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Comunicação

Universidades públicas do RN discutem a pós-graduação com a Capes

Gestão 14 de março de 2018. Visualizações: 1181. Última modificação: 14/03/2018 11:41:44

Reitores da UFRN, Ufersa e UERN com o presidente da Capes e com a Diretora de Internacionalização da Coordenação \ Foto Assecom Ufersa

Os Reitores que compõem o Fórum dos Gestores das Universidades Públicas do Rio Grande do Norte se reuniram nesta terça, 13, em Natal para tratar da Pós-Graduação nas instituições com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior, a Capes. O encontro aconteceu na UFRN e teve a presença dos Reitores José de Arimatea de Matos (Ufersa), Ângela Maria Paiva Cruz (UFRN) e Pedro Fernandes Ribeiro Neto (UERN). Representado o IFRN estava a Pró-Reitora de Extensão, a professora Régia Lúcia Lopes. Além dos Reitores, também estiveram presentes os Pró-Reitores de Pesquisa e Pos-Graduação da Ufersa, Jean Berg Alves, da UERN, Rodolfo Cavalcanti e Cláudio Lopes de Vasconcelos, e da UFRN, Rubens Maribondo.

Presidente da Capes, Abílio Baeta, falando dos desafios da Pós-Graduação \ Foto Assecom Ufersa

Os gestores aproveitaram a presença do Presidente da Capes, Abílio Afonso Baeta Neves, para mostrar a realidade da Pós-Graduação no Rio Grande do Norte e cobrar mais ações e bolsas, principalmente para os programas mais novos. O Pró-Reitor de Pós-Graduação da UFRN, o professor Rúbens Maribondo, apresentou os números da pós no estado. Pelos dados, atualmente o Rio Grande do Norte conta com 87 programas de Pós-Graduação com 8.049 alunos matriculados em mestrados e doutorados. Na ocasião, foram lembradas algumas curiosidades como a questão de Pau dos Ferros ser a menor cidade brasileira que oferta um curso de Doutorado (UERN CAMEAM). Também foi apresentado à Capes os avanços importantes que a Pós-Graduação do RN alcançou em 2017 quando os Programas de Engenharias de Materiais (UFRN) e Fitotecnia (Ufersa) conseguiram conceitos 7 e 6, respectivamente.

O Reitor Arimatea Matos e o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação estavam representando a Ufersa no encontro \ Foto Assecom

Ainda segundo as instituições, o Rio Grande do Norte conta com 1.777 bolsas de pesquisa Capes ou da Fapern também via convênio com a Capes. Desse número, 1.083 são bolsas de mestrado e 694 de doutorado. E foi justamente nesse ponto que os Reitores cobraram uma maior oferta da Capes e, principalmente, da Fundação de Pesquisa do RN, a Fapern. “Muitos dos nossos estudantes vão fazer a pós-graduação nos locais que ofereçam bolsas. Elas são importantes para as instituições. Cada Universidade merece pois tem suas peculiaridades, conforme a região, e a pós-graduação pode a melhorar o desenvolvimento do nosso Estado”, destacou a Reitoria da UFRN.

O Reitor da Ufersa, o professor José de Arimatea de Matos, falou da importância de estimular a pós-graduação no interior e nos campi fora da sede como forma de também manter o docente na localidade onde está inserido. “Precisamos encontrar meios para consolidar o professor no interior e a Fapern deveria ajudar nesse sentido. Precisamos do apoio da Fundação e o próprio Fórum dos Reitores já discutiu com o Governo alternativas, inclusive com a criação da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia”, comentou o Reitor da Ufersa.

Os Reitores mostraram preocupação com a falta de oferta de bolsas por parte da Fapern. Hoje, segundo os próprios dirigentes da Fundção, o RN está em pior situação em nível nacional no que se refere ao incentivo à pesquisa. A crise econômica que atravessa o estado foi apontada como o maior motivo para esse quadro.

O Presidente da Capes, o professor Abílio Baeta, ouviu as reivindicações dos Reitores e defendeu que os estados e que as universidades publicas se organizem como consórcios para ajudar o desenvolvimento da pós-graduação e falou que as instituições potiguares estão no caminho certo quando se unem para buscar melhorias na pós. “Acho que vocês estão num caminho bastante interessante. Estamos buscando os principais problemas e a partir daí levantando estratégias para resolver os problemas na distribuição das bolsas. A preocupação com os cursos novos é grande isso nos vai ajudar a valorizar e consolidar os cursos já existentes e estimular esses novos”, explicou Baeta.

O presidente ainda falou que a Capes está buscando corrigir as distorções na distribuição de bolsas e defendeu rediscutir o modelo de avaliação dos cursos de pós-graduação. “É preciso fazer um esforço de cooperação, de estreitamento, no que diz respeito ao crescimento da Pós-Graduação. Se vocês avançam nessa questão, isso força a Capes a se organizar também nesse sistema”, defendeu.

Além do presidente Abílio, o encontro ainda contou com a presença da Diretora de Relações Internacionais da Capes, Concepta McManus, que falou do Programa Institucional de Internacionalizaçao, o Print, e também do Ciências Sem Fronteiras. Segundo ela, a pós-graduação brasileira sofreu para pagar o Ciência Sem Fronteiras. De acordo com a Diretora, a Capes foi responsável por bancar 70% do investimento do programa e o CNPq ficou com os outros 30%. “O Ciencia sem Fronteiras pode retornar mas desde que venha com recursos próprios”, defendeu McManus dizendo que o Programa deve encerrar o ciclo em 2020.

No final, os gestores comemoraram a informação que os mestrados e doutorados interinstitucionais (MINTER e DINTER) estão liberados. Segundo o presidente da Capes, só basta as instituições comunicarem à Coordenação. “O que precisamos é que as instituições informem o que estão fazendo para ser acompanhado. O financiamento, dependendo da circunstância, pode ser dialogado”, explicou.

A reunião terminou com um novo encontro marcado para o mês de maio.