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Comunicação

Pesquisa propõe metodologia de ensino da Física para alunos especiais

Pesquisa, Responsabilidade Social 15 de março de 2016. Visualizações: 1305. Última modificação: 16/03/2016 07:53:09
Paulo Victo durante a apresentação da dissertação de mestrado|Foto: Luana Lais/Assecom/Ufersa

Paulo Victo durante a apresentação da dissertação de mestrado|Foto: Luana Laise/Assecom/Ufersa

Tem se tornado crescente na Universidade Federal Rural do Semi-Árido a produção de pesquisas voltadas para atenção às necessidades especiais, de diversas naturezas. O agora mestre Paulo Victor Paula Loureiro é mais um a deixar uma importante contribuição com a defesa da dissertação de mestrado intitulada “Um estudo de caso do processo de ensino e aprendizagem de conceitos de Energia por um aluno com Síndrome de Aspeger”.

Paulo Victo, propõe metdologia de ensino de Física para estudantes especiais

Paulo Victor, propõe metodologia de ensino de Física para estudantes especiais |Foto: Luana Laise/Assecom/Ufersa

A síndrome está incluída no Transtorno do Espectro Autista – TEA, e o desafio de Paulo Victor, sob a orientação do professor Dr. Alexsandro Pereira Lima, foi propor à comunidade uma metodologia para o ensino de Física aos alunos diagnosticados com o Transtorno. “Alguns conceitos da Física são absorvidos com certa dificuldade por muitos estudantes, imagine então por uma criança com necessidades especiais”, pondera o orientador.

Paulo Victor é professor desse Centro de Referência e foi a partir da sua vivência na sala de aula que surgiu a motivação de propor a pesquisa na seleção do Programa Nacional de Mestrado Profissional de Ensino de Física – MNPEF. A Ufersa é uma das Instituições de Ensino Superior que detêm polo desse Mestrado, em Mossoró, criado pela Sociedade Brasileira de Física – SBF para difundir e formar professores do Ensino Básico (Fundamental e Médio) com ênfase em aspectos de conteúdos na Área de Física.

sabíamos da importância e o impacto social que um trabalho desta natureza teria e com isso agregamos nosso conhecimento científico à vivência

Alexsandro Lima, orientador
O professor Alexsandro Lima releva o tamanho do desafio para alcançar a proposta. “Não tínhamos bagagem de vivência na área do Ensino Especial, no entanto sabíamos da importância e o impacto social que um trabalho desta natureza teria e com isso agregamos nosso conhecimento científico à vivência do orientando na área”.

Para chegar ao produto final da metodologia proposta, a pesquisa revelou um aspecto importante para a literatura nessa área. “Os gestos estereotipados, como o toque, por exemplo, são quase sempre relacionados ao estresse. No entanto detectamos na pesquisa que o garoto desenvolvia esses gestos quando estava contente, em excitação e alegre pelo desenvolvimento de um conhecimento proposto”, explicou o orientador.

Os dados estatísticos sobre a população com Transtorno do Espectro Autista no Brasil não são consolidados, mas estima-se que ele já esteja na casa dos 2 milhões de diagnosticados.

SAIBA MAIS –

Em artigo, o professor orientador relata a experiência pedagógica de uma proposta voltada para as deficiências e a importância da pesquisa para o processo pedagógico. “Tive que voltar a estudar para entender todo esse processo e, assim, encaminhá-lo dentro da metodologia da pesquisa”. Leia AQUI.

Assista AQUI a história da professora Niáscara Valesca exibida no programa #UfersaNaTv. Ela é surda e defendeu o Mestrado no Pós-graduação em Ambiente, Tecnologia e Sociedade sobre “O Rio Mossoró e a Educação Ambiental na percepção de Estudantes Surdos”.

Conheça o Programa de Pós-Graduação do Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física da Ufersa.