Início do cabeçalho do portal da UFERSA

Comunicação

LEDOC organiza I Fórum de Educação do Campo na cidade de Serra do Mel

Responsabilidade Social 10 de maio de 2016. Visualizações: 2607. Última modificação: 10/05/2016 16:30:11
Durante encontro para discutir a organização docriação do I Fórum Permanente de Educação do Campo

Durante encontro para discutir a organização docriação do I Fórum Permanente de Educação do Campo

Professores/as e estudantes do Curso de Licenciatura Interdisciplinar em Educação do Campo – LEDOC da Universidade Federal Rural do Semi-Árido estiveram, no começo deste mês, no município de Serra do Mel em atividade desenvolvida junto com o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER, os Movimentos Sociais locais (Associação de Mulheres da Vila Santa Catarina), ex-gestores, ex-professores e ex-alunos/as. com objetivo de unir forças e formar um grande coletivo humano, buscando dar continuidade ao processo de resgatar a memória viva da Escola Família Agrícola – EFAMEL.

Este já é o terceiro encontro, que aconteceu na Câmara dos Vereadores, e impulsionou a sensibilização de toda sociedade na tentativa de mobilizar no dia 18 de maio, às 14h30, a criação do I Fórum Permanente de Educação do Campo. Através do Curso de Licenciatura em Educação do Campo da UFERSA. O fórum estará previsto ainda para este ano, com data marcada para 19 de agosto de 2016, data de fundação da EFAMEL.

A ideia surgiu a partir do Tempo Comunidade, que acontece no Curso de Educação do Campo da Ufersa, dentro da modalidade da pedagogia da alternância, na formação de educadores/as para as escolas do campo.

Os/as estudantes da LEDOC, orientados pelo professor Linconly Jesus, que esteve acompanhando em pesquisa de campo, juntamente com a professora e vice-coordenadora do curso, Jamira Lopes, na construção dos seus artigos científico, como atividades para aula, abordando um resgate histórica e memória de Escola Família Agrícola da Serra do Mel – EFAMEL. Escola fundada em 1989, pelo padre José Venturelli que fechou suas portas no ano de 2002, quando foi estadualizada.

Em uma entrevista com um dos ex- professores da instituição EFAMEL, a pesquisa dos/as estudantes, foi tomando outras proporções, e surgindo novas discussões. Sensibilizados pelas narrativas do professor, e pelo fato de terem tomado conhecimento dessa história, e até mesmo, alguns já terem sido alunos/as da ex-escola, resolveram convidar os protagonistas, e toda a sociedade para estarem participando dessas reuniões, num propósito de promover o primeiro I Fórum Permanente de Educação do Campo.

Já foi discutida a necessidade de reabrir a Escola Família Agrícola como uma formação diferenciada, “já que a Serra do Mel é predominantemente uma cidade agrícola, onde todos e todas vivem da agricultura direta ou indiretamente”, como explica o professor Linconly Jesus, que, logo em seguida, menciona o movimento por uma Educação do Campo como surgiu a LEDOC.

Audiovisual – 

Documentário está sendo gravado com resgate da história da escola da comunidade

Documentário está sendo gravado com resgate da história da escola da comunidade

No decorrer deste processo de construção para o I Fórum também está sendo produzido um documentário sobre a História da Escola Família Agrícola. Os estudantes da Ledoc, Gerson Luiz e Chagas Santos, que já trabalham com o audiovisual dentro da perspectiva da educação do campo.

Durante a atividade os ex-professores/as Maria do Socorro e José Arimatéia, ex-diretores da extinta escola, estiveram presentes na reunião, onde foram de Mossoró, e contribuíram emocionalmente com suas narrativas falando da memória e importância que esta teve na educação contextualizada dos filhos e filhas dos colonos.

Um dos ex-professores da EFAMEL, Jurandir Barbosa, destacou que, rememorar a história da escola, convoca todos/as que fizeram parte do time de futebol, e saem de vila em vila, jogando com o mesmo uniforme de vinte anos atrás. Outro participante ressalta, como ex-aluno, que é graduado em Pedagogia e está constantemente em reuniões de educação e hoje fala-se muito na escola de tempo integral, e a escola agrícola já fazia isso anos atrás; hoje os alunos/as não dão valor à escola. Conclui.

O representante da EMATER – RN colocou-se à disposição para contribuir na construção desse processo, destacou o êxodo rural, salientando que na pior das hipóteses, caso não seja possível outra EFAMEL, que pelo menos, seja inserido nos currículos, disciplinas que contemplem uma formação diferenciada e contextualizada no município.