Professores da Ufersa discutem convênio para pesquisas científicas no Parque Nacional de Furna Feia/Foto: Passos Júnior
O Instituto Chico Mendes, entidade responsável pelo Parque Nacional de Furna Feia, poderá se torna parceiro institucional da Universidade Federal Rural do Semi-Árido no que tange a realizações de pesquisas cientificas. Entendimento nesse sentido foi discutido nesta sexta-feira, 11, durante reunião entre o chefe da Unidade Parque Nacional Furna Feia, o analista ambiental Leonardo Brasil de Matos Nunes, e o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, professor Vander Mendonça. Outros professores de cursos de graduação e pós-graduação interessados em explorar cientificamente aquele espaço de preservação ambiental também participaram da reunião.
De forma pontual, alguns professores já realizam pesquisa de campo no Parque Furna Feia, no entanto, a ideia é institucionalizar a parceria por meio de um convênio englobando atividades de pesquisa, extensão, estágios supervisionados e de educação ambiental. A Universidade dispõe de cursos e bases de pesquisas voltadas para o bioma da caatinga e tem grande potencial para realizar estudos e pesquisas inéditas naquela área de preservação ambiental.
Atualmente, a Ufersa já realiza de forma pontual algumas atividades no Parque Nacional de Furna Feia. Os professores Diana Lunardi e Vitor Lunardi, por exemplo, desenvolvem dois projetos. Um sobre a conservação da caatinga e o outro sobre o planejamento de trilhas ecológicas. Além de ministrarem a disciplina Planejamento Ambiental, no Programa de Pós-Graduação em Ambiente, Tecnologia e Sociedade.
Furna Feia possui 218 cavernas catalogadas/Foto: Instituto Chico Mendes
A localização relativamente próxima a Universidade, entre os municípios de Mossoró e Baraúna, é apontada pela professora Diana Lunardi como grande vantagem para a realização de trabalhos científicos na área de Furna Feia. O Parque se encontra quase que vizinho a Fazenda Experimental Rafael Fernandes, ou seja, a cerca de 5 quilômetros. “Ao todo, são 8.500 hectares da mata nativa com 90% totalmente preservada e, 10%, em fase de regeneração”, afirmou o analista ambiental, Leonardo Brasil.
A unidade de conservação ambiental foi criada em 2012 e atualmente é veiculada ao Instituto Chico Mendes, autarquia do Ministério do Meio Ambiente. O Parque Nacional de Furna Feia está entre as 08 maiores áreas de preservação do bioma caatinga. Outro diferencial do lugar são as cavernas, possuindo um total de 218. “Em Furna Feia temos o maior número de cavernas do país”, pontuou Leonardo Brasil.
Leonardo Brasil, chefe da Unidade Furna feia, e Vander Mendonça, pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Ufersa/Foto: Passos Júnior
Durante o encontro, os professores da Ufersa se comprometeram em elaborar um convênio para utilização do espaço com fins científicos. “A Ufersa, com a diversidade de cursos que possui, tem todo o interesse de ampliar o trabalho no Parque Nacional de Furna Feia”, adiantou o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, o professor Vander Mendonça. De antemão, o chefe da Unidade de Furna Feia, Leonardo Brasil, sinalizou com a oferta de duas vagas para estágios supervisionados.
“A Universidade é privilegiada por estar tão perto de um parque de preservação ambiental e espero que essa parceria fortaleça o vínculo entre a Ufersa e a unidade de conservação”, opinou a professora Diana Lunardi. O professor Moacir Franco, pró-reitor adjunto de administração, também se mostrou sensível à elaboração de um grande convênio institucional entre a Universidade Federal Rural do Semi-Árido e o Instituto Chico Mendes, para realização de trabalhos científicos em Furna Feia.