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Comunicação

Em Seminário, pesquisadores comprovam a viabilidade do alho em regiões serranas do RN

Pesquisa 13 de setembro de 2018. Visualizações: 1852. Última modificação: 13/09/2018 08:39:46

Área de experimento do alho em Portalegre/RN Foto: Marcksuel Oliveira

Os pesquisadores comprovaram a viabilidade do alho na região serrana do RN / Foto: Marcksuel Oliveira

Seminário sobre o Cultivo do Alho em Portalegre / Foto: Marcksuel Oliveira

Produtores com a missão de experimentar uma nova cultura para a região serrana do Rio Grande do Norte. Os agricultores Antônio Alcimar, do Sítio Tibau, e Francisco Xavier, do Sítio Jenipapeiro, todos no município de Portalegre, acreditaram no potencial da pesquisa e hoje já começam a ver que a cultura do alho pode ser uma excelente alternativa para as terras de clima ameno das serras potiguares.

Os experimentos dos sítios de Alcimar e Xavier são resultados de trabalhos realizados por pesquisadores da Ufersa, em parceria com outros órgãos e instituições. Welder é aluno do Pós-Doutorado da Ufersa na área de Fitotecnia e está desde o início analisando a cultura do alho pela região oeste potiguar.

“Iniciamos o projeto do alho em 2012 em Baraúna e depois resolvemos investir aqui para a Serra de Portalegre e vimos que é uma cultura proveitosa para a região. Ela se mostrou rentável e com resultados bastante positivos”, destacou o pesquisador.

As pesquisas na região de Portalegre também estão sendo acompanhadas de perto pela professora do Centro de Ciências Agrárias da Ufersa, Maria Zuleide de Negreiros. A professora está bem otimista com os resultados obtidos. “As pesquisas nos mostram que temos condições de alavancar a cultura do alho na região serrana e revitalizá-la no estado”, defendeu Zuleide.

A professora foi uma das palestrantes do I Seminário sobre o Cultivo do Alho na Região Serrana de Portalegre, realizado na última terça. Na ocasião, ela falou sobre o momento atual e o futuro da cultura no município. Além da professora Zuleide, participaram do Seminário os representantes da Embrapa Hortaliças, os Engenheiros doutores Francisco Vilela Resende e Lenita Lima Haber, e o Engenheiro Agrônomo, Mário Sérgio Ferreira. Os palestrantes falaram sobre a viabilidade da cultura, manejo, sistemas de produção e sementes.

O evento foi uma iniciativa do Sebrae/RN, em parceria com a Ufersa, a Embrapa, o CNPQ e a Prefeitura de Portalegre. Cerca de 200 pessoas acompanharam as palestras e as visitas técnicas. O Seminário fez parte fez parte do projeto “Desenvolvimento da cultura do alho e produção de alho-semente livre de vírus na região serrana do Rio Grande do Norte”.

Essa iniciativa visa fomentar a cadeia produtiva da cultura do alho em regiões serranas ou em áreas com aptidão para o seu cultivo no Rio Grande do Norte. Para isto, foi celebrado o Termo de Cooperação Técnica entre o Sebrae/RN, o município de Portalegre, a Ufersa e a Embrapa. Para o Engenheiro Mário Sério Ferreira, as pesquisas e os experimentos comprovam a viabilidade da cultura na região.

“O primeiro passo já está sendo dado com a pesquisa e com este seminário por meio dos parceiros envolvidos. Agora é chegado o momento de trazer para o público e para as autoridades e mostrar que a cultura é viável, e também apostar que os produtores estejam abertos a esse desafio para fazer um manejo adequado e atender as expectativas e necessidades da cultura”, explicou Mário Sérgio.

Pela valorização do alho nobre no mercado, isto poderá influenciar positivamente na economia do Estado. “É uma cultura que requer tratos como todas as outras, mas que tem compensação financeira porque o produto final tem um valor agregado no mercado. O investimento inicial é relativamente alto, fica em torno dos R$ 30 mil por hectare, mas em compensação, a rentabilidade gira em torno dos R$ 60 mil a R$ 70 mil por hectare”, finalizou o Engenheiro.

Dra. Lenita Lima Haber, da Embrapa Hortaliças / Foto Marcksuel Oliveira
Experimento de doutoranda da Ufersa / Foto Marcksuel Oliveira
Experimento de alho / Foto Marcksuel Oliveira
Experimento de alho / Foto Marcksuel Oliveira
Visita Técnica do Seminário sobre a cultura do alho / Experimento de alho / Foto Marcksuel Oliveira