Estudantes da Engenharia Florestal da Ufersa responsáveis pelo estudo com os briquetes / Foto Eduardo Mendonça Assecom
O modelo da Prensa de Peterson adaptada por alunos da Engenharia Florestal / Foto Eduardo Mendonça Assecom
O modelo da prensa de Peterson, a Peterson Press, já é internacionalmente conhecido por pesquisadores da área das Ciências Agrárias, mas na Ufersa, em Mossoró, o acessório passou por uma adaptação e ganhou ares, digamos, brasileiros. A prensa de Peterson é usada para comprimir elementos e transforma-los em briquetes que são materiais usados para combustão em fornos.
A adaptação da Prensa de Peterson na Ufersa partiu do estudante Arthur Santos Magalhães do 8º período do curso de Engenharia Florestal. Com a orientação do professor Vinícius Castro, o jovem estudante utilizou caibros de madeira, macaco hidráulico e muita criatividade para adaptar a prensa para o Laboratório do curso. Foram 2 meses de planejamento e 1 dia de execução até o equipamento ficar pronto e ser testado. “Foi tudo idealizado do zero, só com a criatividade”, explica Arthur.
Com a prensa pronta, Arthur passou a fazer os briquetes de papel, papelão, pó de serraria, entre outros materiais. O macaco da prensa coloca até duas toneladas de pressão no Briquete. Os resultados já são bastante animadores na avaliação do aluno e do professor orientador.
A engenhosidade de Arthur ganhou apoio e reforço. Com a ideia, mais estudantes da Engenharia Florestal chegaram para contribuir. Tiago Miguel Martins e Vítor Marcel Duarte, ambos do 3º período, agora integram o projeto da prensa e da produção dos Briquetes. Com a equipe formada, cada aluno ficou responsável por uma linha de análise do briquete. Arthur investiga os briquetes com resíduos gerais, Tiago estuda briquetes com restos agrícolas, carvão, e Vítor avalia o briquete de papel.
Além dessas experiências, os alunos da Engenharia Florestal vão pesquisar o poder calorífero dos briquetes. Para ajudar nessa análise, Arthur já pensa numa outra engenhosidade: adaptar uma churrasqueira num forno para testes. O trabalho no final vai resultar em artigos e virar projeto de extensão.
Briquetes já produzidos na prensa / Foto Eduardo Mendonça Assecom