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Comunicação

Pesquisa da Ufersa obtém primeiro lugar em Congresso Nacional de Aquicultura e Biologia Aquática

Pesquisa 18 de outubro de 2018. Visualizações: 1978. Última modificação: 18/10/2018 10:00:53

Rodrigo Sávio Teixeira de Moura (esq.), doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Ufersa, e professor Gustavo Henrique Gonzaga da Silva (dir.), coordenador do Laboratório de Limnologia e Qualidade de Água da Ufersa. (Foto: Cedida.)

A Universidade Federal Rural do Semi-Árido teve participação de destaque no VIII Congresso Brasileiro de Aquicultura e Biologia Aquática (Aquaciência). O artigo intitulado “Efeito sinérgico entre piscicultura e pesca em reservatórios do semiárido brasileiro” de autoria de Rodrigo Sávio Teixeira de Moura, doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Ufersa, e dos professores Gustavo Henrique Gonzaga da Silva, coordenador do Laboratório de Limnologia e Qualidade de Água da Ufersa e do professor Ronaldo Angelim da UFRN, obteve o 1º Lugar como melhor trabalho apresentado no congresso que foi realizado em setembro no Centro de Convenções de Natal.

A pesquisa constatou um efeito sinérgico entre as atividades de piscicultura em tanques-rede e a atividade pesqueira em reservatórios do semiárido nordestino. Segundo o orientador da pesquisa, o professor Gustavo Silva, os resíduos dos tanques-rede constituem um item alimentar, que serve como fonte de energia para diversas espécies de peixes, que por sua vez são pescadas ou são presas de espécies-alvo da pesca. Constatou-se, por meio de simulações, uma interação positiva entre a piscicultura e a pesca, de modo que o aumento da produção aquícola é refletido em uma maior produção pesqueira. Esta externalidade positiva da piscicultura em tanques-rede auxilia na quebra de paradigma de que a atividade causa apenas impactos ambientais negativos sobre os ambientes aquáticos, principalmente sobre sua teia trófica.

No entanto, apesar deste impacto positivo, o professor ressalta que a piscicultura em tanques-rede em açudes do semiárido deve ser realizada com parcimônia, visto que a atividade além de poder gerar externalidades negativas, como o aporte de nutrientes e matéria orgânica, também está submetida às características limnológicas destes ambientes aquáticos, que sofrem com processo de eutrofização e redução drástica de volume em virtude de secas extremas, podendo causar mortalidade elevada dos peixes cultivados e reduzindo a sustentabilidade da atividade.