Tem se tornado crescente na Universidade Federal Rural do Semi-Árido a produção de pesquisas voltadas para atenção às necessidades especiais, de diversas naturezas. O agora mestre Paulo Victor Paula Loureiro é mais um a deixar uma importante contribuição com a defesa da dissertação de mestrado intitulada “Um estudo de caso do processo de ensino e aprendizagem de conceitos de Energia por um aluno com Síndrome de Aspeger”.

Paulo Victor, propõe metodologia de ensino de Física para estudantes especiais |Foto: Luana Laise/Assecom/Ufersa
A síndrome está incluída no Transtorno do Espectro Autista – TEA, e o desafio de Paulo Victor, sob a orientação do professor Dr. Alexsandro Pereira Lima, foi propor à comunidade uma metodologia para o ensino de Física aos alunos diagnosticados com o Transtorno. “Alguns conceitos da Física são absorvidos com certa dificuldade por muitos estudantes, imagine então por uma criança com necessidades especiais”, pondera o orientador.
Paulo Victor é professor desse Centro de Referência e foi a partir da sua vivência na sala de aula que surgiu a motivação de propor a pesquisa na seleção do Programa Nacional de Mestrado Profissional de Ensino de Física – MNPEF. A Ufersa é uma das Instituições de Ensino Superior que detêm polo desse Mestrado, em Mossoró, criado pela Sociedade Brasileira de Física – SBF para difundir e formar professores do Ensino Básico (Fundamental e Médio) com ênfase em aspectos de conteúdos na Área de Física.
O professor Alexsandro Lima releva o tamanho do desafio para alcançar a proposta. “Não tínhamos bagagem de vivência na área do Ensino Especial, no entanto sabíamos da importância e o impacto social que um trabalho desta natureza teria e com isso agregamos nosso conhecimento científico à vivência do orientando na área”.sabíamos da importância e o impacto social que um trabalho desta natureza teria e com isso agregamos nosso conhecimento científico à vivência
Para chegar ao produto final da metodologia proposta, a pesquisa revelou um aspecto importante para a literatura nessa área. “Os gestos estereotipados, como o toque, por exemplo, são quase sempre relacionados ao estresse. No entanto detectamos na pesquisa que o garoto desenvolvia esses gestos quando estava contente, em excitação e alegre pelo desenvolvimento de um conhecimento proposto”, explicou o orientador.
Os dados estatísticos sobre a população com Transtorno do Espectro Autista no Brasil não são consolidados, mas estima-se que ele já esteja na casa dos 2 milhões de diagnosticados.
SAIBA MAIS –
Em artigo, o professor orientador relata a experiência pedagógica de uma proposta voltada para as deficiências e a importância da pesquisa para o processo pedagógico. “Tive que voltar a estudar para entender todo esse processo e, assim, encaminhá-lo dentro da metodologia da pesquisa”. Leia AQUI.
Assista AQUI a história da professora Niáscara Valesca exibida no programa #UfersaNaTv. Ela é surda e defendeu o Mestrado no Pós-graduação em Ambiente, Tecnologia e Sociedade sobre “O Rio Mossoró e a Educação Ambiental na percepção de Estudantes Surdos”.
Conheça o Programa de Pós-Graduação do Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física da Ufersa.