Início do cabeçalho do portal da UFERSA

Comunicação

Ufersa discute interdisciplinaridade no Bacharelado em Ciência e Tecnologia

Ensino 10 de dezembro de 2018. Visualizações: 2441. Última modificação: 10/12/2018 15:19:20

O III Workshop da Prograd/Ufersa reúne professores e técnicos com temas voltados para a interdisciplinaridade no ensino superior/Foto: Passos Júnior

A interdisciplinaridade no ensino superior é o tema que centraliza as discussões do III Workshop da Pró-Reitoria de Graduação da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Nesta III edição do evento o destaque é para o curso Bacharelado Interdisciplinar de Ciência e Tecnologia. A proposta é promover a discussão em torno da graduação que também é porta de entrada para o ingresso nas 08 Engenharias oferecidas pela Universidade, distribuídas em 14 cursos nos quatro campi da Ufersa. O BICT é o curso com o maior número de estudantes da Universidade com o percentual de 40% nas matrículas.

A experiência com a interdisciplinaridade na da Universidade Federal do ABC, na grande São Paulo, foi compartilhada durante a palestra de abertura do Workshop na manhã desta quarta-feira, 10, no Auditório Amâncio Ramalho, no Campus Sede, em Mossoró. A pró-reitora de graduação da UFABC, professora Paula Ayoko Tiba, falou para professores e técnico-administrativos sobre os avanços e desafios para se trabalhar com a interdisciplinaridade no ensino superior, com enfoque na inclusão social e no ensino de excelência.

Professora Paula Tiba trouxe a experiência da UFABC/Foto: Passos Júnior

Para a professora Paula Tiba, trabalhar com a interdisciplinaridade é cruzar as fronteiras do conhecimento, integrando as disciplinas para a resolução de problemas temáticos. A professora frisou que a comunicação entre os mais diversos profissionais pode contribuir para a reorientação da carreira e, consequentemente, diminuir a evasão dos estudantes na Universidade.

Outro ponto importante é a aprendizagem contínua do processo de aprendizagem. A professora ressaltou também o caráter inclusivo da Universidade com a política de ações afirmativas com 50% das vagas destinadas a estudantes da rede pública. Segundo Paula Tiba a aprendizagem interdisciplinar resulta numa atuação diferenciada por parte dos estudantes na sociedade.  “A interdisciplinaridade é uma inovação metodológica de aprendizagem”, afirmou, acrescentando que “é usar a tecnologia para ensinar tecnologia”, com ênfase na pesquisa.

Ao defender a interdisciplinaridade na universidade, a professora apresentou como justificativa a importância dos cursos serem “flexíveis para que os estudantes possam se reorientar na trajetória acadêmica e também possam cruzar as fronteiras tradicionais das disciplinas, preparando-se para atuar cada vez mais temáticos e menos disciplinares”, frisou.

Pró-Reitor de Graduação, Rodrigo Codes, ressalta maior flexibilização no BICT/Foto: Passos Júnior

10 ANOS – O curso de Interdisciplinar de Ciência e Tecnologia completa 10 anos, abrangendo os quatro campi da Ufersa, sendo oferecidas 680 vagas a cada semestre. Segundo o pró-reitor de graduação, professor Rodrigo Codes, há dois anos a Universidade discute a atualização do Projeto Pedagógico estando o mesmo na fase final. A nova proposta é de flexibilização o curso com o aumento do número de disciplinas optativas e a diminuição das disciplinas obrigatórias. “A ideia é oferecer uma maior abrangência na formação interdisciplinar”, adiantou Codes.

Para o pró-reitor é grande a preocupação da Universidade com a quantidade de retenção e de reprovação no curso. Essa discussão permeia as temáticas do III Workshop da Prograd que prossegue até essa terça-feira, 11. “Estamos debatendo ações de ensino que podem mitigar esses índices”, se referindo a iniciativas de reforço nas disciplinas de cálculos, física e química. Outra iniciativa é o Programa de Tutoria implementado no primeiro semestre com a proposta de acompanhar os estudantes ingressantes no primeiro ano de curso.

Com o diploma, os bacharéis em Ciência e Tecnologia podem atuar nas diversas áreas do conhecimento, ingressar na pós-graduação (especializações e mestrados), prestar concurso público, ingressar na carreira docente, entrar no mercado de trabalho, enfim, é grande o leque de oportunidades para esse profissional. E para quem desejar continuar no segundo ciclo, a Ufersa oferece 14 cursos de engenharias (Civil, Elétrica, Florestal, Mecânica, Energia, Petróleo e Produção) espalhadas nos campi de Mossoró, Angicos, Caraúbas e Pau dos Ferros, oferecendo 420 vagas a cada semestre.