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Comunicação

Pesquisadores da Ufersa desenvolvem aplicativo que avalia a qualidade das águas para irrigação

Pesquisa 15 de março de 2018. Visualizações: 5470. Última modificação: 15/03/2018 16:33:23

O projeto está sendo desenvolvido pelo estudante do curso de Sistema de Informação da Ufersa Angicos, Arlan de Medeiros, com o auxílio do aluno de Ciência e Tecnologia, Moisés Medeiros. A orientação é dos professores Nildo Dias e Osvaldo Nogueira / Foto cedida

O aplicativo irá estimar os riscos de salinidade, a toxidez de iônica, riscos de obstruções de gotejadores na irrigação localizada e problema com infiltração de água no solo / Foto cedida

Uma equipe interdisciplinar, formada por professores e alunos dos Campi da Ufersa de Mossoró e Angicos, está desenvolvendo um aplicativo Android batizado de “QWater” para interpretar relatórios de qualidade de água para fins de irrigação. O aplicativo irá estimar os riscos de salinidade, a toxidez de iônica, riscos de obstruções de gotejadores na irrigação localizada e problema com infiltração de água no solo.

Além disso, o “QWater” irá ajudar agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural, agricultores e irrigantes e, outros usuários na tomada de decisões sobre as melhores práticas de manejo de irrigação quando se utiliza água salina como, por exemplo, as estratégias de aplicação e a indicação de plantas tolerantes de acordo com o nível de salinidade da água.

O projeto está sendo desenvolvido pelo estudante do curso de Sistema de Informação da Ufersa Angicos, Arlan de Medeiros, com o auxílio do aluno de Ciência e Tecnologia, Moisés Medeiros. A orientação é dos professores Nildo Dias e Osvaldo Nogueira, com a colaboração do professor Francisco de Assis.

A ideia do aplicativo é dos professores, justamente para suprir uma demanda da agricultura irrigada e dos agricultores, mas a inteligência artificial é do discente que constrói o aplicativo com base na fundamentação teórica e científica fornecida pelos docentes. Segundo os orientadores, o aluno Arlan converte o conhecimento de manejo de água salina e as fórmulas dos parâmetros de qualidade da água em algoritmo, gerando o aplicativo para o usuário.

Arlan é bolsista do programa Pici/Ufersa e diz que o seu maior desafio no projeto foi à falta de conhecimento técnico com relação as diretrizes para interpretar a qualidade das águas para fins de irrigação, uma vez que ele é da área de computação e nunca cursou disciplinas relacionadas com irrigação. “Eu precisei buscar a fundamentação deste conhecimento em livros e artigos técnicos na literatura especializada”, explicou o estudante.

O aplicativo será disponibilizado no Google Play após os testes de validação. “Uma das coisas mais interessante da pesquisa é a integração do conhecimento e das ações humanas no contexto do desenvolvimento. É como se fosse o ponto de mutação para nós pesquisadores, ou seja, nós entendemos de qualidade de água e sabemos da necessidade dos irrigantes; então os profissionais da área de sistemas de informações conseguem transformar esta demanda em inteligência artificial para facilitar a socialização do conhecimento científico produzido na academia. Com este aplicativo, a informação chega mais rápido ao agricultor e ao irrigante, pois só precisa de celular para baixar e assim poder monitorar e manejar a sua água de irrigação com mais segurança”, finalizou Nildo.