro Coitinho Sant’ana, coordenador do núcleo de Tecnologia Educacional vinculado ao curso de Pedagogia, do Campus Angicos, o Programa tem colaborado com a inserção dos alunos de licenciatura na prática do ensino das escolas e, a partir dessas experiências vividas, eles também produzem trabalhos que são apresentandos em eventos, teorizando esse saber. “Os alunos aprendem com a rede pública de ensino e a rede aprende com os alunos do Pibid”, afirma.

Professor Alex Sandro Coitinho Sant’ana. Foto: Assecom/Ufersa.

O evento prosseguiu com a Conferência “Iniciação à docência: diálogos entre educação básica e ensino superior”, proferida pela professora Dra. Lucia Helena Medeiros da Cunha Tavares, da UERN –Mossoró, e continuou durante o turno da tarde com a Mesa Redonda “Pibid: Interdisciplinaridade e Docência”, composta pelas professoras Andréa Maria Ferreira Moura/Ufersa – Campus Sede – Mossoró, Antonia Sueli da Silva/UERN – Patu e Jacicleide Ferreira da Cruz Melo – UFRN/Caicó.

Em setembro, o Pibid da Ufersa promoverá um novo encontro, desta vez, a iniciativa reunirá os alunos que fazem parte do Programa em um Seminário institucional.