Estudantes de Ciências Contábeis da Ufersa apostam saboaria para conquistar espaço no mundo dos negócios/Foto: Passos Júnior
Em tempo de crise montar o próprio negócio pode ser uma alternativa para vencer o desemprego ou uma forma de aumentar a renda. Mas o que poucos sabem é que possuir uma boa ideia não é o suficiente. O empreendedor tem que estar atento às tendências do mercado. Essa é a proposta da I Mostra o Custo do seu Negócio: Teoria e Prática, promovida pelo curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, que acontece nesta sexta-feira, 14, até às 22h, no Expocenter. Além das inovações apresentadas pelos estudantes, o público visitante tem a oportunidade de realizar consultorias e tirar dúvidas sobre a viabilização de um negócio.
Ao todo, são 25 empresas participantes, sendo 10 ainda em forma de projetos dos estudantes de Ciências Contábeis da Ufersa. “São ideias novas de negócios”, resumiu a professora Luciana Batista Sales, da disciplina Contabilidade de Custos, responsável pela Mostra. O objetivo proporcionar a oportunidade de interação de informações para a gestão organizacional, bem como para a aplicação dos conhecimentos trabalhados nas disciplinas de Contabilidade e Análise de Custos.
A partir dos ensinamentos ministrados em sala de aula, os estudantes de Ciências Contábeis apresentam resultados concretos referentes à montagem de uma empresa. São pesquisas de mercado, planilhas com custos referentes a receitas e despesas, além da margem de lucro dos possíveis investidores. O diferencial é que além de uma ideia inovadora os acadêmicos apresentam viabilidades para o investimento, inclusive, com todo a logística e marketing para a apresentação dos produtos.
Outro grupo aposta no ramo do fast food/Foto: Passos Júnior
A partir do conhecido “canudinho de festa”, o grupo de estudantes do V período pensou na empresa Big Cone do tamanho da sua fome, uma empresa no ramo de fast food, voltada para a produção e fabricação de canudos recheados, com o diferencial de possuir tamanho gigante, além de cinco variedades de recheio, inclusive, sabores inovadores como a guacamole, iguaria mexicana feita à base de abacate e temperos. Outro diferencial é que se trata de uma empresa itinerante, ou seja, possui estrutura numa bicicleta adaptada com compartimentos térmicos para conservação dos produtos. “A ideia é ir até o cliente seja em eventos públicos ou privados, enfim, em qualquer parte da cidade onde houver possibilidade de comercialização dos nossos produtos”, afirmou um dos idealizadores do Big Cone, Ramon Santiago. A empresa conta com um espaço fixo para a produção do alimento. Pelo levantamento grupo de estudantes, o investimento inicial para viabilizar o negócio é de R$ 10.500,00. “Com uma venda de 2.500 canudos/mês, o lucro da empresa é superior a R$ 4.600,00”, afirmou. Além de Ramon, participam do projeto os estudantes João Luiz, Kaliu Avelino, Matheus Ramos e Rena Santiago.
Sabonetes artesanais a base de glicerina/ Foto: Passos Júnior
Já a estudantes Camila Sales, Geovana Braga, Juliana Costa, Mayara Mona e Patrícia Costa decidiram investir no ramo de higiene pessoal com a empresa Anaflor Saboaria com a produção de sabonetes artesanais a base de glicerina. “Um produto que tem como diferencial a conservação e a hidratação da pele” justificou Camila Sales. O produto é apresentado com cinco fragrâncias e preço final variando entre R$ 1,81 a R$ 2,24, a unidade, com 240 gramas. Segundo o estudo das futuras contadoras, o lucro mensal com a produção de 3.300 unidades pode chegar até R$ 5.323,00.
A Mostra o Custo do seu Negócio também levou para o Expocenter empresas que já estão no mercado, possibilitando a troca de experiências entre veteranos e iniciantes no mundo dos negócios. Francineide Soares, proprietária da empresa Menina Traquina Doceteria, viu na Mostra a possibilidade de divulgar seus produtos no âmbito universitário. “Já disponho de uma boa clientela, mas é sempre bom apresentar nossas novidades”, revelou se referindo a linha diet zero sem lactose e a linha gelada de brounie que a empresa produz.