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Comunicação

Professor Marcelo Borba profere aula inaugural do Mestrado em Ensino

Pesquisa 12 de março de 2019. Visualizações: 1149. Última modificação: 12/03/2019 10:47:59

Palestra do professor Marcelo Borba lota auditório do IFRN, Campus Mossoró, na abertura do Programa de Pós-Graduação em Ensino/Foto: Passos Júnior

Os novos mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Ensino – Posensino – deram início às atividades acadêmicas nesta segunda-feira, 11, com aula inaugural proferida pelo professor Marcelo de Carvalho Borba, da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Antes, representantes das três instituições que compõem o curso de pós-graduação – Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), Universidade do Estado (Uern) e o Instituto Federal (IFRN) – deram boas vindas aos ingressantes.

Para o coordenador do curso Posensino na Uern, professor Jean Mac Cole Tavares dos Santos, o Programa de Pós-Graduação de Ensino representa o compromisso e a responsabilidade das três instituições para com a melhoria do ensino. “Precisamos dá um salto pedagógico ao transformar esforços em resultados”, ressaltou. Mais de 90% dos mestrandos estão em sala de aula na rede pública de ensino. Para o professor, Mac Cole, esse é um grande motivo para o fortalecimento do Possensino. Outro exemplo é a ampliação dos cursos de pós-graduação da Uern que saltou em uma década de 03 para 19 programas, ressaltou o professor Kleber Porpino, da Universidade do Estado.

O pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Ufersa, Jean Berg Alves da Silva, adiantou que o Posensino vem atender uma demanda reprimida para a capacitação de professores no interior. “A alta concorrência registrada no processo seletivo é uma prova dessa realidade”, afirmou, acrescentando que a pós-graduação representa crescimento profissional dos educandos, bem como desenvolvimento para o interior do Rio Grande do Norte.

Já o diretor do IFRN, Campus Mossoró, professor Jailton Santos, expressou a satisfação em sediar a aula inaugural do Posensino 2019. “A pós-graduação tem como diferencial ao oferecer infraestrutura da Ufersa, Uern e IFRN. Inclusive, com a disponibilidade de laboratórios de ensino nas três instituições”. Na ocasião, o professor Marcio Adriano, anunciou que o IFRN vai disponibilizar uma bolsa para o Posensino.

Marcelo Borba aponta como uma das saídas à educação freireana/Foto: Passos Júnior

AULA MAGNA – O professor convidado Marcelo Borba iniciou a palestra com uma provocação para com os novos mestrandos. “Se há tanta pesquisa em educação, por que a educação não melhora em nosso país?” Para o professor que é doutor em matemática, a resposta se resume em consideramos a questão como uma função de várias variáveis. A resposta se concentra na dinâmica, na pesquisa e nas ações do ensino.

No Brasil, pontuou, se tem os melhores cursos de economia e de ciência política, bem como de saúde, mesmo assim, o país não se destaca nessas áreas. Para o professor, o processo educacional brasileiro começou tardiamente, daí, a existência de uma demanda reprimida. “Não há democracia se não houver educação para combater a desigualdade social”, opinou.

Para o professor Marcelo Borba a interiorização do ensino superior é uma das alternativas para o desenvolvimento educacional no país, bem como o crescimento dos programas de pós-graduação que subiu de 07, em 2000, para 157, em 2017. Hoje, já são de 160 programas espalhados em todo país. “Esses números ainda são insuficientes para cobrir a meta de 50% de professores com mestrado e/ou doutorado no país até 2024”, pontuou.

O desenvolvimento da pesquisa em sala de aula, por meio do Programa de Bolsa de Iniciação Científica – Pibid – é uma alternativa exitosa apontada, bem como a utilização das novas tecnologias de comunicação e informação, com a produção de vídeos pelos próprios estudantes, experiência que vem dando resultados positivos e comprovada cientificamente pelo professor, inclusive, na matemática.  Marcelo Borba aponta como uma das saídas à educação freireana com base no diálogo, no entendimento do outro.

O Pibid e o uso de novas tecnologias de informação e comunicação são ferramentas que podem contribuir na aprendizagem em sala de aula/Foto: Passos Júnior