
Grupo de Estudo tem como foco principal aprofundar conhecimentos sobre o empoderamento da mulher e o combate a violência/Foto: Passos Júnior
A cultura do estupro é tema para a institucionalização de um Grupo de Estudo na Universidade Federal Rural do Semi-Árido. A primeira discussão nesse sentido aconteceu durante encontro realizado na manhã desta quinta-feira, 02, no Auditório da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. A ideia é realizar encontros mensais para discutir temas relacionados ao empoderamento feminino, diversidade sexual e combate ao machismo, dentro e fora da Universidade.
Sob a coordenação da professora, Diana Lunardi, o Grupo de Estudo surge a partir da necessidade de se trazer essa discussão para dentro da Ufersa, tendo como motivação o caso do estupro coletivo realizado no mês passado, numa favela do Rio de Janeiro. A iniciativa tem o apoio da Coordenadoria de Ações Afirmativas, Diversidades e Inclusão Social – Caadis.
O primeiro encontro serviu para elencar os principais objetivos do grupo que terá como principal meta o aprofundamento de discussões sobre o empoderamento feminino, bem como a formulação de estratégias para o combate a violência, o racismo, a LGBTfobia e demais práticas excludentes. O Grupo de Estudo também vai atuar com estratégias de comunicação, políticas públicas de combate à violência e capacitações dos integrantes do grupo no que tange a temática.
O próximo encontro está agendando para o próximo dia 13 de junho, a partir das 10h, no prédio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, tendo como pauta a metodologia a ser adotada pelo Grupo de Estudo. A professora Diana Lunardi reforçar a importância da participação de mais pessoas que estejam interessadas em aprofundar as leituras relacionadas a violência, tendo como enfoque, a cultura do estupro.
Segundo a professora Izabel Solyszko, doutoranda da UFRJ, em entrevista publicada na Revista Eletrônica Galileu, em 01/06/2016, a cultura do estrupo é um utilizado para descrever um ambiente no qual o estupro é predominante e no qual a violência sexual contra as mulheres é normalizada na mídia e na cultura popular. Ao disseminar termos que denigrem as mulheres, permitir a objetificação do corpos delas e glamurizar a violência sexual, a cultura do estupro passa adiante a mensagem de que a mulher não é um ser humano, e sim uma coisa.

Docentes, discentes e servidores da Ufersa podem integrar grupo de estudo sobre a violência que terá encontros mensais/Foto: Passos Júnior